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quarta-feira, 2 de março de 2016

Gisela João, Hélder Moutinho e Maria da Fé no Caixa Ribeira'16


A três meses do seu início, o maior evento de Fado do Porto continua a apresentar aqueles que são aos dias de hoje os melhores fadistas nacionais. Entre os quais os três nomes que se anunciam hoje. São de gerações distintas, mas têm na voz a essência do Fado: Gisela João, Hélder Moutinho e Maria da Fé.
Gisela João é, provavelmente, o nome maior da nova geração de fadistas. Irreverente, audaz, com uma postura certeiramente diferente, trouxe o Fado para mais público, tamanho é o seu talento. Minhota de berço, editou o seu disco de estreia em 2013, um título homónimo que marcou a sua carreira. Os 14 temas que constituem a sua primeira aventura discográfica são canções personalizadas e sem espartilhos artísticos forçados pela tradição. Gisela canta as coisas dos dias, sem pruridos, pendurando-se na temática do amor (e desamor), com a coragem dos destemidos.

Hélder Moutinho é um fadista ponderado e instruído do chão que pisa. Tem editado comedidamente, mas sem timidez, no que há competência diz respeito. Em 1999, lançou “Sete Fados e Alguns Cantos”, quatro anos depois, “Luz de Lisboa”, e “Que Fado É Este Que Trago”, em 2008. Tem sido assim, a mapear o tempo de quatro em quatro anos, que Hélder Moutinho tem cimentado o seu talento no universo do Fado. Em Janeiro de 2013 oferece o disco mais conceptual da sua carreira, “1987”. Volta em 2016 com “Manual do Coração” que conta, em exclusivo, com poemas de João Monge. Nas composições, convidados distintos como Carlos Barretto, João Gil, Manuel Paulo, Marco Oliveira, Mário Laginha, Pedro da Silva Martins, Ricardo Parreira, Vitorino ou Zeca Medeiros. Um disco que desfilará protagonista, dia 4 de Junho, no Caixa Ribeira.

Com mais de 50 anos de carreira, Maria da Fé é uma das mais importantes intérpretes da arte de bem cantar o Fado. Maria da Fé começou a cantar aos 9 anos e a partir daí nunca mais parou. É uma das artistas portuguesas com mais trabalhos editados, com 30 LPs e 20 CDs nas ruas desde o início da sua carreira, e sucessos como “Cantarei até que a voz me doa” serão para sempre cantados por toda a gente e entoados em uníssono no dia 3 de Junho, na Ribeira do Porto.