sexta-feira, 5 de junho de 2015

Linhas Vermelhas, de José Manuel Pureza


As ideias de José Manuel Pureza têm sido tornadas públicas em diversos media nos últimos anos. Este livro, parte destas reflexões  a  que  temos  vindo  a  assistir,  aprofunda-as  e organiza-as  em torno  da  ideia  de  que  a  crise  domina indevidamente a vida política do nosso país.
«O Portugal do próximo futuro será evidentemente um país mais  pobre,  resultado  da  redução salarial  generalizada,  da brutal  penalização  das  reformas  e  da  perda  de  salário indireto traduzida no esfacelamento prático das políticas de universalidade  de  serviços  públicos  essenciais como  a educação, a saúde ou a segurança social. Não se trata de uma  consequência  entre  outras  e muito  menos  de  uma espécie  de  efeito  colateral  não  desejado  do  programa  de ajustamento. Não,  o  empobrecimento  e  a  penalização  do trabalho foi – e é – o núcleo essencial do programa da crise-como-política concretizado em Portugal.»
Para  a  crise-como-política  não  há  linhas  vermelhas.  A  luta por essas linhas inultrapassáveis, sempre mais avançadas, em  vista  da  transformação  profunda  dos  mecanismos  que as  tornam necessárias,  está  no  coração  da  identidade histórica  da  esquerda.  Diante  da  pujança  inédita  da crise-como-política,  ela  é  mais  importante  hoje  que  nunca.  É dessa  luta  que  dá  conta  este livro.  E  é  nela  que  toma partido.

Sobre o autor

José Manuel Pureza (n. 1958), é professor catedrático de  Relações  Internacionais  na  Universidade de Coimbra e investigador do Centro de Estudos Sociais. É autor de  O património comum da humanidade: rumo a  um  Direito  Internacional  da  solidariedade?  (1998), Para uma cultura da paz (2001) e  Jovens e trajectórias de violência: os casos de Bissau e da Praia (2012)