Em cerimónia realizada no SuitePark do Hotel Palácio Estoril, Sofia Saldanha lançou o livro “Quarenta e Um – O passado é hoje”. Perante uma sala repleta de admiradores, familiares e amigos, a autora sublinhou que a sua obra “é uma homenagem a todas as mulheres que foram vítimas de qualquer ato de violência e se debateram ou debatem com as suas próprias opções de vida”. Editada pela Primeiro Capítulo, do Grupo Editorial Atlântico, a obra foi apresentada por Ana Maria Cotrim e Filomena Saboia.
Com uma curta intervenção, Ana Maria Cotrim enfatizou que, “o livro tem uma escrita que se lê, que se vê, que se sente e que nos vai pôr a pensar. É uma catarse, uns podem ter um espelho e outros podem não ver. Mas, ainda bem, que nós temos narradoras que sabem verter nas palavras e na escrita aquilo que o nosso coração muitas vezes sente”.
Segundo Ana Maria Cotrim, a obra de Sofia Saldanha, “lê-se com bastante facilidade porque a grafia, os parágrafos e a distância entre as frases é harmoniosa e agradável de se ler”. E enfatizou, ainda, “o visualismo descritivo, em que nós estamos a ler o livro e parece que estamos a ver as cenas. E muitos de nós já passámos por este tipo de episódios ou já tivemos alguém próximo como, por exemplo, uma amiga, prima ou vizinha que já passaram por estas situações”.
Sofia Saldanha congratulou-se por a cerimónia de lançamento da sua obra reunir tantos familiares e amigos. E considerou, de certa forma, ser a antítese do processo de escrita. “Nós estamos muito solitários quando escrevemos. A escrita é um ato de solidão completo e de reflexão, por vezes, sobre coisas que nos magoam”.
Com um sentimento de missão cumprida, a autora referiu, “dedico este romance a todas as vítimas de qualquer ato de violência, esperando que seja útil para alertar consciências sobre este drama tão presente e transversal na nossa sociedade”.
Por sua vez, Filomena Saboia realçou a qualidade da escrita literária bem expressa na obra da autora e salientou, ainda, que: o que fica das nossas histórias de vida são os momentos e as memórias. Todas as vidas têm especificidades próprias com coisas boas e menos boas, mas é sempre o amor que prevalece. E o livro da Sofia é um ato de amor”.
Perante o SuitePark repleto, a cerimónia de lançamento do romance “Quarenta e Um – O passado é hoje” culminou com uma sessão de autógrafos de Sofia Saldanha.