Aclamado como um dos mais importantes documentos sobre a realidade dos campos de concentração soviéticos, Gulag – Uma História, de Anne Applebaum, foi distinguido com o Prémio Pulitzer 2004. Escrito com simplicidade e contenção, este é um trabalho admirável e corajoso, com tradução de António Costa Santos, que a Bertrand faz chegar às livrarias a 3 de fevereiro.
«Este livro não foi escrito “para que nunca mais volte a acontecer”, como diz o cliché. Este livro foi escrito porque provavelmente vai voltar a acontecer. As filosofias totalitárias sempre exerceram, e continuam a exercer, uma profunda atração sobre muitos milhões de pessoas», escreve Anne Applebaum, em jeito de aviso. E acrescenta: «As pessoas não eram presas pelo que tinham feito, mas por serem quem eram.»
Estima-se que, até ao seu desmantelamento, terão passado cerca de dezoito milhões de pessoas por aquele que pode ser descrito como sistema de trabalho escravo soviético. Ao todo, foram contabilizados 476 complexos de campos, num total de milhares de campos individuais que, durante os anos 50, eram responsáveis por um terço de todo o ouro do país, a maioria do carvão e da madeira e uma boa parte de quase tudo o resto.
Sobre a Autora
Historiadora, Anne Applebaum é especializada na História do comunismo e da Europa póscomunista. É professora na London School of Economics, onde coordena um projeto de
investigação sobre a desinformação e a propaganda. Através do seu trabalho alertou para as
tendências antidemocráticas na Europa. É autora de vários livros, como O Crepúsculo da
Democracia, Red Famine e Iron Curtain. Foi colunista do Washington Post, editora da revista
Spectator e correspondente em Varsóvia do The Economist. Desde 2020, integra a equipa de
redação da revista Atlantic. Escreve regularmente para o New York Review of Books, a Foreign
Affairs e muitas outras publicações. Foi distinguida com o Prémio Pulitzer de Não Ficção em 2004
por Gulag – Uma História.