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quinta-feira, 4 de maio de 2023

O último livro de Fernando Sobral



Assinala-se, a 22 de maio, um ano da morte de Fernando Sobral, jornalista e colunista durante muitos anos da rubrica «O Pulo do Gato», no Jornal de Negócios, onde, com agilidade e clarividência, refletiu sobre a atualidade política e os seus interesses nas áreas da música, futebol, cinema e o Oriente, muito em particular Macau. Poucos dias antes de nos deixar, Fernando Sobral deixou revista a última versão de O Jogo das Escondidas, romance escrito ao ritmo de folhetim e inicialmente publicado no jornal Hoje Macau. Chega às livrarias a 11 de maio.

O Jogo das Escondidas é um romance pleno de suspense, mas também uma história de amor e de lealdade, na qual um certo Portugal de há um século espelha, paradoxalmente, o Portugal de hoje. Um universo dividido entre os que jogavam às escondidas e os que estavam escondidos.

Em 1923, Macau é um território ignorado pelos portugueses, mas cobiçado por poderosos interesses internacionais. Abrigo e casa de piratas, refúgio de espiões, importante porto de tráfico de drogas, a mais oriental colónia ultramarina é um local com poucas regras e sem inocentes, onde se desenrolam decisivas, e mortais, tramas políticas. Ali chegados para esquecerem o passado, o tenente Félix Amoroso, duvidoso agente secreto ao serviço do Estado, e Benedito Augusto, obscuro padre franciscano, veem as suas vidas cruzar-se por interesses comuns. Um tabuleiro em que se move ainda Ding Ling, uma chinesa de muitas faces e influências, e o perigoso casal Palha, frequentador dos salões do Palácio do   Governador. Todos personagens de um jogo de enganos, apenas seres humanos feitos de luz e escuridão, e com segredos a guardar – a todo o custo.

Sobre o Autor

Fernando Sobral (1960-2022) foi um dos cronistas e críticos culturais mais presentes na imprensa portuguesa (Semanário, O Independente, Diário Económico, Se7e, Jornal de Negócios e Público). Publicou vários romances, como L. Ville, Ela Cantava Fados (ambos na Quetzal), O Segredo do Hidroavião, A Grande Dama do Chá, O Navio do Ópio, além de livros de crónica e ensaio. Morreu em maio de 2022. A revisão deste livro decorreu pouco tempo antes.