Soltam-se todos os demónios na reedição de Antídoto, o livro que juntou José Luís Peixoto com os Moonspell, a maior banda de metal portuguesa com projeção internacional, há exatamente vinte anos. Corria o ano de 2003 quando o escritor português – recém-distinguido com o Prémio José Saramago – aceitou o desafio de Fernando Ribeiro para verter em contos o álbum The Antidote, que acabava de ver a luz do dia. Regressa agora às livrarias em edição de luxo – com fotografias de Maria Peixoto Martins, capa dura e sobrecapa.
São páginas que se escrevem a negro e deixam às claras os medos mais ocultos. Os contos de Antídoto falam-nos de amor romântico, de traumas, do divino, das relações familiares, entre vários outros mistérios. O rigoroso domínio da linguagem e do simbólico é o mesmo que José Luís Peixoto haveria de desenvolver nas suas obras posteriores. Na sequência de Nenhum Olhar e de Uma Casa na Escuridão, este é um dos textos simultaneamente mais sombrios e belos do autor, o vislumbre de um imaginário gótico absolutamente português.
Nas livrarias a 28 de setembro.
Sobre o Autor
José Luís Peixoto nasceu em Galveias, em 1974. É um dos autores de maior destaque da literatura
portuguesa contemporânea. A sua obra ficcional e poética figura em dezenas de antologias, traduzidas
num vasto número de idiomas, e é estudada em diversas universidades nacionais e estrangeiras.
Em 2001, acompanhando um imenso reconhecimento da crítica e do público, foi atribuído o Prémio
Literário José Saramago ao romance Nenhum Olhar. Em 2007, Cemitério de Pianos recebeu o Prémio
Cálamo Otra Mirada, destinado ao melhor romance estrangeiro publicado em Espanha. Com Livro,
venceu o prémio Libro d’Europa, atribuído em Itália ao melhor romance europeu de 2012. Em 2016,
com Galveias, recebeu o Prémio Oceanos para a melhor obra literária em língua portuguesa do ano
anterior. As suas obras foram ainda finalistas de prémios internacionais como o Femina (França), o
Impac Dublin (Irlanda) ou o Portugal Telecom (Brasil), entre outros.
Na poesia, Gaveta de Papéis recebeu o Prémio Daniel Faria e A Criança em Ruínas recebeu o Prémio da
Sociedade Portuguesa de Autores.
Em 2012, publicou Dentro do Segredo – Uma viagem na Coreia do Norte, a sua primeira incursão na literatura
de viagens. As suas mais recentes obras são Almoço de Domingo (2021) e Onde (2022).
Os seus romances são traduzidos em mais de trinta idiomas.