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sexta-feira, 5 de maio de 2017

Perdidos


Um passeio de fim-de-semana, a bordo de um luxuoso veleiro, sofre um terrível revés quando o grupo de amigos decide nadar em alto mar sem baixar as escadas. O barco revela-se impossível de escalar, deixando-os à deriva, a quilómetros da costa.
Lentamente apercebem-se da dimensão da sua trágica situação e a esperança de escapar com vida começa a desaparecer. A exaustão de se manterem à superfície e a luta para voltar a subir a bordo do barco começam a tomar proporções insuportáveis.
O que começou por ser uma alegre reunião torna-se numa verdadeira luta pela sobrevivência.



O realizador Sérgio Graciano sobre o filme
"O filme "Perdidos" foi rodado de um modo completamente atípico, comparando com qualquer outra produção nacional.
O facto de estarmos a gravar em alto mar, fez com que, o imprevisto fosse a nossa palavra principal durante a rodagem. A água estava a uma temperatura de 25 graus, mas nem sempre estava sol, por isso o frio começava a chegar aos ossos muito rapidamente. Alguns dos atores serviam-se de um chuveiro situado perto das escadas do barco, que era de agua quente, para se poderem aquecer. 
Teve graça o primeiro mergulho em alto mar. Estava um mar com muita visibilidade e estávamos numa zona com 30 metros de profundidade, a relação, diziam eles, era mais ou menos estar no topo de um arranha céus a olhar para baixo. Era um mundo completamente desconhecido, onde nenhum de nós estava preparado para estar.
Enfrentámos alguns dias de tempestade e nem isso demoveu ninguém da equipa a tentar filmar. Foi uma grande prova de companheirismo que todos fomos testemunhas."

O testemunho do produtor Leonel Vieira
"Eu sou um amante do thriller e há vários anos que eu tinha o desejo ou o sonho de produzir o primeiro thriller em Portugal. Então comecei à procura de um guião e acabou por aparecer um filme que estava disponível para vender os direitos de remake.
Quando vi o filme percebi que tinha várias características que me interessavam. Não era fácil de produzir porque era filmado em alto mar e isso punha vários desafios de luz, técnica de filmagens de colocação de segurança dos atores na água, de logística para filmar e muitos obstáculos climatéricos. Eu gosto de desafios, gosto de me meter em coisas que não são fáceis de fazer e este filme, uma vez mais, colocou-me um desafio.
Claramente desenhei um tipo de produção diferente do filme original. Não foi filmado num tanque, os atores não tinham pé, as câmaras não estavam fora de água e, portanto, nós iriamos rodar em condições muito mais reais. E eu acreditei que isso iria dar uma verdade e dramatismo ao filme muito maiores e essa é a mais valia deste filme. Os atores foram uns grandes heróis, foram de facto aquilo que são os grandes protagonistas. Mas aqui foram de facto fundamentais, eles enfrentaram um obstáculo muito grande que foi a natureza e isso fê-los crescer no drama. Isso tornou o filme mais forte, depois como produtor fiz aquilo que me é exigido: criei as melhores condições técnicas e artísticas. Acho que constitui uma equipa de pessoas muito criativas e muito talentosas, um pequeno grupo a começar pelo guionista Tiago R. Santos, a passar pelo diretor de fotografia Alexandre Samori, que veio do Brasil, já tinha trabalhado comigo e fez uma fabulosa fotografia, e a acabar, o mais importante, o comandante do barco, o realizador Sérgio Graciano, que conduziu aquele barco da melhor maneira, da única forma com que se podia conduzir para levar a um excelente filme. O público quando comprar o bilhete vai sentir isso, não se vai sentir desiludido por pagar um bilhete para ir ver este primeiro thriller falado em português de Portugal."