A Contraponto publica, a 14 de
outubro, o livro Maddie: Basta de Mentiras!, de Gonçalo Amaral, o
coordenador operacional das investigações do mais mediático caso
de desaparecimento à escala planetária. O livro já está em pré-venda
e ajuda a perceber por que razão, 14 anos depois, ainda não
sabemos a verdade.
A sessão de apresentação, acontecerá
no dia 13 de outubro, às 18 horas, na Sala de Âmbito Cultural do El
Corte Inglés de Lisboa, piso 6.
Sinopse
No chamado «Caso Maddie», a única certeza é a de que, na noite do
dia 3 de maio de 2007, depois das 22h00, na Praia da Luz, no Algarve,
foi dado um alerta de desaparecimento de uma criança britânica,
com a idade aproximada de 4 anos.
Rapto planeado? Rapto motivado por gratificação sexual? Desaparecimento voluntário? Responsabilidades dos pais
ou de outros com o dever de guarda da criança? Morte acidental (com ou sem ingestão de medicamentos para
dormir)? Morte nas horas ou dias anteriores ao alerta de desaparecimento? Não se sabe. Mas já há um suspeito.
Construiu-se um suspeito sem sequer se ter provado a existência de um rapto e, principalmente, sem se conhecer a
vítima.
Hoje, sabe-se muito de um suspeito, sejam verdades ou mentiras, mas pouco, ou quase nada, sobre a vítima. Não se
sabe, por exemplo, se era alvo de abusos, como parece sugerir o episódio de Maiorca. Por outro lado, Maddie parecia
denotar dificuldades de fala para uma criança de 4 anos. Mas falta o historial clínico da criança, que constitui um
mistério. Nem os pais o deram, nem as autoridades britânicas permitiram que se lhe acedesse. O que sabe a polícia
britânica? E os detetives contratados pelos pais? Até quando irá a justiça portuguesa manter a sua neutralidade num
caso cuja jurisdição é sua?
Após milhões de euros e libras gastos, a família insiste na tese do rapto, procura-se um pedófilo, a polícia alemã
investiga de forma incongruente e o caso continua no ponto em que se encontrava em 2007. Quem esconde a
verdade? A criança misteriosamente desaparecida merece uma investigação objetiva e séria.
Sobre o Autor
Gonçalo Amaral nasceu em 1959, em Torredeita, Viseu. Estudou Engenharia, mas acabou por se licenciar em
Ciências Jurídicas e Criminais, na Faculdade de Direito de Lisboa. Ingressou na Administração Pública em 1973,
com 14 anos, como paquete, nos Serviços Sociais das Forças Armadas. Em novembro de 1981, iniciou o curso de
formação de agentes da Polícia Judiciária (PJ), e tornou-se agente no ano seguinte. Em 1997/1998, frequentou o
curso de subinspetores da PJ, tendo sido o primeiro classificado entre 100 alunos. Em 2000/2001 cumpriu o curso
de Coordenadores da PJ. Exerceu funções em Lisboa, no Algarve e nos Açores. Durante anos, perseguiu, com
eficácia, todo o tipo de criminalidade violenta e organizada: furtos, roubos, homicídios, tráfico de estupefacientes.
Teve uma carreira profissional impoluta, amplamente reconhecida por colegas e superiores hierárquicos, bem
como por magistrados judiciais e do Ministério Público, por funcionários judiciais e advogados, com quem teve o
prazer de lidar durante muitos anos. Tem como máxima «a justiça realiza-se em silêncio». Foi coordenador
operacional das investigações do «Caso Maddie», entre 3 de maio e 2 de outubro de 2007, tendo nessa ocasião
sido afastado da investigação, num ato inédito na história da Polícia Judiciária. Aposentou-se a 1 julho de 2008,
ao fim de 27 anos de carreira policial, a fim de readquirir a plenitude da sua liberdade de expressão sobre o caso
que investigou e de contribuir, na medida do possível, para a descoberta da verdade material e para a realização
da justiça. Publicou os livros Maddie – A Verdade da Mentira (2008), A Mordaça Inglesa (2010) e Vidas sem Defesa
(2011).