Esta semana dentre as várias estreias de cinema nas salas nacionais o "Cultura e não Só" destaca as seguintes:
Mickey 17
Passados seis anos de “Parasitas”, que ganhou o Óscar de Melhor Filme relativo a 2019, o sul-coreano Bong Joon-ho está de volta com esta adaptação de Mickey7, o romance de ficção científica de Edward Ashton. Robert Pattinson é um homem que, sem dinheiro, se torna um trabalhador clonado e dispensável numa colónia espacial, Nilfheim, onde desempenha tarefas muito perigosas que certamente o levarão à morte, sendo regenerado depois de morrer. Só que, um dia, um desses clones não morre e já há substituto, e só podendo haver um clone de cada vez, os dois tornam-se perseguidos e terão de se juntar para combater todo o sistema. Depois de “Snowpiercer” e “Okja”, é o terceiro filme falado maioritariamente em inglês do realizador, e conta ainda com Naomi Ackie, Steven Yeun, Mark Ruffalo e Toni Collette. Teve estreia no festival de Berlim em Fevereiro de 2025.
Noite Sem Fim
Uma noite, Aly é violada por Dary. Depois disso, faz um telefonema para o 112 e é atendida por Anna. Aquele momento é um marco definitivo na vida de cada um deles. Nos dias seguintes, enquanto Aly tenta perspectivar o que aconteceu e Dary se esforça por justificar os seus actos, alegando que foi consensual, Anna não consegue ultrapassar.
Estreado na secção “Giornate degli Autori”, do Festival de Cinema de Veneza – onde recebeu o Prémio do Público –, este drama sobre consentimento e violência sexual é uma co-produção entre a Bélgica, a França e o Canadá, e tem assinatura da canadiana Delphine Girard, que com ele estende a curta nomeada para o Óscar “Une Sœur” (2020), também da sua autoria. Tal como na curta, as actuações de “Noite Sem Fim” são da responsabilidade de Selma Alaoui, Guillaume Duhesme e Veerle Baetens.
Midas Man e os Quatro de Liverpool
Brian Epstein (1934-1967) foi o empresário dos Beatles que reconheceu o talento da banda desde cedo e os levou até à fama mundial. Trabalhou com eles até morrer, aos 33 anos, de uma overdose acidental de drogas. Jacob Fortune-Lloyd (um actor mais velho do que a idade com quem Epstein morreu) faz o papel desta figura neste “biopic” que começou a ser rodado em 2021 e passou por muitas peripécias até ser finalizado, incluindo perder dois realizadores, Sara Sugarman e Jonas Åkerlund. Acabou por ser assinado por Joe Stephenson.