Com a plantação das primeiras fruteiras pelo vereador José Sá Fernandes e pelo sub-diretor Geral dos Serviços Prisionais, Francisco Navalho, dá-se início à realização da 1ª fase do protocolado entre a Câmara Municipal de Lisboa e esta entidade.
O pomar, que estará implantado em socalcos, terá um perímetro de vedação e parte dos produtos será vendido enquanto parte será doado. A primeira fase terá também uma área para cultivo hortícola, dentro dos mesmos moldes, havendo disponibilização de parte dos cerca de 10.000m2 para talhões a atribuir à população, no que será o primeiro parque hortícola municipal no Parque Florestal de Monsanto.
Com esta ação, a Câmara Municipal de Lisboa prevê abrir um novo polo de interesse no Parque Florestal de Monsanto, florestando uma encosta ainda despida da Serra, pertença da Direção Geral. Nestes terrenos, o acordo entre as duas entidades garante o acesso de visitantes a um novo miradouro sobre o pomar com vista sobre a cidade e a usufruto de áreas de prado e olival. A circulação far-se-á por trilhos ligeiros sobre o terreno existente.
O pomar compreenderá 656 árvores abrangendo espécies como limoeiros, tangerineiras, macieiras, figueiras, pessegueiros, pereiras, entre outras, e estará concluído até ao final deste ano, representando no seu conjunto um investimento de 50.000 Euros. A fase de plantação passará, nesta época, pelos primeiros 285 exemplares, sendo as restantes 371 para o Outono. Numa segunda fase com início em ainda em 2021, o projeto envolverá a reabilitação de um olival e de um amendoal pré-existente.
Estes investimentos estarão a cargo da Câmara Municipal de Lisboa. Com o novo pomar, o Vereador José Sá Fernandes mantém a sua estratégia de diversificar a Estrutura Verde Municipal com funções agrícolas, depois das hortas urbanas e de uma vinha terem sido os mais conhecidos.
A parceria entre a Câmara Municipal de Lisboa e a Direção Geral dos Serviços Prisionais assenta sobre pilares fundamentais e essenciais: a promoção da estrutura verde como espaço de referência para a promoção da dinâmica social da comunidade, envolvendo na gestão agrícola a comunidade prisional em fase final de cumprimento de penas, que já tenha realizado reaproximação ao meio livre, quer por terem beneficiado de Licenças de Saída Jurisdicionais, Saídas de Curta duração e cumprindo pena em regime aberto com vigilância descontínua.
Esta atividade permitirá criar, manter e desenvolver capacidades e competências facilitadoras de um retorno harmonioso e responsável à liberdade e à vida em sociedade, convertendo o tempo da pena privativa de liberdade em fator de formação e de criação de hábitos vinculativos de trabalho.