A Última Lição de Alexandre Quintanilha, obra assinada por Francisco Sena Santos e Clara Almeida Santos, percorre a vida e o legado de Alexandre Quintanilha, desde a infância em Moçambique nos anos 40 ao reconhecimento internacional como cientista, divulgador e voz ativa no debate público.
Neste livro, Alexandre Quintanilha recorda a passagem pela África do Sul e pelos Estados Unidos, onde viveu o pulsar da investigação científica, e o regresso a Portugal para criar raízes no Porto, nomeadamente as raízes do Instituto de Biologia Molecular e Celular e do i3S, que fundou na década de 1990. Tudo isso se transformou em matéria-prima para um pensamento lúcido e humanista, que o levou a intervir politicamente sobre temas como a morte assistida, as alterações climáticas ou a toxicodependência. Ao longo do livro, é possível acompanhar reflexões sobre os momentos marcantes de uma vida intensa, mas também sobre o papel da curiosidade, a relação entre saber e liberdade, os desafios da democracia e o dever de resistir à passividade.
Com A Última Lição de Alexandre Quintanilha, a coleção da Contraponto Editores recebe uma nova voz. Nesta conversa guiada, o ex-deputado partilha memórias pessoais e profissionais que se cruzam com questões universais, nomeadamente a dignidade, o amor, a responsabilidade social e a urgência de pensar. A relação com Richard Zimler, seu companheiro há mais de quarenta anos e com quem casou no ano em que a lei do casamento homossexual foi aprovada em Portugal, também atravessa as páginas deste livro.
Escrita por dois autores que conhecem de perto o universo académico e mediático, Francisco Sena Santos e Clara Almeida Santos, esta última lição é um eternizar do pensamento crítico, da curiosidade, da cultura, e uma transmissão importante daquilo que Alexandre Quintanilha aprendeu e ensinou. Afinal, “a última lição de um professor universitário não é uma aula”.
A Última Lição de Alexandre Quintanilha chega às livrarias a 9 de outubro.
Sobre os Autores
Francisco Sena Santos é jornalista e docente de jornalismo. Como jornalista, vive sobretudo na rádio: na crónica diária Um Dia no Mundo e em programas como Antes da Revolução, Escala do Clima e Todos Ouvidos, transmitidos na Antena 1. O percurso como jornalista tem largos períodos a editar e a apresentar os noticiários da manhã na rádio pública (RDP 1 e Antena 1) e na TSF, de que foi fundador. Nas duas rádios exerceu funções de direção. É cronista no 24 Notícias e correspondente da SBS Australia. Tem contado reportagem a partir de muitos lugares, de Timor à Palestina, da Rússia aos EUA, do Brasil à ex-Jugoslávia ou ao Iraque, de Pedrógão a Entre-os-Rios. Como docente, ensina jornalismo na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, tendo já lecionado na ESCS, na UAL e no CENJOR. Já foi por diversas vezes premiado (Grande Prémio Gazeta de Jornalismo, Bordalo/Casa da Imprensa, Ciência Viva e outros). Foi ainda condecorado com a Ordem do Infante Dom Henrique, atribuída pelo presidente Jorge Sampaio, no ano 2000.
Clara Almeida Santos é professora de Jornalismo e Comunicação na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (UC) e doutorada pela mesma instituição. Antes, foi jornalista no CNL e na SIC e, no regresso à vida académica, fundou e dirigiu a UCV – Televisão Web da Universidade de Coimbra e foi editora e diretora-adjunta da revista Rua Larga. Foi vice-reitora da UC, entre 2011 e 2018, com os pelouros da Comunicação, Cultura, Património e Alumni. Participou em projetos europeus ligados à igualdade de género, diversidade e media. É autora e coautora de diversos livros, capítulos e artigos sobre temas como jornalismo, imigração, representação mediática e media digitais. Com Francisco Sena Santos, assina os projetos Antes da Revolução (Antena 1) e Camões | Outros 500 (RTP 3 e Antena 1). É mãe da Madalena, do Vasco e da Maria.