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quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

Serenatas de Brahms e Dvořák



A palavra “serenata” lembra-nos cenários rústicos e trovas de amor. Porém, já desde finais do século XVIII, o termo estendeu-se ao domínio da música instrumental. Eram peças de curta duração vocacionadas para o entretenimento social e tocadas por pequenos agrupamentos, na maioria dos casos por uma só família de instrumentos, fossem sopros ou cordas. Com o avançar do tempo, o género assumiu maior ambição artística. É o caso das serenatas que se juntam neste programa, assinadas por dois compositores que se conheciam bem.

O Op. 16 de Brahms data do final da década de 1850 e aparece aqui numa transcrição para sopros do naipe das madeiras, na companhia do contrabaixo. São cinco pequenas peças em que já se vislumbra a grandiosidade das quatro sinfonias compostas mais tarde.

O Op. 44 de Dvořák surgiu duas décadas depois, sem flauta, mas com três trompas. Nele combinam-se reminiscências do estilo de Mozart e a inconfundível sonoridade da música tradicional da região da Boémia.

SERENATAS - ORQUESTRA METROPOLITANA DE LISBOA

21 de janeiro, 17h00, Picadeiro do Museu Nacional dos Coches
22 de janeiro, 17h00, Fórum Municipal Luísa Todi, Setúbal