Quanto tempo passa no trânsito? Em 2018, em Berlim, um condutor médio ficou 154 horas preso em engarrafamentos. Em Lisboa entram em média 370 mil veículos por dia, que se juntam aos cerca de 160 mil que a cidade tem. Quinta-feira, 11 de Abril, o Goethe-Institut Portugal abre as portas para um debate sobre um dos mais prementes temas da actualidade: saber como a mobilidade nos centros urbanos do futuro pode ser moldada de forma social, ecológica e humana.
A partir das 18h30, e enquadrado no ciclo de eventos Retomar a Cidade, o debate vai abordar não só visões para o futuro da nova mobilidade urbana como medidas e modelos concretos. “Perante o colapso? Caminhos para o futuro da mobilidade urbana” é organizado pelo Goethe-Institut Portugal e pela Fundação Friedrich Ebert em Portugal.
Na primeira parte do evento, especialistas alemães e portugueses juntam-se para apresentar as suas visões e programas políticos para o futuro. Na segunda parte, questões como mobilidade partilhada, mobilidade suave e inteligente, sistemas partilhados e mobilidade sustentável são alguns dos conceitos e experiências concretas que estarão em discussão. Através de ideias e modelos já implementados, vai ser possível um diálogo com perspectivas e experiências diferentes, algumas delas já postas em prática no nosso país.
A entrada no evento é livre, apenas sujeita a inscrição no link: http://bit.ly/mobilidade-do-futuro ou no local, no próprio dia. Sessões com tradução simultânea. A moderação estará a cargo do jornalista Tilo Wagner. Este evento do Retomar a Cidade é apoiado pela Associação São Bartolomeu dos Alemães em Lisboa.
O primeiro debate, Políticas e visões para a mobilidade do futuro contará com o Vereador da Mobilidade da Câmara Municipal de Lisboa, Miguel Gaspar, com Theo Jansen, do "Zukunftsnetz Mobilität NRW" (uma plataforma que auxilía municípios que queiram fazer da mobilidade um factor de desenvolvimento, na zona da Renânia do Norte-Vestefália), a urbanista Sara Klemm, investigadora de conceitos de mobilidade sustentável na Universidade de Duisburg-Essen e Paula Teles, fundadora da mpt, uma empresa especializada em mobilidade inclusiva.
Na segunda parte do programa, o debate Iniciativas de mobilidade para uma cidade mais justa e humana contará com Johanna Worbs, que experimenta novas perspetivas de mobilidade na Identitätsstiftung de Hanôver, o ativista e consultor de trânsito Mário Alves, a ativista e bloguista Ana Pereira, co-fundadora do centro bicicletário Bicicultura e Maria João Frias e Rita Jacinto, da equipa do Plano de Acessibilidade Pedonal de Lisboa.