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quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

5 razões para ver The Crown


Se ainda não se rendeu à produção original da Netflix, The Crown, tem agora novos motivos para conhecer esta série que retrata os primeiros anos do reinado de Isabel II.  The Crown reúne uma equipa de luxo com o guionista Peter Morgan (A Rainha, Frost/Nixon), o realizador Stephen Daldry (Billy Elliot, As Horas) e o produtor Andy Harries (A Rainha).

1 – Recebeu 2 Globos de Ouro
A série original Netflix venceu o prémio Globo de Ouro nas categorias Melhor Série Dramática de Televisão e Melhor Atriz de Série Dramática de Televisão.
A representação de Claire Foy retratando uma jovem mulher que assume uma enorme responsabilidade é poderosa embora subtil e conquistou a crítica e arrebatou o Globo de Ouro para Melhor Atriz. A criação da personagem é meticulosa e atenta aos mais ínfimos pormenores como o sotaque e tom de voz tão semelhantes ao da monarca inglesa.
A excelente prestação de John Lithgow, pela sua representação do primeiro-ministro Winston Churchil, também recebeu uma nomeação. O elenco masculino integra ainda Jared Harris muito semelhante ao simpático Rei Jorge VI e Matt Smith compõe um arrogante mas sedutor Príncipe Filipe. O restante elenco feminino também tem excelentes prestações. Vanessa Kirby destaca-se representando Margarida, a irmã voluntariosa de Isabel e Victoria Hamilton constrói uma Rainha-mãe em busca de sentido para a sua nova posição na família real.

2 -  Séria histórica baseada em factos reais
Se não conhecias a história do Reino Unido nos últimos 50 anos tens agora uma oportunidade para melhorar a tua cultura geral. Embora os diálogos e a construção narrativa seja fictícia, os episódios levam-te a momentos políticos, sociais e económico do país e do mundo nessa época, revelando grandes eventos que moldaram a segunda metade do século XX.
Antes de assistires à série podes pensar que a Rainha Isabel II teve um reinado tranquilo, mas Perter Morgan mostra que os primeiros anos do reinado foram intensos. A jovem rainha encontra alguns obstáculos como os problemas de saúde que começam a afetar o primeiro-ministro britânico Winston Churchill, os testes nucleares da União Soviética e o declínio do Império Britânico. Um dos episódios foca o “Grande Nevoeiro” de 1952, um problema ambiental provocado por uma espessa nuvem de poluição atmosférica que assolou Londres em dezembro desse ano, provocando graves problemas de saúde pública e mais de 4000 mortes.

3 – O lado privado da família Real Britanica
No entanto, os maiores problemas ao reinado de Isabel II vêm do seio da sua própria família, quando as decisões dos seus entes mais queridos a obrigam a escolher entre a coroa ou o amor daqueles que a rodeiam.
Algumas das cenas mais dramáticas de The Crown são o confronto entre Isabel e a sua irmã Margarida, uma princesa obstinada e voluntariosa que decide casar-se com um capitão divorciado.
O papel da mulher na sociedade e na família também começa a ser questionado pela propria Rainha, ponderando sobre as tradições, obrigações, individualidade e opiniões. As cenas sobre os problemas conjugais de Isabel com o seu marido, o Príncipe Filipe, não são escondidas e o marido revela o seu ressentimento pelas mudanças operadas no seio familiar a partir da ascensão ao trono da sua mulher. O Príncipe sente-se ofendido por de ter que se ajoelhar perante a esposa/Rainha na sua coroação. As cenas são intensas e mostra que The Crown não se coíbe de revelar as partes menos lisonjeiras da história da família real.

4 – O Guarda-roupa deslumbrante
Quando se retrata uma família real é esperado que o guarda-roupa seja excecional e The Crown não desilude. Para os amantes da moda, a série é um deleite para os olhos, pois mostra um verdadeiro desfile de modelos masculinos e femininos espetaculares. A responsabilidade da construção de todos os figurinos de época ficou a cargo de Michele Clapton que procurou recriar e replicar, até ao mais pequeno detalhe, as peças usadas pelas personagens principais. Por exemplo, o vestido de casamento de Isabel II foi replicado em todo o seu esplendor.
A indumentária da Princesa Margarida é exemplar, menos clássica e conservadora do que a da irmã, mas elegante e requintada. Tiaras, joias, sedas fazem parte do seu guarda-roupa mesmo para “simples” jantares em família.
Outro ponto interessante é a “presença” na série de Norman Hartnell, o estilista responsável pelo guarda-roupa oficial da rainha durante os primeiros anos do seu reinado. O estilista é encarregado de desenhar a indumentária da Rainha inspirado nas flores típicas de cada país da Commonwealth.

5 - Uma grande produção
The Crown destaca-se pela exuberância do design de produção. Além dos figurinos, os cenários e a fotografia são de uma grande riqueza de detalhes, que facilmente te transportam para a Inglaterra da década de 1950.
Por exemplo, esse trabalho de pesquisa e reconstrução histórica pode ser visto no episódio da coroação da Rainha.
A reconstituição dessa cerimónia foi coordenada com imagens reais de 2 de junho de 1953. Neste aspeto a série mostra não só os rituais seculares da monarquia como também o impacto da primeira coroação transmitida pela televisão.