Os contos de A Trombeta Vaga provam que o mais distraído dos autores está atento aos pormenores e faz deles arte, desde o primeiro livro. E a Quetzal orgulha-se de ser a casa de estreia de Simão Lucas Pires, cuja sessão de lançamento decorre a 18 de fevereiro no festival Correntes D’Escritas, na Póvoa de Varzim, com apresentação de Bruno Vieira Amaral.
É esse olhar que se descobre no conjunto de histórias e personagens que ocupam vários tempos e espaços, em A Trombeta Vaga, onde encontramos homens a cair de ribanceiras em câmara lenta; a incendiar campos minhotos e a própria alma; a observar velhos desconhecidos no jardim do Príncipe Real; a sonhar com supermercados de bizarras ressonâncias metafóricas; à espera do autocarro, numa tarde de in-verno aparentemente normal; a passar férias em idílios estivais no Oeste, que acabam por tornar-se objeto da ira divina.
São retratos de solitários a quem a vida, em momentos de especial arrebatamento, parece querer dizer alguma coisa. Nas livrarias a 16 de fevereiro.
Sobre o Autor
Simão Lucas Pires nasceu em Lisboa, em 1990. Concluiu o mestrado em Filosofia na Universidade Nova. Tem estudado sobretudo o pensamento de Blaise Pascal — em particular as reflexões
acerca da extraordinária vocação dos homens e acerca da extraordinária incompetência para darmos conta dela. É professor no Colégio de São Tomás. Escreveu críticas literárias no jornal
Observador.