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quinta-feira, 4 de maio de 2023

Novo romance de Ana Bárbara Pedrosa explora a dissolução da família



«Matei a minha mulher. Não fiz de propósito, mas é daquelas coisas que, depois de feitas, já não deixam volta a dar.»

É com este verbo e com este possessivo, ambos na mesma frase, que começa o texto de uma das grandes novidades da Bertrand Editora para o mês de maio.

Tendo como pano de fundo um Portugal nas sombras, e através das possibilidades que só a ficção literária oferece, Ana Bárbara Pedrosa, uma das mais inovadoras vozes da literatura portuguesa contemporânea, narra, em Amor estragado, uma história sobre a família enquanto território a proteger, a inveja, o desgosto, o vício e a culpa – do homem que mata e de quem não o impede.

Um romance duro e impiedoso que chega hoje às livrarias.

Numa terra do Minho onde toda a gente se conhece, «uma fenda longa num vale em vários tons de verde onde a água corre debaixo de cada pedra», a história conta-se pela voz de dois de quatro irmãos: Manel, o mais velho, que casou porque faltava ele casar e Ema era uma aposta fácil; e Zé, um amor, um ofício, uma família como deve ser e a figura da sensatez. Um cresceu, bebeu, meteu a vida num buraco, humilhou, bateu e matou. O outro percebeu o que era evidente desde o primeiro instante. Mas como se adivinha qual será o instante final?

Depois de Lisboa, chão sagrado e de Palavra do Senhor, Ana Bárbara Pedrosa regressa ao território do romance com uma narrativa de prosa ágil e desarmante – sobre o amor que se estraga, o amor que nunca existiu e o irrecuperável.

A sessão de lançamento da obra terá lugar amanhã, 5 de maio, sexta-feira, às 21h30, na livraria Ler Devagar, em Lisboa, no âmbito do 5L – Festival Internacional de Literatura e Língua Portuguesa, e contará com apresentação de Afonso Reis Cabral.

Sobre a Autora

Ana Bárbara Pedrosa é autora dos romances Lisboa, chão sagrado (2019) e Palavra do Senhor (2021), ambos com chancela Bertrand Editora. Escreve textos para vários órgãos de imprensa com regularidade e assina uma crónica no jornal Mensagem de Lisboa. É doutorada em Ciências Humanas, mestre em Estudos Portugueses, pós-graduada em Linguística e em Economia e Políticas Públicas e licenciada em Línguas Aplicadas.