Há muito longe das livrarias nacionais – onde chegou logo após o 25 de Abril –, a Quetzal faz regressar aos escaparates Memórias de Uma Menina Bem-Comportada, de Simone de Beauvoir, com tradução de Maria João Remy Freire, a 28 de setembro.
Neste volume inicial de memórias, publicado em 1959, dez anos após o controverso O Segundo Sexo, Simone de Beauvoir narra a infância, a adolescência e a juventude – as suas primeiras duas décadas, no seio de uma família burguesa, sem dinheiro ou posição.
Iremos reencontrar também Zaza, sua melhor amiga durante a adolescência e a primeira idade adulta, figura central do romance autobiográfico As Inseparáveis (Quetzal, 2021) e determinante para o seu desenvolvimento.
Memórias de Uma Menina Bem-Comportada é um relato apaixonante, no qual veremos surgir os traços de personalidade e os interesses da pessoa que Simone de Beauvoir se veio a transformar: a mulher anticonformista, ambiciosa e socialmente empenhada.
Sobre a Autora
Simone de Beauvoir nasceu em Paris, em 1908. Estudou Filosofia na Sorbonne, onde conheceu Sartre, companheiro de toda a vida e com quem viveu uma relação célebre pelos seus
padrões de abertura e honestidade. No final da Segunda Guerra Mundial, editou a revista
política Les Temps Modernes, fundada por Sartre e Merleau-Ponty, entre outros. Foi ativista no
movimento francês de emancipação das mulheres, nos anos 1970, e serviu de modelo e de
influência aos movimentos feministas posteriores. Simone de Beauvoir ganhou o Prémio
Goncourt em 1954 com Os Mandarins. Morreu em Paris, em 1986.