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sexta-feira, 9 de agosto de 2019

Casino Estoril recebe Salão Internacional de Pintura Naïf mais antigo do Mundo


Os visitantes do Casino Estoril podem contemplar, até 10 de Setembro, o Salão Internacional de Pintura Naïf na Galeria de Arte. A 39ª edição desta emblemática mostra colectiva presta homenagem a Arménio Ferreira. Trata-se do mais antigo Salão Internacional de Arte Naif do Mundo, que desde a realização da primeira edição, em 1980, deu a conhecer mais de 500 artistas, tendo apresentado cerca de 5200 obras. A entrada é livre.

É inquestionável que se deve a Nuno Lima de Carvalho, como Director da Galeria de Arte do Casino Estoril, a visibilidade que a Pintura Naïf alcançou, nas últimas quatro décadas, no contexto das Artes Plásticas em Portugal. 



O trabalho desenvolvido na promoção da Arte Naïf tem dado frutos. Como exemplo podemos destacar que anualmente esta é a exposição mais visitada de todas as organizadas por esta Galeria. De sublinhar, também, o facto de muitos dos nossos grandes artistas serem ou terem sido apreciadores convictos da Pintura Naïf: Francisco Relógio, Carlos Botelho, Martha Telles, Thomás de Mello/Tom, Artur Bual, Manuel Cargaleiro e Júlio Pomar reconheceram-lhe mérito e estatuto artístico, ao lado de todas as outras correntes. “É uma Arte concebida sem pecado”, como tão magnificamente a definiu Júlio Pomar”. 

Estão em destaque obras de A.Barbosa, A.Réu, Antero Anastácio, Arménio Ferreira, Augusto Pinheiro, Bento Sargento, Conceição Lopes, Deborah Collens, Dulce Ventura, Elza Filipa, Fernanda Azevedo, Leonel Pereira, Luiza Caetano, Manuel Castro, Maria Tereza, Nell e Rute Castro.

No Salão Internacional de Pintura Naïf, do corrente ano, já na 39ª edição, é homenageado Arménio Ferreira, artista nascido em 1935, em Oliveira, Braga, e que é uma referência nacional dentro desta modalidade pictórica. Foi radiotelegrafista militar, durante 13 anos, tendo ingressado na TAP em 1969, onde exerceu funções de supervisor de operações de voo, durante 20 anos. Iniciou-se na prática da pintura naïf no início da reforma, por volta dos anos 90. Não tem preferência por temas. Escolhe-os segundo a inspiração do momento e as encomendas, que vai recebendo, segundo diz.