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sexta-feira, 4 de março de 2016

MARAFONA - "Está Dito" Edição física e digital hoje


A Marafona anuncia e afirma o seu “Está Dito”. Após a edição do EP “Tia Miséria”, considerado entre os melhores da world music portuguesa de 2014, em menos de um ano e meio depois segue-se o lançamento do primeiro álbum  previsto para 4 de Março de 2016 nas lojas.

“Está Dito” é um disco ambivalente, que se estende entre o passado e o presente, que se afirma como uma chegada e uma partida. Antes de ouvir o disco temos de nos preparar para uma viagem singular, de canção para canção, com o desafio de desenlear da abordagem vibrante da Marafona a inspiração na raiz popular portuguesa, tomando o gosto aos pós do corridinho, da chula, do vira, da cantiga de embalar, do fado, da canção de Coimbra, da mazurca, da marcha, da alvorada transmontana e da valsa.

Em verdade, este é um disco de canções-retrato seja de personagens vilanescas, do amor Bocagiano, da Marafona de Monsanto a descobrir as faustuosas marchas de Lisboa, das histórias do dia-a-dia e do que mais inquieta.

A Marafona, é um quinteto que une um coro de vozes à voz grave e intensa de Artur Serra, assim como cruza os instrumentos de cordas e percussões da tradição portuguesa como as trancanholas, o cavaquinho, a guitarra portuguesa ou a viola campaniça de Gonçalo Almeida, os bombos e o adufe de Ian Carlo Mendoza, a instrumentos mais clássicos como o contrabaixo de Cláudio Cruz e a viola de Daniel Sousa.

A premissa destes músicos é a de criar e recriar, fazer canções originais com pontos de partida mas sem atilhos, abraçar a linguagem popular e a linguagem contemporânea resultando na sonoridade que apelidam de “MP3 a válvulas”.

“Está Dito” é um disco com a chancela da Editora PontoZurca (Aline Frazão, Melech Mechaya, entre outros), produzido por Sérgio Milhano e pela Marafona, masterizado nos estúdios Uwe Teichert’s Mastering Studio (BEL) (Yann Tiersen, dEUS, Placebo, entre outros).
Conta ainda nas ilustrações com o trabalho de Catarina Sobral e com a participação especial de  Ana Bacalhau (Deolinda) e da Mitó (Naifa) na canção “A improvável toponímia da Marcha Popular, assim como de  Luís Peixoto (Júlio Pereira, Sebastião Antunes Trio), no tema “Traz Paz”, com a sanfona.

As canções são originais de Artur Serra e de Daniel Sousa, encontrando um tema da autoria de Pedro da Silva Martins (“Chovesse do Tinto” – música&letra) e outro de José Oliveira (“Corridinho das Comadres” – música, com letra de Artur Serra).


Os Músicos

Artur Serra – Canto, Adufe, Bilha, Berimbau, composição e letras
Natural de Damaia, Amadora, licenciou-se em Arqueologia pela Faculdade de Letras de Coimbra, um percurso obviamente determinante na sua musicalidade.
Descobre a criação de música aos 14 anos através de uma guitarra, começando imediatamente a compor canções com os primeiros acordes adquiridos.
O exercício da música ganhou contornos maiores aquando da sua deslocação para Coimbra, participando activamente na cena musical da Universidade, dando os primeiros passos no arranjo de temas do cancioneiro popular português.Integrou como vocalista e bandolinista, a Imperial Tertúlia In Vino Veritas, da Associação Académica de Coimbra, tuna masculina dedicada à recolha do cancioneiro de Coimbra registado desde o século XVI ao século XVIII.
Em 2000 de regresso a Lisboa, fundou conjuntamente com Pedro da Silva Martins (Deolinda) o projecto Bicho de 7 Cabeças, compondo temas (música e letra) e assumindo o papel de vocalista.
Em 2004 e 2005, com o Bicho de 7 Cabeças, leva a Paris um concerto de celebração do 25 de Abril com temas originais e novos arranjos para canções de Zeca Afonso, Sérgio Godinho, José Mário Branco e Adriano Correia de Oliveira.
 
Cláudio Cruz – Contrabaixo, composição e canto
Natural do Pico, Açores, iniciou os estudos de música em 2003 com a Frequência no curso de Contrabaixo, no Centro de Estudos Musicais do Porto.
Frequentou ainda no Porto, a Masterclass de contrabaixo na ESMAE, com Thierry Barbé, assim como os Workshops de Percussão e Jazz Fusão promovidos pela Casa da Música.
Em continuidade na aprendizagem deste instrumento, cumpriu o curso de Contrabaixo, Escola de Música do Conservatório Nacional de Lisboa.
Em 2010 terminou o curso superior de Composição, Escola Superior de Música de Lisboa.

Daniel Sousa – Guitarra Clássica, composição e canto
Nascido em Oeiras, começou a estudar Guitarra com 15 anos na Escola de Música Crescendo em Oeiras.
Passou também pela Escola de Música de Nossa Sra do Cabo e pela Escola Profissional de Música de Almada. Frequentou o curso superior de composição da Escola Superior de Música de Lisboa do qual pediu transferência para o curso superior de guitarra da ESML como aluno de António Jorge Gonçalves onde concluiu a licenciatura.
Tem actuado a solo ou com o quarteto Zyryab por todo o país e num ciclo de concertos na Suécia e integrava o grupo Pano Cru.
Fez a estreia de uma obra para guitarra solo e electrónica em tempo real do compositor Sérgio Leandro no Festival Música Viva no Centro Cultural de Belém.
Lecciona desde a fundação no Conservatório de Música de Cascais e na Escola de Música Crescendo (onde inicíou os estudos).

Ian Carlo Mendoza – Percussões, canto e composição
Nasceu em Culiácan, Sináloa, México.
Inicia os estudos musicais aos oito anos de idade na disciplina de piano, mas depois dedica-se a estudos de técnicas de percussão de orquestra, na Escuela de Música de la Universidad Autonoma de Sinaloa (EMUAS), na Escuela de Artes Jóse Limon de la Direccion de Investigación y Fomento de la Cultura Regional (DIFOCUR), e master classes, ateliers e workshops na Universidad Autonoma de México, assim como na Academia de Amadores de Música, em Lisboa.
Realizou a sua aprendizagem, entre outros, com: Steve Shick, Duncan Patton, Antonio Sanchez, João Delgalarrondo, Baltazar Hernandez, David Espinoza e Luis Cascão. 
Foi membro fundador dos ensambles de percussão contemporânea, Ketiak Percussion Ensemble e de Kiclaroian Experimental Percussion; convidado especial pela Orquestra de San Nicolas de Hidalgo em Guanajuato, México.

Gonçalo Almeida – Guitarra Portuguesa, Cavaquinho, Campaniça, Gaita-de-foles, Tracanholas, composição e canto 
Natural de Coimbra, iniciou-se no cavaquinho com cinco anos, pela mão do Pai, co-fundador da Brigada Victor Jara, com ele ingressa no grupo E Viva a Música, ainda em actividade.
Na adolescência tocou guitarra em vários grupos “de garagem” e um pouco mais tarde aceita o convite para tocar baixo na banda de covers Wild Angels, já com grande actividade musical no Algarve, onde então residia.
Licenciou-se em Educação Musical, em Viseu e lecciona a disciplina desde 2001 a alunos do 2º ciclo.
 Em Viseu abraçou diversos projectos musicais: Espectáculo Ópera do Bandoleiro com Carlos Clara Gomes e Trigo Limpo, do Teatro Acert; o grupo Maré Alta, projecto que homenageava o 25 de Abril e seus cantores; o grupo Nora Luca, banda de originais pop-rock; o quarteto de jazz Zig Jazz; grupos de baile Fórum e República.