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quarta-feira, 15 de maio de 2019

Onésimo Teotónio Almeida vence Prémio Mariano Gago 2019


Por decisão unânime do júri, o livro O Século dos Prodígios, de Onésimo Teotónio Almeida (publicado pela Quetzal) foi distinguido com o Prémio Mariano Gago, promovido pela Sociedade Portuguesa de Autores (SPA). O Prémio Mariano Gago visa distinguir o autor português com o melhor livro de divulgação científica publicado no ano anterior. Este é o terceiro prémio que o livro arrecada desde a sua publicação, depois de já ter sido galardoado com o Prémio Fundação Gulbenkian / História da Presença de Portugal no Mundo (atribuído pela Academia Portuguesa de História) e com o Prémio D. Diniz, da Casa de Mateus.

Num momento em que se discute a importância e a natureza dos Descobrimentos, Onésimo Teotónio Almeida lembra o carácter pioneiro da ciência portuguesa desse período – e que o nosso século XVI foi, verdadeiramente, um século de prodígios, cheio de inovação, de curiosidades e de especulação. Em O Século dos Prodígios, o autor presta especial atenção aos séculos XV e XVI, afastando-se tanto da perspetiva nacionalista (na qual incorrem com frequência os historiadores portugueses), como da indiferença que geralmente marca a historiografia anglo-saxónica – ao ignorar o papel que Portugal teve na história da ciência e do conhecimento. Este livro é uma revisitação desses anos de ouro da história portuguesa e a revelação de como, durante o «período da Expansão», surgiu e cresceu um núcleo duro de pensamento e trabalho científico pioneiros, que tornou possíveis as viagens desses séculos – e dos posteriores.

Onésimo Teotónio de Almeida nasceu nos Açores (São Miguel), em 1946, e reside desde 1972 nos Estados Unidos. Doutorou-se em Filosofia na Universidade de Brown (Providence, Rhode Island) e aí é catedrático no Departamento de Estudos Portugueses e Brasileiros, lecionando também no Wayland Collegium for Liberal Learning e no Renaissance and Early Modern Studies Program da mesma universidade. A Quetzal publicou recentemente Despenteando Parágrafos (2015) e A Obsessão da Portugalidade (2017).