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quinta-feira, 9 de julho de 2015

João Onofre inaugura no Hangar


HANGAR, o novo Centro de Investigação Artística de Lisboa, inaugurou na passada sexta, dia 3 de Julho, a exposição "Sem Título" de João Onofre. Comissariada por Bruno Leitão, esta mostra propõe tratar a utilização persistente da componente sonora no trabalho de Onofre, reúne o seu vídeo mais recente e um objecto sonoro com apresentação inédita em Portugal.

João Onofre é um dos nomes mais destacados da cena artística contemporânea portuguesa e será o primeiro a expor individualmente no HANGAR. A presente exposição "Sem Título" sucede Princípio Tautológico, a colectiva também comissariada por Bruno Leitão, que assinalou no dia 22 de Maio a abertura deste novo espaço dedicado à investigação e à prática artística contemporânea.

"Sem Título" destaca-se por tratar a utilização persistente e rigorosa da componente sonora no trabalho de João Onofre e é orientada pelo conceito de som acusmático - som que ouvimos sem que seja possível perceber a sua fonte de origem. Explora a referencialidade do som e o seu potencial para criar espaços onde a poética e a ação se tocam, num encontro entre o registo documental de características performativas e a tradição conceptual da história da arte, dimensões constantes do trabalho de Onofre.

As peças seleccionadas têm em comum a celebração do som de forma implícita, com destaque para o mais recente trabalho em vídeo de Onofre - VOX, 2015, protagonizado pelo músico e compositor Norberto Lobo, e Acousmatic Arrangement Inside an Invisible Square, 2013-2014, apresentada pela primeira vez em Portugal nesta exposição e que consiste numa instalação de 12 carrilhões, sendo um deles preparado com afinação a D.E.A.D. (Ré, Mi, lá, Ré).

A exposição "Sem Título" de João Onofre poderá ser visitada até 12 de Setembro, de quarta a sábado das 15h às 19h, com entrada livre. Durante o mês de Agosto, a visita à exposição será por marcação prévia. O HANGAR agradece o apoio das galerias Cristina Guerra Contemporary Art, Lisboa e Marlborough Contemporary, Londres, a esta exposição. Durante este período, o HANGAR prossegue o seu programa de conversas, debates e apresentações.  

Sobre João Onofre:

Estudou na Faculdade de Belas Artes de Lisboa e concluiu o Master of Fine Arts no Goldsmiths College no Reino Unido em 1999.
Entre as suas exposições individuais destacam-se: I-20, Nova Iorque (2001); P.S.1. / MoMA Contemporary Art Center, Nova Iorque (2002); Nothing Will Go Wrong, MNAC, Lisboa, e CGAC, Santiago de Compostela, Espanha (2003); Project Space Kunsthalle Wien- Karlsplatz. Wien (2003). João Onofre, Magazin 4, Bregenz, (2004); Galeria Toni Tàpies, Barcelona (2005); Cristina Guerra Contemporary Art, Lisboa (2007); Fundació Joan Miró, Barcelona e Palais de Tokyo, Paris ambas em 2011; Marlborough Contemporary, Londres (2014).
Integrou inúmeras exposições colectivas internacionais entre as quais, se distinguem de forma mais notável: The 49th Venice Biennale, Human Interest at Philadelphia Museum of Art, Philadelphia; Youth of Today, Schirn Kunsthalle, Frankfurt; Performing Bodies, Tate Modern, Londres; Video, An Art, A History 1965-2005 New Media collection, Centre Pompidou, Sydney- Contemporary Art Museum, Barcelona- Fundació La Caixa, Taipei Fine Art Museum; Postscript: Writing After Conceptual Art, Denver Museum of Contemporary Art, Denver, E.U.A.
O seu trabalho está incluído em diversas colecções públicas e privadas, entre as quais: Museum of Contemporary Art, Chicago; Albright-Knox Art Gallery, Buffalo; Centre Georges Pompidou – MNAM/CCI, Paris; The Weltkunst Foundation, Zurique; La Caixa, Barcelona; MACS – Museu de Serralves, Porto; – Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa; GAM – Galeria D’Arte Moderna e Contenporanea, Turim; Fundación/Coleccion Jumex, Cidade do México; Fondazione Sandretto Re Rebaudengo, Turim; Centre National des Arts Plastiques-Ministère Culture, Paris.

Em Setembro de 2015, terá uma nova exposição individual no Kunstpavillion de Munique, Alemanha.