A palpável tensão entre dois mundos nunca desaparece em Hiroshima, cenário de uma das maiores tragédias da humanidade e do argumento que Marguerite Duras escreveu e deu origem a um dos maiores clássicos da história do cinema, Hiroshima, Meu Amor. Um sussurro entre dois amantes fugazes que contém em si toda a emoção da humanidade. Um livro que a Quetzal reedita a 18 de janeiro, com tradução de Maria José Palla e M. Villaverde Cabral.
Ele é japonês, ela é francesa. O absurdo da guerra, posto a nu, paira sobre os seus corpos indistintos. Ambos são casados, com filhos. Ela é atriz de um filme sobre a paz e os dois conversam sobre Hiroshima, como se não fosse impossível falar de Hiroshima. Ambos carregam uma ferida aberta do passado, numa dança de amor e morte, paixão e guerra. Um livro que é considerado uma obra incontornável da literatura francesa do século XX.
Sobre a Autora
Escritora, cineasta e dramaturga, Marguerite Duras (Marguerite Donnadieu) nasceu no Vietname
em 1914 e morreu em 1996, em França. Foi uma das mais relevantes escritoras francesas da segunda
metade do século xx. A sua obra, habitada por personagens em busca de amor até aos limites da
loucura ou do crime, foi visceralmente marcada pela juventude passada na Indochina. Entre os seus
muitos livros, como A Dor, Uma Barragem contra o Pacífico, Moderato Cantabile, para mencionar apenas
alguns, o seu romance autobiográfico O Amante foi adaptado ao cinema. Marguerite Duras também
assinou o argumento do filme Hiroshima, Meu Amor, levado à tela por Alain Resnais.