terça-feira, 1 de outubro de 2019

Reedição de Comunas ou Concelhos, de António Borges Coelho



Existiu um movimento concelhio peninsular, não no sentido de política administrativa ou de organização do território impulsionada de cima por monarcas e senhores mas no de forças sociais e políticas organizadas de baixo e por fim vitoriosas? Estaria a resposta nos forais, esses «livros de linhagens» da liberdade popular? A quem a iniciativa destes monumentos jurídicos? À aristocracia senhorial?

Visariam os forais fins exclusivamente económicos, fiscais e administrativos, na intenção expressa de povoar e defender o território, ou resultariam, tácita ou abertamente, desse movimento que irrompe de baixo? Isto é, o movimento concelhio impôs-se ou não com o impacto e as armas de uma verdadeira revolução?

Não é o que inculcam as transformações sociais que se escondem por trás do formulário jurídico? Mas acaso os concelhos teriam alcançado a força de órgãos do poder político? Constituiriam verdadeiras comunas? O que se entende por comuna? De que classe ou classes serão então estas comunas ou concelhos o instrumento? Mas haveria mesmo classes sociais ou apenas ordens? Constituiriam comunas todos os concelhos? Que acontecimentos são marcados pela mesma força?

Por exemplo, que relações tem o movimento concelhio com os episódios da Reconquista? Que esclarecem eles sobre o povoar e o ermar?

António Borges Coelho nasceu em Murça, Trás-os-Montes, em 1928. O seu percurso de vida é caracterizado por uma intensa atividade política e académica. É hoje um dos historiadores portugueses mais prestigiados. Professor catedrático jubilado da Faculdade de Letras de Lisboa, dedica-se à investigação no campo da História desde 1957. Tem em curso a edição de uma “História de Portugal”. A sua bibliografia inclui poesia, ficção, ensaio e teatro.

PVP C/ IVA: 19,90€