From Atomic lançam o segundo single “Dancing Demons”, com participação especial de Rui Maia (X-Wife, Mirror People, GNR), que faz parte do seu álbum de estreia Deliverance, lançado em Março de 2020, pela Lux Records.
Depois de “Heartbeat”, o primeiro single, “Dancing Demons” surge como um raio de luz premonitório neste tempo de pandemia, com uma letra que apesar de ter sido escrita muito antes, contém tudo para termos esperança “...it will be fine, and it will be allright...”.
O próprio vídeo, realizado e produzido por Tiago Cerveira, marca um outro lado da banda de Sofia Leonor e Alberto Ferraz, transitando do habitual registo negro, para a cor e luz. Um tema que nos leva a cantar, bater o pé e dançar, mas muito mais que isso, “...you stop feeding troubles...” rematam.
Apesar de terem visto todos os concertos deste ano cancelados ou adiados para data incerta, o duo continua a trabalhar e está já a preparar novas músicas para um futuro álbum.
DISCO
From Atomic são uma banda que nasce em Coimbra, em 2018, quando Alberto Ferraz desafia Sofia Leonor a fazerem algo em conjunto.
O seu som reflecte influências de Yeah Yeah Yeahs, The Jesus & Mary Chain, Cocteau Twins, The Cure, DIIV, Siouxsie & The Banshees, Joy Division, The Raveonettes ou Sonic Youth, buscando muito do 'post punk' britânico da década de 80, mas também algo do 'indie noise' da década seguinte. No entanto, ao escutarmos os From Atomic encontramos um som com marca própria, crua mas firmemente apoiada em melodias pop.
A urgência das palavras com que Sofia Leonor (voz e baixo) nos interpela, expõe a narrativa minimalista que se funde nas melodias ruidosas de Alberto Ferraz (guitarra).
A 27 de Março de 2020 foi lançado o seu primeiro álbum Deliverance, pela conimbricense Lux Records. Gravado e produzido nos estúdios da Blue House por Henrique Toscano e João Silva, tem mistura e masterização de João Rui, contando com colaboração em uma faixa de Rui Maia (X-Wife, Mirror People).
Nas palavras dos From Atomic, Deliverance apresenta-se como uma descida às profundezas inerentes ao processo de concepção de identidade. Intemporais, as palavras reagem ao impulso incontrolável de procurar entender como sentir e aceitar o mundo. Ao expor as fragilidades que tanto nos atormentam, ousamos acreditar que o que nos rodeia poderá não ser (inteiramente) real. Um sentimento de alienação corre nas veias de cada verso e cada compasso. O conflito é palpável à medida que descemos essa escuridão, mas a representação daquilo que nos define, desaba na vontade de sentir que há escolha, que podemos de alguma forma mudar a nossa natureza. O ímpeto que circunscreve este primeiro álbum é uma confrontação constante com o nosso reflexo e instiga o passado a suspirar ao ouvido, enquanto golpeia as memórias que nos escorrem pelas mãos.