Os lisboetas Goodbye, Ölga comemoram os seus vinte anos de existência com o lançamento de um álbum duplo de título homónimo.
Nesta edição de autor com o apoio da Fundação GDA, toda a composição e gravação ficaram a cargo do quarteto lisboeta, sendo a mistura, masterização e co-produção entregues ao eterno colaborador da banda, Eduardo Vinhas.
O duplo álbum Goodbye, Ölga é um concentrado de emoções que circundam o mundo do indie, desferindo golpes profundos a qualquer ouvinte, munidos de um rock que se amplia ao post-punk não convencional da banda. Essa multiplicidade de estilos foi a súmula sonora dos vintes anos que solidificam a personalidade do grupo – até então apenas Ölga .
Nas palavras da banda: “Tentámos encontrar o ponto de ebulição correto entre o que até então tínhamos vindo a concretizar nos discos anteriores [com Ölga ] e, uma linguagem nova que se separasse de forma atrevida desse passado.”
Dos dois lados que compõem o disco, o vermelho, de cariz mais direto e melodioso, por vezes intimista, inspira de imediato a uma luminosidade reminiscente da veia indie, onde temas como “Fool Cool”, “In Your Head” e “The Pill” definem o passo energizado do vermelho. Esse passo é muitas vezes aprimorado – ora pela linguagem krautrockiana de “You”, ora pelo embalo estelar de “Out to Dance” – formando-se numa espécie de carta escrita a tudo que foram os Ölga . “Uptown”, o tema que encerra o lado vermelho, transpõe uma força devidamente orquestrada que pontifica ambos os lados.
No outro lado do disco, o preto, de inclinação sonora atmosférica mais sombria, experimental e psicadélica, a energia sonora assume um tom negro e a linguagem familiar que definia Ölga, adopta uma estranheza única que se edifica ao longo do disco, tornando Goodbye, Ölga numa nova percepção. O ritmo é pulsante, demencial até, quando em temas como “Concrete Falls” e “Cop’s Delight” nada sobra senão o frenesim do desconhecido. Esta nova existência serve um cenário perfurante - guitarras dissonantes, ritmos fugazes – e a premissa de que é um disco novo num cenário novo, instala-se de imediato com temas como “Cure for Joy”, “Singapore” e “Only 18”, onde o calor ficcional do negro abarca tudo numa vontade de galopar ao sabor do ritmo.
“Concrete Falls” é o segundo single extraído do disco e a realização do vídeo ficou a cargo de João Teotónio.
Ansiosos por regressar aos palcos, os Goodbye, Ölga preparam-se para apresentar toda a energia e intensidade dos novos temas num concerto de lançamento que promete rock sónico visceral, já no próximo dia 24 de Fevereiro, na noite Salón Fuzz, no Lounge em Lisboa.