Páginas

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

A Pantera-das-Neves, de Sylvain Tesson

Quando o fotógrafo da vida selvagem Vincent Munier convidou Sylvain Tesson a acompanhá-lo ao Tibete numa tentativa de avistarem a esquiva pantera-das-neves, estava longe de imaginar o impacto que a viagem teria para o escritor e aventureiro. 

“Um elogio da paciência, da natureza selvagem e da beleza”, descreve o crítico literário François Busnel.

A pantera-das-neves é um animal em vias de extinção, chegou a julgar-se extinta. No Tibete, vive nos planaltos, e, quando raramente se deixa avistar, é sempre no inverno, a quatro ou cinco mil metros de altitude. Durante a viagem, conforme se afastam da presença humana, a natureza fica mais vibrante de vida selvagem, protegida dos efeitos nefastos da civilização, e a viagem torna-se uma exploração interior pela contemplação, pelo silêncio e por um outro ritmo de vida e vê-se por fim frente a frente consigo próprio.

Sylvain Tesson, enérgico e habituado ao ritmo frenético da cidade, partilha o seu olhar mágico e reflexivo sobre a relação dos homens com a natureza e as consequências desastrosas das suas actividades sobre o reino animal.

Pelo Tibete, acompanhado pela contemplação de Vincent, com boas hipóteses de regressar de mãos vazias, envolvido pelos seres vivos que ali habitam, Sylvain Tesson imagina a possibilidade de um outro ritmo de vida.

Uma aventura singular, combinando a incessante procura por este animal raro, com uma poderosa reflexão espiritual e introspectiva da condição humana. Um livro que cria espaço para respirar e para pensar.

Sinopse

«Descolámos. Definição de progresso (ora, da tristeza): cobrir em dez horas o que Marco Polo levara quatro anos a percorrer.»

Em 2018, o fotógrafo de vida selvagem Vincent Munier convidou Sylvain Tesson a acompanhá-lo numa viagem ao Tibete numa tentativa de avistarem a esquiva pantera-das-neves.

O grupo de quatro pessoas aterra na China e enceta a viagem até ao planalto, a cinco mil metros de altitude, que é o seu destino, avançando para panoramas cada vez mais majestosos e desérticos.

Quanto mais se afastam da presença humana, mais a natureza se afirma, vibrante de vida selvagem, protegida dos efeitos nefastos da civilização. Aqui, manadas de antílopes, cabras montesas, iaques viajam quilómetros por prados sem fim. E o autor imagina a possibilidade de um ritmo diferente. Enérgico e sempre insatisfeito, descobre na contemplação de Vincent, o apelo da quietude. E encontra, na natureza intocada à sua volta, o desejo de renúncia e a vontade de pertencer a um todo. A viagem torna-se uma exploração interior pela contemplação, pelo silêncio e por um outro ritmo de vida, a par de uma reflexão sobre as consequências desastrosas da actividade humana sobre o mundo animal.

PVP: 15,50 €