A Casa das Letras edita na terça-feira, 30 de setembro, "As Últimas Linhas Destas Mãos", ficção literária da autora de "Descansos" e "Inquieta", um romance raro que começa onde muitas histórias terminam. A história parte do suicídio de Alice, e do silêncio que deixa à filha, expresso numa herança feita de palavras e fantasmas. Inspirado numa história real, o livro desafia o leitor a olhar de frente o luto, a doença mental, o abandono e o amor impossível.
Com ecos de Rebecca, de Daphne du Maurier, Alice nunca abandona o romance, é figura omnipresente. Teresa, a filha que ficou, é deixada com dezenas de cartas assinadas por uma mulher que se diz sua mãe, mas que soa desconhecida. Fala de lugares que Teresa nunca visitou, de amores que nunca ouviu contar, de dores escondidas por trás de uma vida que parecia comum. Nas entrelinhas, começa a desenhar-se o retrato de uma mulher complexa, clandestina, apaixonada e, por vezes, cruel — uma mulher feita de muitas camadas, que talvez nunca tenha tido a coragem de ser ela própria.
O que é mais difícil: viver com quem nos mentiu, ou descobrir, tarde demais, quem essa pessoa realmente foi?
Com uma escrita de grande sensibilidade e estrutura epistolar, Susana Amaro Velho confia-nos aqui o seu romance de estreia — numa edição totalmente revista pela Casa das Letras, depois do êxito de "Inquieta" e "Descansos" (vencedor do prémio de Melhor Livro do Ano pela NiT).
"As Últimas Linhas Destas Mãos" é um romance literário de emoções à flor da pele, que convoca temas urgentes e íntimos, como o luta, o suicídio, a perdad de identidade, e que convida à reflexão sobre aquilo que deixamos por dizer, mesmo, ou sobretudo, a quem mais amamos.
Sobre a Autora
Susana Amaro Velho nasceu em Mafra em março de 1986. Estudou Jornalismo e Solicitadoria e trabalha atualmente como freelancer na área da comunicação. Publicou o seu primeiro romance em 2017. Em 2022, foi a primeira autora portuguesa a integrar a chancela Aurora, com Inquieta, onde também viria a reeditar Bairro das Cruzes. Participou no projeto coletivo O Sono Delas e, em 2024, publicou Descansos, distinguido pela revista NiT como Melhor Livro do Ano. Vive numa aldeia, entre o sossego e o caos feliz de uma casa com três filhos pequenos. As Últimas Linhas Destas Mãos, o seu romance de estreia, é agora reeditado numa edição totalmente revista.