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quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Ana Castela - Um mês para os concertos em Portugal



A contagem decrescente já começou: falta menos de um mês para Ana Castela regressar a Portugal e reencontrar o público português. A artista brasileira, um dos maiores fenómenos da música sertaneja da atualidade, prepara-se para três concertos imperdíveis: 24 e 25 de outubro na Super Bock Arena, Porto, e 26 de outubro no MEO Arena, Lisboa, e esta é a derradeira oportunidade para agarrar os últimos bilhetes disponíveis.

Depois de ter conquistado o país na sua última tour, com três datas esgotadas, Ana Castela, promete agora elevar a fasquia com um espetáculo ainda mais vibrante, marcado pela sua energia contagiante e pela ligação única com os fãs.

No alinhamento, não faltarão êxitos como “Nosso Quadro”, “Pipoco”, “As Meninas da Pecuária”, bem como temas do mais recente álbum “Let’s Go Rodeo”, editado este ano.

Com uma produção imersiva e uma performance arrebatadora, Ana Castela traz de volta toda a autenticidade, carisma e força que a tornaram numa das vozes mais marcantes da sua geração. Uma oportunidade única para viver de perto o fenómeno da eterna “Boiadeira”.

Os últimos bilhetes estão disponíveis em bol.pt e nos locais habituais. Espetáculos com o apoio da Rádio Comercial.

Metrónomo com alma: O ritmo vivo de Tony Allen



Depois da homenagem a Raymond Scott e Delia Derbyshire, a Sala do Capítulo do Museu de Leiria abre um novo ciclo expositivo, entre os dias 4 de Outubro e 30 de Novembro, desta vez dedicado a um dos mais revolucionários bateristas da história da música: Tony Allen.

Tony Allen (1940–2020) reinventou a bateria ao fundir jazz, funk e ritmos iorubás, foi um dos bateristas mais inovadores e autodidatas de sempre. Allen criou padrões rítmicos que transformaram a música e deram forma ao Afrobeat, um género que mudou para sempre a música popular do século XX. “Sem Tony Allen, não haveria Afrobeat”, afirmou o próprio Fela Kuti.

A sua criatividade, técnica e sensibilidade musical inspiraram gerações de músicos em todo o mundo, deixou um legado de ritmo vivo, energia e invenção que continua a ecoar na música contemporânea.

Entre 4 de Outubro e 30 de Novembro, a Sala Capítulo do Museu de Leiria convida o público a descobrir a energia pulsante de Tony Allen, um metrónomo com alma cujo legado continua vivo e a ressoar em palcos de todo o mundo.

Para este Capítulo, o pintor Leonardo Rito, foi desafiado a criar uma obra inédita, onde imagina como seria a capa de um álbum de Tony Allen nos dias de hoje, e a dupla de percussionistas Vasco Silva e Pedro Marques, representantes da nova geração de músicos, respondem ao desafio de como soaria um álbum de Tony Allen, onde exploram a bateria como território de invenção e trazem para o palco a energia e o espírito de Allen, num concerto marcado para o dia 19 de Outubro.

A mostra é a terceira de quatro que se realizarão ao longo de 2025, sempre na sala do Capítulo do Museu de Leiria. Depois de Raymond Scott, Delia Derbyshire e Tony Allen, o próximo e último capítulo deste ano vai debruçar-se sobre a carreira e legado de Ryuichi Sakamoto.

Capítulo é uma iniciativa da CCER MAIS, CRL com co-produção do Museu de Leiria e co-financiada pela Direcção Geral das Artes e Município de Leiria.



«A Loja Japonesa dos Desejos»: descubra um dos grandes sucessos da nova literatura do Japão



Situada na fronteira entre o mundo real e o mundo dos espíritos, a Rua do Anoitecer só pode ser vista por criaturas sobrenaturais ou por pessoas que se encontram vulneráveis devido a alguma angústia. No fim desta rua, encontra-se a Loja Japonesa dos Desejos, onde são vendidos doces com poderes mágicos.

Se pedir um desejo nesta loja, ele ser-lhe-á concedido. Mas pode não ser bem da forma que pensou… Por isso, entre, fique à vontade e descubra o novo livro-sensação japonês, já publicado em vários países. Em Portugal, A Loja Japonesa dos Desejos, de Hiyoko Kurisu, chega às livrarias a 2 de outubro.

Atrás do balcão desta loja peculiar está Kogetsu, o proprietário, um jovem de grande beleza, olhos dourados e… orelhas de raposa? Os doces encantados que este jovem vende podem ter efeitos imprevisíveis. Siga as instruções, respeite a dose recomendada e deixe-se levar pela magia!

Dividido em seis capítulos, que misturam magia, bondade e superação, quase como se de uma fábula se tratasse, A Loja Japonesa dos Desejos é o presente perfeito para quem adora romances japoneses, mas não só. Estes seis capítulos – histórias comoventes e interligadas – são sobre os sentimentos que nos tornam vulneráveis e, ao mesmo tempo, fortes.

Com 4,7 estrelas Amazon, tradução do japonês de Jefferson José Teixeira e adaptação para o português europeu por Hélder Guégués, A Loja Japonesa dos Desejos, de Hiyoko Kurisu, ficará disponível a 2 de outubro.

Sobre a Autora

Hiyoko Kurisu nasceu na província de Ibaraki, no Japão. É a autora premiada de vários romances e das chamadas «light novels» japonesas, além de obras mangá. O seu livro mais recente é The Twilight Post Office in the Night Alley, a sequela de A Loja Japonesa dos Desejos, que também será publicado em vários idiomas um pouco por todo o mundo.

Aerodinâmica na Mercedes-Benz



Baixa resistência ao ar significa elevada eficiência. Isto torna o comportamento aerodinâmico crucial, especialmente para os veículos elétricos. A redução do coeficiente de arrasto aerodinâmico em apenas 0,01 permite aumentar a autonomia em viagens longas em cerca de 2,5 por cento. Com base numa quilometragem anual de 15 000 quilómetros, a correspondente otimização aerodinâmica resulta em mais 375 quilómetros de distância.

A Mercedes-Benz reconheceu cedo que a aerodinâmica é fundamental para a eficiência. Assim, a lista de modelos com desempenho aerodinâmico de topo é longa: começa com o W 125 de 1937, passando pelo 540 K “Streamliner” de 1938 e o C111 dos anos 70, até ao W124 de 1984, que com um Cd de 0,29 foi o primeiro automóvel de produção a ficar abaixo de 0,30. Mais recentemente, devem ser mencionados o CLA de 2013 com um Cd de 0,22, o EQS com 0,20, e o atual CLA com Tecnologia EQ com um valor líder na sua classe de 0,21. Outro campeão de aerodinâmica é o VISION EQXX de 2022. Com um Cd de 0,17, esta plataforma tecnológica oferece ao vento ainda menos resistência do que uma bola de futebol americano. Enquanto o foco do VISION EQXX estava na própria eficiência, o AMG GT XX teve como objetivo principal garantir essa eficiência a velocidades superiores a 300 km/h. Graças, não menos, ao seu valor de Cd de 0,19 e à aerodinâmica inteligente, o AMG conquistou 25 recordes mundiais de longa distância na pista de testes de Nardò em agosto de 2025.

Anteriormente, e especialmente nas corridas, as velocidades atingíveis e as altas velocidades em curva, ou seja, a força descendente, eram o foco. Atualmente, o principal objetivo é o consumo de energia e a autonomia, mantendo as características de condução famosas e muito apreciadas da Mercedes. Mas não só em termos de resistência ao ar, também nas outras disciplinas aerodinâmicas no que diz respeito a aeroacústica, limpeza do veículo e conforto de condução com capota aberta, os modelos Mercedes‑Benz estão na vanguarda há muitas décadas.

Isto deve-se também ao elevado nível de esforço de desenvolvimento que a marca da estrela dedica a esta área: o “Grande Túnel de Vento” em Untertürkheim foi o primeiro do mundo do seu género para o desenvolvimento automóvel. O primeiro teste documentado teve lugar ali há mais de 80 anos, em 5 de fevereiro de 1943. O “Grande Túnel de Vento” continua a ser utilizado. Em 2013, a Mercedes‑Benz voltou a assumir a liderança nos testes de aerodinâmica com o túnel de vento aeroacústico no Centro de Desenvolvimento de Sindelfingen.

Pequenos detalhes, grande impacto: otimização aerodinâmica do CLA
Por maior que seja o valor acrescido na condução do dia a dia, as otimizações aerodinâmicas dos veículos são igualmente extensas, como mostra o exemplo atual do novíssimo CLA elétrico. Com um Cd a partir de 0,21, este modelo totalmente elétrico é um dos melhores da sua classe. Dentro da gama, a diferença também é muito pequena. Isto deve-se em parte à ampla gama de jantes otimizadas aerodinamicamente. Incluem, pela primeira vez, um revestimento total bicolor para jantes em liga leve. Comparada com uma jante convencional, tem um desempenho até 15 pontos Cd melhor; em comparação com uma jante de alumínio aero já otimizada, a vantagem ainda é de até dois pontos Cd. Além disso, os engenheiros de aerodinâmica otimizaram os spoilers das rodas dos eixos dianteiro e traseiro em todos os tamanhos de rodas, minimizando o impacto das rodas e dos pneus na resistência ao ar.

Em redor da grelha frontal e dos faróis, as juntas estão posicionadas de forma otimizada e parcialmente vedadas. O conceito de plataforma do EQS e do EQE foi adicionalmente desenvolvido. A secção inferior da carroçaria, muito suave, está quase completamente fechada, com os braços de controlo e os tirantes também cobertos. O revestimento das cavas das rodas traseiras está fixado à carroçaria, não tem ligações aos componentes na sua proximidade e, por conseguinte, não se move com o eixo, por exemplo, durante a fase de compressão da suspensão. Para evitar quaisquer compromissos aerodinâmicos, a Mercedes‑Benz disponibiliza duas versões de difusores para a secção traseira do CLA totalmente elétrico: nas versões com e sem gancho de reboque.

Para uma maior autonomia, segurança e conforto
Aerodinâmica na Mercedes-Benz: as disciplinas de aerodinâmica
  • O mais importante para a eficiência: otimização do fluxo de ar
  • Crucial para o conforto em longas distâncias: aeroacústica
  • Contributo para a segurança ativa: manter o veículo limpo
Em viagens longas, a aerodinâmica é de longe o fator com mais influência na eficiência. Um ponto no valor Cd, ou seja, um milésimo (0,001), equivale a uma poupança de dez quilos de peso no ciclo WLTP. Ou, por outras palavras: menos um ponto Cd significa aproximadamente mais um quilómetro de autonomia para veículos elétricos. Um valor Cd mais baixo é particularmente vantajoso a velocidades mais elevadas e contribui para a filosofia de “Eficiência na Vida Real” orientada para o cliente da Mercedes‑Benz. Isto porque a resistência do ar aumenta com o quadrado da velocidade. Isto significa que se a velocidade duplicar, a resistência ao ar quadruplica.

O coeficiente de resistência aerodinâmica Cd, adimensional, é a medida da qualidade aerodinâmica de um corpo e, portanto, também de um automóvel. A designada área frontal indica a área dianteira projetada de um veículo que está sujeita ao vento. Anteriormente, era determinada projetando a sombra da carroçaria com uma lâmpada muito distante sobre um ecrã transparente. Depois, desenhava-se o contorno e calculava-se a área total a partir dos segmentos individuais. Atualmente, a área frontal é digitalizada com barreiras de luz laser. A área frontal multiplicada pelo valor Cd determina a resistência ao ar.

As boas características de fluxo do ar contribuem decisivamente para um baixo consumo de energia em condições normais de utilização. Mas também a segurança, o conforto e o meio ambiente beneficiam da eliminação de turbulências de ar perturbadoras. Baixos valores de força ascendente garantem uma boa aderência à estrada, e o baixo ruído do vento assegura um elevado nível de tranquilidade e conforto em viagens longas. Desta forma, os passageiros podem realizar viagens longas de forma relaxada e segura.

A Mercedes-Benz otimiza as características de fluxo de ar dos veículos até ao mais pequeno detalhe através de um grande número de ciclos de cálculo, simulações (ver parágrafo a seguir) e medições no túnel de vento em Sindelfingen. Além da geometria exterior, são geralmente as muitas pequenas medidas que conduzem a valores aerodinâmicos de topo. Estas incluem a redução da área frontal, um conceito de vedação extenso e o revestimento da secção inferior da carroçaria. Spoilers especiais nas rodas dianteiras e traseiras ajudam frequentemente a garantir que o ar circula em torno das rodas com a menor resistência possível. O ajuste aerodinâmico rigoroso também é realizado nas jantes e nos pneus. Um sistema de persianas móveis atrás da grelha frontal está disponível em muitos modelos, dependendo do mercado, que regula o fluxo de ar através do compartimento do motor conforme necessário. Isto evita fluxos de ar desnecessários e, assim, um aumento do consumo.

Para otimizações em fases iniciais: simulação extensiva
Enquanto o comportamento de fluxo do ar era otimizado nas fases iniciais de desenvolvimento com modelos no antigo túnel de vento em Untertürkheim, este trabalho fundamental é agora realizado exclusivamente por simulação. Já numa fase precoce, o campo de fluxo tridimensional que envolve fundamentalmente os veículos é calculado em clusters de simulação de alto desempenho utilizando um software de cálculo da dinâmica de fluidos (CFD - Computational Fluid Dynamics).

Pouco depois do início do projeto, na fase do conceito dimensional, são normalmente realizados vários estudos extensivos DOE (Design of Experiments) com até 250 cálculos por estudo com base no modelo antecessor. Os engenheiros de aerodinâmica definem o intervalo dimensional de parâmetros de determinados componentes, por exemplo, para a possível altura da tampa da bagageira.

Uma investigação DOE deste tipo demora vários dias e cobre completamente o intervalo dimensional dos parâmetros especificados. Com base nestas simulações, pode então ser calculado um ponto ótimo global ou local, ou, ainda mais importante nesta fase, pode ser determinada a influência dos parâmetros individuais e das suas dependências mútuas na resistência ao ar. Com a ajuda do método DOE, requisitos aerodinâmicos concretos podem ser transmitidos e discutidos com os colaboradores da área do conceito dimensional e do departamento de design, logo nesta fase muito inicial.

Nos últimos anos, os especialistas em aerodinâmica da Mercedes-Benz desenvolveram intensivamente os processos de cálculo automatizados, incluindo o DOE. Para atingir o recorde mundial de aerodinâmica do EQS, foram necessários cerca de 1000 cálculos no túnel de vento virtual com a utilização de aproximadamente 700 CPUs por cálculo.

Para um interior silencioso: aeroacústica e psicoacústica
No desenvolvimento aeroacústico, a Mercedes‑Benz trabalha sempre em duas frentes: por um lado, deve ser gerado o mínimo de ruído possível na fonte, ou seja, quando o ar circula em torno da superfície exterior do veículo com todos os seus elementos. Já na fase inicial do desenvolvimento de um novo modelo, a equipa de engenharia começa, portanto, a definir as dimensões geométricas particularmente relevantes a este respeito, por exemplo nos pilares A e nos espelhos retrovisores exteriores.

O pré-design é realizado através de uma simulação em CFD (Computational Fluid Dynamics), com simulações detalhadas nas áreas mais críticas do veículo e com a ajuda de modelos físicos à escala real (1:1) no túnel de vento. Em combinação com uma matriz composta por 350 microfones, as fontes locais de som na superfície exterior do veículo podem ser visualizadas em três dimensões. Desta forma, mesmo os mais pequenos detalhes em áreas importantes podem ser desenvolvidos desde cedo.

Por outro lado, a qualidade da vedação e do isolamento acústico contribui de forma decisiva para garantir que os ruídos inevitáveis do vento deixem de ser sentidos ou não sejam sentidos como perturbadores no interior. Um requisito básico para um baixo nível de ruído do vento no interior é a estanqueidade ao ar das vedações das portas e dos vidros. Isto aplica-se em particular a veículos com vidros laterais sem moldura. Com cabeças artificiais, mesmo os mais pequenos pontos fracos podem ser localizados de forma específica, sendo depois eliminados da melhor forma possível através de soluções técnicas.

Algumas revistas de automóveis utilizam um medidor de nível de pressão sonora na realização de testes. No entanto, tais medições refletem apenas de forma incompleta a realidade, porque o ouvido humano é mestre em localizar ruídos perturbadores. Por conseguinte, a Mercedes‑Benz investiga especificamente os efeitos psicoacústicos relevantes e a localização dos ruídos perturbadores. Com base em testes com sujeitos de ensaio, os especialistas da empresa chegaram mesmo a definir um índice de referência próprio. As suas variáveis medidas ponderadas cobrem todo o espectro de frequências da audição humana. Por exemplo, são consideradas as seguintes variáveis e os seus efeitos:

  • Intensidade sonora [sone]: representação da perceção humana da intensidade;
  • Nitidez [acum]: classificação dos ruídos desde inaudíveis a agudos, os componentes de maior frequência influenciam significativamente a nitidez;
  • Índice de articulação [%]: Inteligibilidade da fala, com especial foco na área de melhor audição humana. Quanto mais elevado o valor, maior a facilidade de manter e compreender as conversas.
As medições são normalmente realizadas no túnel de vento com as designadas cabeças artificiais binaurais. Ali, os microfones encontram-se em canais auditivos simulados, o que permite gravações fiéis ao ouvido. Dependendo do fenómeno em estudo, as cabeças artificiais sentam-se na posição do condutor ou ocupam outros lugares no veículo. Os resultados das medições fornecem então uma indicação realista de quão alto ou baixo, perturbador ou agradável, os passageiros sentem o ruído no interior.

Para uma visão desimpedida: manter os vidros limpos
Ter os vidros e os espelhos exteriores o mais limpos possível e, assim, uma visibilidade ideal em todas as condições, serve a segurança ativa. Por este motivo, a disciplina aerodinâmica de manter o veículo limpo sempre recebeu especial atenção na Mercedes‑Benz. Para não sobrecarregar a tecnologia de medição altamente sensível e as correias do túnel aeroacústico em Sindelfingen com testes de contaminação, estes continuam a ser realizados no “Grande Túnel de Vento” em Untertürkheim (ver capítulo especial).

A contaminação pode ser causada pela chuva, por veículos à frente ou por gotas levantadas pelas próprias rodas do veículo. No túnel de vento, esta contaminação é tornada visível com a ajuda de líquido fluorescente. O objetivo do trabalho de desenvolvimento é direcionar a água de modo que os campos de visão relevantes permaneçam idealmente limpos. Para esta finalidade, os engenheiros de aerodinâmica otimizaram, entre outros, o contorno dos pilares A com componentes integrados, bem como a forma dos espelhos retrovisores exteriores e das molduras dos vidros ou das guarnições em portas sem moldura.

Por exemplo, pequenas alterações geométricas no alojamento do espelho, otimizações detalhadas com vedações e uma faixa especial de deflexão de água podem reduzir significativamente a contaminação no vidro lateral. A Mercedes‑Benz estabelece como requisito que não haja qualquer comprometimento da visibilidade devido a pulverização, regos ou gotas isoladas na chamada área central de visão do vidro lateral e no espelho retrovisor exterior.

Tranquilidade ao conduzir de capota aberta: elevado conforto sem correntes de ar
Nos cabrios e roadsters, os engenheiros de aerodinâmica da Mercedes-Benz dedicam especial atenção ao chamado conforto sem correntes de ar, ou seja, a um habitáculo o mais livre de vento e agradavelmente moderado possível. Por exemplo, o CLE Cabrio é equipado de série com o aquecimento de pescoço AIRSCARF® e com o sistema defletor de vento elétrico AIRCAP®. Ambos os sistemas tornam a condução de capota aberta agradável mesmo a temperaturas exteriores baixas. O AIRSCARF® envolve o pescoço e a zona da garganta dos ocupantes dianteiros com um calor agradável, mesmo em condições de vento desfavoráveis.

O AIRCAP® pode ser estendido com o simples pressionar de um botão e reduz então de forma significativa a turbulência do ar no interior do modelo do quatro lugares. O sistema é composto por dois elementos: um defletor de vento que pode ser estendido alguns centímetros com uma rede na estrutura do tejadilho e um defletor de vento que também pode ser estendido atrás dos apoios de cabeça dos dois bancos traseiros.

Quando estendido, no entanto, o AIRCAP® pode constituir uma potencial fonte de ruído. Por conseguinte, no túnel de vento, os engenheiros de aerodinâmica passaram muito tempo a aperfeiçoar o design do sistema e das suas envolventes, reduzindo o ruído ao mínimo. Os especialistas otimizaram, entre outros aspetos, a escolha da rede, a geometria da aleta e outros raios e formas. A forma como o ar circula sobre a rede e como ambos os componentes do AIRCAP® interagem foi também investigada e adaptada às necessidades dos clientes.

Dispositivos de medição avançados e metodologia moderna
Aerodinâmica na Mercedes-Benz: os túneis de vento e dispositivos de medição
  • Tempestade sob comando: os túneis de vento em Sindelfingen e Untertürkheim
  • Clima conforme pretendido: os túneis de vento climatizados
  • Acústica: microfones e manequins de medição
Há muitas décadas que os especialistas da Mercedes-Benz otimizam as propriedades aerodinâmicas dos novos modelos de veículos. Equipamentos de medição e métodos avançados contribuem para isso. Inclui-se aqui em particular o túnel de vento aeroacústico de Sindelfingen. Com a sua excelente qualidade de fluxo, ruído de fundo muito baixo, simulação de estrada sofisticada e elevada eficiência, estabeleceu novos padrões aquando da sua inauguração em 2013. O centro de testes continua a ser um dos maiores e mais modernos do seu género no mundo. Oferece também um nível particularmente elevado de qualidade de simulação.

O túnel de vento segue o “design de Göttingen”, o que significa que, após a secção de medição, o ar é conduzido de volta para a turbina e novamente acelerado, poupando assim muita energia. A turbina tem um diâmetro de nove metros e conta com 18 pás que colocam o ar em movimento. Com um binário máximo de 202 150 Nm, o motor elétrico de acionamento possui cerca de mil vezes o binário de um motor de automóvel com bom desempenho. A uma velocidade do vento de 250 km/h, o consumo de energia é de cinco megawatt. A turbina roda então a 238 rotações por minuto e o caudal de ar atinge os 2000 m³, ou seja, cerca de três moradias unifamiliares por segundo. A velocidade máxima do vento é de 265 km/h.

A temperatura do ar no túnel de vento é mantida entre 23 e 24°C. Para poder medir com precisão, mesmo com temperaturas exteriores de inverno, o tubo de betão do canal é envolvido por um edifício e, por isso, encontra-se isolado. Antes de o ar acelerado pela turbina alcançar a secção de medição através de um bocal de 28 m², deve ser estabilizado com retificadores e grelhas de forma a eliminar turbulências e redemoinhos perturbadores. Para utilização como canal acústico, no qual são medidos os ruídos do vento dentro e fora do veículo em teste, foram integradas extensas medidas de isolamento acústico. Mesmo a 140 km/h, o ar flui pela secção de medição de forma quase silenciosa.

Secção de medição: cinco tapetes rolantes até 265 km/h
O centro da secção de medição, com 19 metros de comprimento, é o sistema de tapete rolante e balança de aproximadamente 90 toneladas com plataforma rotativa. O novo túnel de vento dispõe de um sistema de cinco tapetes para simular a estrada: um tapete pequeno corre sob cada roda e um tapete central, com nove metros de comprimento e mais de um metro de largura, corre entre as rodas. Todos os cinco tapetes funcionam de forma síncrona com o vento e reproduzem assim exatamente as mesmas condições que na estrada até 265 km/h. A balança de 24 toneladas, onde os veículos são montados, é extremamente sensível e mede ao grama mais próximo. Mesmo as linhas de fornecimento dos cabos têm de ser dispostas de forma a não introduzirem forças perturbadoras no sistema. Os valores medidos com a ajuda da balança aerodinâmica servem de base para determinar os coeficientes da força de resistência do ar, força lateral e força ascendente em cada eixo, bem como momento de inclinação, rotação e guinada.

O sistema de deslocação permite aos engenheiros posicionar diversas sondas aerodinâmicas ou microfones em torno do objeto de medição com altíssima precisão, para poderem realizar medições de pressão, acústica e velocidade de forma exata. O sistema do túnel de vento de Sindelfingen dispõe de sete eixos e pode assim cobrir um volume de medição de 19 x 14 x 5 metros. O peso deste sistema é de 26 toneladas, porque mesmo à velocidade máxima do vento, as sondas de medição devem permanecer exatamente e sem vibrações na sua posição.

O centro da secção de medição do túnel de vento é o sistema de cinco tapetes rolantes, com cerca de 90 toneladas, que reproduz de forma perfeita as condições de estrada. Graças à plataforma rotativa integrada, com um diâmetro de doze metros, os veículos a medir podem ser rodados em qualquer ângulo e, por exemplo, os ventos laterais podem ser simulados de forma realista.

De 1943 até hoje: o “Grande Túnel de Vento” em Untertürkheim
O “Grande Túnel de Vento” da então Daimler AG, na fábrica de Estugarda-Untertürkheim, foi o primeiro do mundo especialmente concebido para investigar as propriedades aerodinâmicas de veículos automóveis. As obras de construção começaram em 1939, impulsionadas pelo lendário pioneiro da aerodinâmica Wunibald Kamm. A primeira medição documentada teve lugar a 5 de fevereiro de 1943. Devido à guerra, apenas em 1954 o túnel de vento se tornou o primeiro do mundo a ser utilizado regularmente para medições em automóveis de tamanho real.

Sempre atualizado de acordo com os mais recentes padrões técnicos, o túnel de vento de Untertürkheim continua a ser indispensável para o desenvolvimento da Mercedes‑Benz, em especial para estudos de contaminação e testes de limpa para-brisas. Neste túnel, os engenheiros de aerodinâmica continuam também a testar se a camuflagem dos veículos de ensaio resiste a altas velocidades. E o “Grande Túnel de Vento” não tem este nome por acaso: muitos veículos comerciais da Mercedes‑Benz recebem também aqui os seus ajustes finais.

Além do trabalho aerodinâmico em veículos, o túnel de vento é por vezes utilizado também para testes não relacionados com automóveis: quer seja a televisão a filmar sequências para um documentário sobre furacões, trenós a serem otimizados para bobsleigh ou patinadores de gelo a aperfeiçoarem a sua postura, quem luta com ou contra o vento encontrará um aliado em Untertürkheim. Um dos desafios muito especiais foi a investigação aerodinâmica do revolucionário teto em forma de tenda do Estádio Olímpico de Munique.

Desde regiões tropicais até ao ártico: o clima nos túneis de vento climáticos
A Mercedes‑Benz opera também dois túneis de vento climáticos em Sindelfingen, que permitem reproduzir eventos meteorológicos no interior. Os túneis de vento climáticos permitem aos engenheiros otimizar veículos ou componentes recém-desenvolvidos para todas as condições meteorológicas numa fase inicial. Para os testes subsequentes no mundo real, em estradas sob o frio do ártico e sob o calor abrasador do deserto, apenas protótipos que já demonstraram um elevado grau de maturidade sob as influências climáticas mais adversas são lançados.

Um dos dois túneis de vento climáticos é concebido como canal frio, com uma faixa de temperatura de menos 40 a mais 40 graus Celsius. No canal quente, encontra-se disponível uma faixa de temperatura de menos 10 a mais 60 graus Celsius. Ambos os canais têm um dinamómetro de rolos integrado de dois eixos e permitem velocidades de até 265 km/h — reservas suficientes para colocar mesmo veículos desportivos à prova.

Tecnologia de medição moderna contra ruído do vento e correntes de ar
Uma matriz especial de microfones auxilia na medição de ruído no túnel de vento acústico. As medições extensivas no interior são também chamadas de “holografia acústica”. A Mercedes‑Benz utiliza 64 microfones duplos que permitem localizar áreas problemáticas na faixa de baixa frequência. Incluindo os dispositivos para medições externas, são utilizados quase 500 microfones.

No desenvolvimento aerodinâmico e aeroacústico utilizam-se manequins de medição, cabeças artificiais e microfones de campo próximo. “Tanja” é um desses manequins de medição: a Mercedes‑Benz utiliza-a para analisar correntes de ar em cabriolets e roadsters. Mais de uma dúzia de sensores na cabeça, pescoço e braços medem as velocidades do fluxo de ar no interior. “Tanja” cobre todos os lugares. Nos bancos da frente, 'ela' atua como um homem de 75 por cento, e atrás como um homem de 50 por cento. À frente, o manequim de ensaio é colocado de forma a ser maior do que 75 por cento de todos os homens. Atrás, a posição sentada corresponde à de um homem médio.

Do veículo em forma de lágrima ao VISION EQXX
Aerodinâmica na Mercedes-Benz: história
  • Inspirada na construção aeronáutica: otimizações aerodinâmicas de automóveis desde há muitos anos
  • Recordes na produção em série: antecessores do CLA com Tecnologia EQ
Campeões de aerodinâmica: veículos-conceito e plataformas tecnológicas, como o VISION EQXX
Há mais de 100 anos que a aerodinâmica entrou pela primeira vez no foco da ciência — mas apenas após a segunda crise do petróleo, há cerca de 45 anos, recebeu elevada prioridade no desenvolvimento de veículos. Os primeiros automóveis de passageiros foram derivados das carroças. Também devido às baixas velocidades possíveis, considerações aerodinâmicas não desempenhavam um papel importante. Mesmo os primeiros “verdadeiros” automóveis da marca Mercedes, de 1901, enfrentavam o vento de forma irregular. Por exemplo, o Mercedes Simplex de 1902 tinha uma área frontal de cerca de 3 m², e o seu valor de Cd de 1,05 significava que o vento encontrava quase dez vezes mais resistência do que num automóvel moderno.

Pouco depois da Primeira Guerra Mundial, os especialistas começaram a estudar a aerodinâmica dos automóveis. O designer de aeronaves Eduard Rumpler (1872-1940) apresentou o seu veículo em forma de lágrima em 1921, que com a sua carroçaria estreita não só abordava a questão da área frontal (2,4 m²), mas, com a sua forma de lágrima, minimizava a turbulência à frente e na esteira. O resultado parecia incomum, mas com um valor de Cd de 0,28 e uma resistência ao ar de 0,67 m², enviava um sinal claro.

Paul Jaray (1889-1974), outro “pai do streamlining”, também era oriundo da indústria aeronáutica. Também em 1921, solicitou uma patente que ainda hoje parece instruções para construir uma carroçaria moderna: “A parte inferior da carroçaria tem a forma de uma meia-carroçaria aerodinâmica e cobre o chassis com as rodas, o compartimento do motor e o habitáculo. A parte inferior é plana e corre paralela à superfície do piso.” Pela primeira vez, as rodas deixaram de estar livres, sendo protegidas pela carroçaria, e o fastback minimizava a turbulência na traseira. Como a tecnologia de transmissão convencional se ajustava à forma da carroçaria de Jaray, alguns construtores de automóveis produziram veículos segundo o seu princípio, incluindo a Mercedes-Benz: em 1935, foi criado um protótipo com a forma correspondente.

A maior desvantagem do streamlining de Jaray era a traseira longa — um espaço “morto”. A solução foi encontrada na década de 1930 por Wunibald Kamm (1893-1966), o primeiro professor de engenharia automóvel na Universidade Técnica de Estugarda e, em 1930, fundador do Instituto de Investigação Privado e Sem Fins Lucrativos para Engenharia Automóvel e Motores de Veículos em Estugarda (FKFS). Kamm cortou abruptamente a traseira aerodinâmica e desenvolveu o protótipo de um automóvel de passageiros aerodinamicamente inovador com o K-Wagen, de 1938 a 1941. O termo “Kamm-back” para a extremidade traseira recortada mantém-se até hoje. O veículo K3 baseava-se num Mercedes‑Benz 170 V e, com uma área frontal de 2,1 m², era caracterizado por um valor de Cd de 0,23, medido no túnel de vento de modelos da época.

O aumento da prosperidade e a queda do preço da gasolina na década de 1950 empurraram o esforço de redução da resistência à condução para segundo plano. Só com a segunda crise do petróleo em 1980 a atenção voltou-se para a redução do consumo e da resistência ao ar. Por essa razão, os automóveis de produção da Mercedes‑Benz estabeleceram repetidamente novas referências em termos de aerodinâmica: exemplos são o Classe S da série 126 apresentado em 1979 com Cd 0,36, os limousines do Classe E de série 124 introduzidos em 1984 com Cd 0,29, ou o limousine Classe S (W 220) apresentado em 1998 com Cd 0,27. Com um Cd de 0,22 e área frontal de 2,19 m², o CLA (W 117) atingiu a menor resistência ao ar de todos os veículos de produção em 2013 (o mesmo no Classe A limousine em 2018 e no Classe S série 223 em 2020).

Mais recentemente, o EQS conquistou este título em 2021. Com um Cd a partir de 0,20, a variante limousine do modelo elétrico é o veículo de produção mais aerodinâmico do mundo.

À frente do seu tempo: veículos recordistas, veículos aerodinâmicos e veículos-conceito
Os veículos de competição e de recorde aerodinamicamente aperfeiçoados também têm uma longa tradição na Mercedes‑Benz. O veículo recordista Mercedes‑Benz W 25 da época de 1936 tem um chassis com carroçaria totalmente aerodinâmica pela primeira vez. No túnel de vento da Zeppelin Works de Friedrichshafen, os especialistas analisaram e otimizaram a carroçaria em termos de tecnologia de fluxo. O resultado: Cd 0,24, recorde mundial de velocidade e três recordes internacionais de classe. Rudolf Caracciola alcança uma velocidade máxima de 372,1 km/h com o veículo recordista de 419 kW (570 CV).

O projeto seguinte, o veículo recordista Mercedes‑Benz W 125, estabeleceu o recorde mundial de velocidade em estradas públicas ainda válido hoje, a 28 de janeiro de 1938: Rudolf Caracciola atingiu 432,7 km/h. A versão recordista do Silver Arrow W 125 está perfeitamente preparada para o seu propósito especial no túnel de vento do Instituto Alemão de Investigação Aeronáutica em Berlim-Adlershof. A carroçaria plana, totalmente revestida, com traseira em forma de cunha, atinge um valor sensacional de Cd de 0,16. Isto inclui uma entrada de ar de dimensões radicalmente reduzidas na secção dianteira.

No entanto, os conhecimentos aerodinâmicos não são implementados apenas para viagens de recorde, mas também em estrada. O Mercedes‑Benz 540 K Streamliner, construído em 1938, coroou o desenvolvimento de veículos Mercedes‑Benz aerodinamicamente otimizados na década de 1930. Com as linhas fluidas e a silhueta baixa da sua carroçaria em alumínio, as fontes de perturbação minimizadas na superfície e a secção inferior da carroçaria revestida, o Streamliner exemplifica os resultados da investigação — apresentando um coeficiente de arrasto notavelmente baixo de Cd 0,36.

O streamlining dos Silver Arrows voltou ao foco do público mundial em 1954 com o veículo de corrida totalmente novo W 196 R. A versão aerodinamicamente otimizada foi construída primeiro para a época de 1954, porque a corrida de abertura em Reims, França, permitia velocidades muito elevadas. Pouco depois, seguiu-se uma segunda variante com rodas livres. O regresso às corridas da Mercedes‑Benz terminou de forma espetacular: Juan Manuel Fangio e Karl Kling conquistaram uma vitória dupla. Com a versão melhorada do Streamliner, Fangio também venceu o Grande Prémio de Itália de 1955.

A partir de 1969, a Mercedes‑Benz construiu uma série de veículos experimentais e de recorde com a designação interna C 111. O veículo recordista diesel C 111-III de 1978 foi consistentemente otimizado aerodinamicamente. O veículo é mais estreito do que os seus antecessores, tem uma maior distância entre eixos, cobertura total das rodas e uma longa traseira. Desta forma, o valor de Cd do C 111 foi reduzido para 0,18. Durante os recordes em Nardò, o Streamliner atingiu velocidades superiores a 300 km/h. Os nove recordes mundiais do C 111-III incluem também o de mais de 1000 milhas (1609 km) com uma velocidade média de 319 km/h.

A rigor, o Concept IAA (2015) incorpora dois veículos num só: por um lado, um coupé de quatro portas com um design fascinante, por outro, um recordista mundial de aerodinâmica com um Cd de 0,19. Além disso, a partir de 80 km/h, o estudo muda automaticamente do modo design para o modo aerodinâmica, alterando a sua forma através de numerosas medidas de aerodinâmica ativa: oito segmentos prolongam-se na traseira e alongam-na; flaps dianteiros extensíveis no para-choques dianteiro melhoram o fluxo em torno do arco e dos guarda-lamas dianteiros; as jantes ativas alteram a sua concavidade; e a barbatana no para-choques dianteiro move-se para trás, otimizando o fluxo na secção inferior da carroçaria.

Com um Cd de 0,172, o VISION EQXX (2022) oferece ao vento ainda menos resistência do que uma bola de futebol americana. A plataforma tecnológica deve o seu valor excecional de Cd à forma básica aerodinâmica, à inovadora placa de arrefecimento neutra do ponto de vista aerodinâmico na secção inferior da carroçaria, e à elaborada integração de elementos aeroativos e passivos na carroçaria.

No âmbito do programa tecnológico CONCEPT AMG GT XX, foi realizada investigação sobre uma tecnologia fundamentalmente nova: “Aerodinâmica por fio”. Pela primeira vez, a equipa de investigação conseguiu utilizar um atuador elétrico de plasma para criar uma separação de fluxo direcionada numa curva da carroçaria na traseira. Normalmente, isto requer um spoiler físico, geométrico, na parte exterior do veículo. Esta solução altamente inovadora reduz a resistência ao ar, melhora o desempenho aerodinâmico e permite uma liberdade de design completamente nova.

Concertos de Diogo Beatriz Santos com entrada livre no Casino Lisboa



Diogo Beatriz Santos apresenta-se num novo ciclo de três concertos no Arena Lounge do Casino Lisboa. O intérprete sobe ao palco multiusos, de 25 a 27 de setembro, pelas 22h15. O programa prolonga-se, pelas 23h25, na sexta-feira, dia 26, com a DJ Sheri Vari; e no sábado, dia 27, com o DJ Bruno Safara, que asseguram os melhores sets até de madrugada. A entrada é gratuita.

Com mais de uma década de experiência no panorama musical, Diogo Beatriz Santos apresenta um repertório extenso e variado cobrindo vários géneros como o jazz, soul, r&b, pop, world music, mpb e bossa nova. 

Diogo Beatriz Santos assume-se como um storyteller. É, sempre, acompanhado por músicos de excelência e nos quais confia a tarefa de tornarem possível os momentos únicos que proporciona aos seus clientes nacionais e internacionais. 

No seu percurso académico, é um orgulhoso detentor da Herbie Hancock Scolarship que lhe foi atribuída na Berklee College of Music. Tendo já actuado de norte a sul do país, em alguns dos espaços mais emblemáticos, o seu foco mantém-se sempre em proporcionar uma experiência de luxo com actuações que permitem levar os seus ouvintes numa viagem musical seleccionada especificamente para o evento.

Estreias de cinema de 25 de Setembro de 2025



Esta semana dentre as várias estreias de cinema nas salas nacionais o "Cultura e não Só" destaca as seguintes:



Batalha Atrás de Batalha

Califórnia, década de 1980. Um grupo de antigos revolucionários reencontra-se quando a filha de um deles é raptada por um inimigo de longa data. Entre as memórias do passado e a luta pela sobrevivência, os membros do grupo confrontam os seus fantasmas enquanto vêem os laços que outrora os uniram postos à prova.

Escrito e realizado por Paul Thomas Anderson ("Magnólia", "Haverá Sangue", "O Mentor", "Vício Intrínseco", ​"Licorice Pizza")​, e inspirado no romance Vineland, escrito em 1990 pelo norte-americano Thomas Pynchon, Batalha Atrás de Batalha junta sátira política à comédia negra com múltiplas referências à cultura popular de uma geração. O elenco conta com Leonardo DiCaprio, Sean Penn, Benicio Del Toro, Regina Hall e Wood Harris. 



A Casa de Bonecas da Gabby: O Filme

Durante uma viagem com a avó Gigi (interpretada pela cantora e actriz Gloria Estefan) à cidade de Cat Francisco, Gabby (Laila Lockhart Kraner) acaba por se separar da sua casa de bonecas, que vai parar às mãos de Vera (Kristen Wiig), uma mulher excêntrica e obcecada por gatos. Determinada a recuperar o que perdeu antes que seja tarde demais, Gabby embarca numa aventura que a leva a reunir os seus pequenos Gabby Cats.

Realizado pelo estreante Ryan Crego, segundo um argumento seu em colaboração com Traci Paige Johnson e Jennifer Twomey, este filme mistura animação com imagem real e tem por base os desenhos animados com o mesmo nome que se encontram disponíveis na Netflix e também exibidos no canal Panda​. 



Ernest Cole: Perdido e Achado

Nascido a 21 de Março de 1940, numa "township" — bairros criados pelo sistema de segregação racial para concentrar populações negras e mestiças —, perto da cidade de Pretória (África do Sul), o fotógrafo Ernest Cole destacou-se por expor de forma sistemática a brutalidade do "apartheid". Autodidacta, começou como "freelancer" em publicações locais, antes de se dedicar inteiramente ao registo fotográfico das desigualdades e da violência quotidiana sofridas pela população negra.

Em 1966, deixou a África do Sul e fixou-se em Nova Iorque, levando consigo o seu enorme acervo de imagens que, um ano depois, viriam a ser reunidas no livro House of Bondage. Nele, o autor escreveu: “Trezentos anos de supremacia branca na África do Sul colocaram-nos em cativeiro, roubaram-nos a dignidade, tiraram-nos a auto-estima e rodearam-nos de ódio.”

O exílio, passado entre os Estados Unidos e a Suécia, trouxe-lhe reconhecimento internacional, mas também solidão e dificuldades. Cole morreu de cancro a 18 de Fevereiro de 1990, com apenas 49 anos.

Este documentário, que arrecadou o prémio "L’Oeil d’Or" na edição de 2024 do Festival de Cinema de Cannes, acompanha a sua vida e obra e tem realização, produção e argumento do haitiano Raoul Peck — nomeado para o Óscar de Melhor Documentário por "I Am Not Your Negro - Eu Não Sou o Teu Negro" e também autor de "Exterminate All the Brutes", ambos com a questão do racismo como pano de fundo.

quarta-feira, 24 de setembro de 2025

Diogo Navarro inaugura “Instantes de Silêncio” na Galeria de Arte do Casino Estoril



Diogo Navarro inaugura no próximo dia 4 de outubro, às 17 horas, a exposição “Instantes de Silêncio” na Galeria de Arte do Casino Estoril. Esta mostra individual de pintura apresenta um conjunto de “Bailarinas”, de uma beleza ímpar, com uma paleta de cores suaves no seu inconfundível traço pictórico. A entrada é gratuita.

Do texto de apresentação da autoria de Sara Esteves Cardoso, retira-se “Nesta exposição, as bailarinas surgem como metáforas da alma em movimento.” E acrescenta “(…) Através delas, descobrimos que a beleza existe não apenas no movimento, mas também no intervalo, no instante em que o tempo parece deter-se e a alma encontra a sua voz.”



Sobre o Artista

Diogo Navarro (1973, Moçambique) é um artista português que explora o potencial pictórico de materiais diversos, onde a luz assume frequentemente o papel central. Com formação em artes plásticas, gravura, design gráfico e realidade virtual, soma mais de 50 exposições individuais, 8 das quais na Galeria de Arte do Casino Estoril, e mais de uma centena de coletivas, em Portugal e no estrangeiro.

A sua carreira é marcada por projetos artísticos com forte dimensão solidária — UNICEF, Cruz Vermelha, Alzheimer Portugal, Mary’s Meals, Refood Cascais, Fundação Prémio Nobel da Paz Dr. Denis Mukwege, Touch a Life Foundation, entre outros — e por colaborações internacionais em contextos culturais e humanitários em África, Ásia e Europa.

Uma outra visão do Cancioneiro Geral



A grande poesia portuguesa volta às livrarias com Cousas de Folgar e Gentilezas, uma antologia das melhores composições presentes no emblemático Cancioneiro Geral (1516), de Garcia de Resende, com edição de Graça Videira Lopes.

A autora, especialista em literatura medieval, oferece-nos uma edição rigorosamente anotada, prefaciada com um estudo bastante completo sobre o tema e com uma escolha peculiar de poemas, que vai para lá do lirismo amoroso, já conhecido de outras antologias. Temas tidos como menores, como a poesia erótica, satírica, as trovas morais ou poemas políticos, permitem-nos ter um conhecimento mais aprofundado sobre a sociedade portuguesa no período das Descobertas.

A antologia já se encontra em pré-venda e chega às livrarias a 2 de outubro, editada pela Assírio & Alvim, chancela do Grupo Porto Editora.

Sobre a Autora

Graça Videira Lopes nasceu em Mangualde, em 1952. Formou-se em Filologia Românica na Universidade Clássica de Lisboa e doutorou-se em Literatura Medieval na Universidade Nova de Lisboa, onde foi professora desde 1982 até à sua reforma. Pelo meio, deu ainda aulas nas universidades de Amherst (Massachusetts, USA), Barcelona e Paris (VIII e Sorbonne). Publicou livros de poesia e ensaio, sendo também coordenadora da edição integral das Cantigas Medievais Galego-Portuguesas. Dirige programas de investigação na área da literatura medieval. Publica o primeiro romance, A Casa Ocupada , finalista do Prémio LeYa, nas Publicações Dom Quixote em 2022.

Auditório do Casino Estoril esgotou para a estreia da comédia musical “Company” de Henrique Feist



O Auditório do Casino Estoril esgotou para a estreia da comédia musical “Company”, dirigida e protagonizada por Henrique Feist. O ciclo de representações deste musical de Stephen Sondheim com libreto de George Furth, renova-se, de quinta-feira a sábado, às 21h00; e aos domingos às 16h30.

Foram muitas as personalidades de relevo, nomeadamente da área do espectáculo e dos media, que marcaram presença no Casino Estoril para assistir à nova comédia musical da Artfeist.



É no pulsar urgente de Nova Iorque, 1970, no barulho, na falta de tempo para tudo, que a ação se desenrola – o desafio de manter relações numa sociedade cada vez mais despersonalizada. É melhor viver solteiro ou acompanhado? Essa é a pergunta que Robert... ou Bobby... faz a si próprio na festa surpresa preparada pelos seus melhores amigos no seu quinquagésimo aniversário. Bobby sempre foi um solteiro solitário, rodeado dos seus "bons e loucos" amigos - casados -, mas até agora nunca deu o passo definitivo. 

Medo do compromisso? Medo de amar? Será que já é tarde para encontrar a felicidade? Ganhamos ou perdemos quando decidimos partilhar a vida com alguém? Deixamos de ser quem somos para nos tornarmos noutra pessoa? O "eu" passa a "nós"? Não conseguimos escapar ao tempo, ao passar dos anos, nem ao triste sentimento que nos invade quando nos apercebemos que a nossa solidão, imposta por nós próprios, não é senão o medo de nos comprometermos.



Company estreou na Broadway em 1970 e, durante 54 anos, foi o musical que mais nomeações teve para os Tony Awards (Óscares da Broadway). Já teve inúmeras produções em várias partes do mundo ao longo dos anos, sendo a mais recente a versão espanhola que esteve em cena durante dois anos em Málaga, Madrid e Barcelona, dirigida e protagonizada por António Banderas. Este musical chega agora a Portugal pela mão de Henrique Feist, com autorização especial da Music Theatre International.

«Fragile Sanctuary - Um Abrigo Frágil»: o início de uma saga que faz furor no TikTok



Rhodes devia manter-se afastada de Anson. Ele é tudo o que ela não é: rabugento, sem meias-palavras e demasiado apegado à sua própria solidão. Mas os dois não conseguem manter-se longe um do outro e protagonizam um romance irresistível, recheado de mistério e de suspense, que faz furor no TikTok.

Fragile Sanctuary – Um Abrigo Frágil, o primeiro livro da muito popular saga escrita pela autora bestseller internacional Catherine Cowles, chega às livrarias portuguesas a 25 de setembro. A série «Sparrow Falls», uma sensação no TikTok, é publicada pela primeira vez em Portugal pela Bertrand Editora.

Quando o passado vier ensombrar a vida de Rhodes, será Anson, o melhor amigo do irmão e empreiteiro responsável pela renovação da sua casa, a protegê-la e a mantê-la em segurança. Este é um romance spicy com dois protagonistas que é impossível não adorar, repleto de emoções intensas e segredos que podem revelar-se ameaçadores e que tem como pano de fundo o cenário inesquecível da pequena vila norte americana de Sparrow Falls. Mas é também uma história de superação e de recomeços de mão dada com a felicidade.

Altamente apaixonante, atmosférico e cheio de suspense, Fragile Sanctuary – Um Abrigo Frágil promete ser a tua nova obsessão! É um livro para todos aqueles que apreciam histórias de amor arrebatadoras e emocionantes, com segredos do passado e reviravoltas imprevisíveis.

Com mais de 55 mil ratings Goodreads, escolha «Melhor Romance» da Amazon e tradução de Susana Serrão, Fragile Sanctuary – Um Abrigo Frágil, de Catherine Cowles, estará disponível nas livrarias a 25 de setembro.

Sobre a Autora

Catherine Cowles é uma autora bestseller internacional apaixonada pela escrita. Teve sempre o nariz enfiado nos livros desde que se lembra de aprender a ler, até que finalmente decidiu escrever as suas próprias histórias. Quando não está a escrever, está a explorar a beleza do seu Oregon natal, nos Estados Unidos, a ouvir podcasts sobre true crime ou a procurar o seu próximo namorado nas páginas de um livro. 

«Metal Slinger»: A romantasy mais aguardada do ano chega finalmente a Portugal



Metal Slinger – O Despertar da Magia, de Rachel Schneider, chega às livrarias portuguesas na próxima quinta-feira, dia 25 de setembro. Este é o primeiro volume da série Fire & Metal e um dos lançamentos mais aguardados do ano, que marca a estreia em Portugal de uma autora que se tornou um fenómeno global na fantasia romântica.

Com quase 100 mil ratings no Goodreads e milhões de leitores conquistados através do TikTok, Rachel Schneider chegou, viu e venceu como uma das vozes mais marcantes do género: a sua escrita refrescante, que combina fantasia, aventura e uma boa dose de romance e spice, tem cativado leitores em todo o mundo e promete agora conquistar também o público português.

Navega os mares. Domina a lâmina. Protege o teu coração. O que farias para conquistar tudo? Em Metal Slinger, a vida de Brynn, a protagonista, será lançada num turbilhão após descobertas chocantes sobre o seu passado e um encontro intenso com Acker, um soldado inimigo perigosamente sedutor e carismático. Tudo dentro do peito de Brynn será posto à prova quando este visitante misterioso surgir, trazendo consigo segredos, traições e um olhar capaz de abalar o seu coração…

Descobre o livro com o plot twist que arrasou a Internet: uma narrativa que entrelaça romance e fantasia de uma forma absolutamente perfeita – e que os leitores simplesmente não conseguem parar de elogiar.

O muito aguardado Metal Slinger – O Despertar da Magia, de Rachel Schneider, chega às livrarias a 25 de setembro, com tradução de Catarina Gil Gândara.

Sobre a Autora

Rachel Schneider vive no sul do Louisiana com o marido e a filha. Adora escrever e viajar através da imaginação, para onde quer que a escrita a leve, sobretudo para o universo da fantasia, onde as surpresas são muitas e a temperatura pode subir. Quando não está a trabalhar num novo livro, podemos encontrá-la a ver um jogo de hóquei ou imersa num banho de espuma, a ler um bom livro.

Fernando Daniel anuncia segunda sessão da VHS Sessions no Coliseu dos Recreios



O público pediu, Fernando Daniel respondeu: depois de uma primeira sessão praticamente esgotada, o artista anuncia uma nova oportunidade para viver a sua tour acústica, VHS Sessions, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, a 21 de fevereiro às 18h.

Este concerto surge como resposta à enorme procura dos fãs e promete repetir a atmosfera intimista que tem marcado esta tour. Após várias datas internacionais em Londres, Paris, Lyon, Toulouse, Luxemburgo e Boston, os dois concertos em Lisboa assinalam o encerramento desta digressão especial, oferecendo ao público português momentos únicos de partilha e emoção. Até lá, o artista vai continuar esta tour acústica com várias datas que irá anunciar em breve.

A VHSessions tem conquistado plateias dentro e fora de Portugal, com interpretações em registo acústico que revelam novas dimensões das canções de Fernando Daniel. O Coliseu dos Recreios será assim o palco perfeito para celebrar o fim desta viagem, em duas sessões que prometem ficar na memória.

terça-feira, 23 de setembro de 2025

«O Silêncio Não é de Ouro. Calar a Violência é Aceitá-la», de Inês Queiroz e Fátima Moura da Silva



«O Silêncio Não é de Ouro. Calar a Violência é Aceitá-la», de Inês Queiroz e Fátima Moura da Silva dá voz às vítimas de violência através da partilha das suas histórias.

Editado pela Oficina do Livro, em parceria com a APAV que assinala este ano 35 anos de existência, «O Silêncio Não é de Ouro. Calar a Violência é Aceitá-la» pretende dar voz às histórias por trás dos números dos vários tipos de violência com os quais nos confrontamos diariamente. Combinando rigor jornalístico e grande sensibilidade, Inês Queiroz e Fátima Moura da Silva emprestam a sua voz às vítimas porque o silêncio não é de ouro quando se trata de calar o inaceitável.

Sobre o livro
Todos os dias tropeçamos neles. Nos números. São terríveis e falam de vários tipos de violência. Violência doméstica, violência psicológica, servidão humana, abuso de poder, abuso económico, crimes de ódio, discriminação, xenofobia, bullying, cyberbullying e por aí fora.

São números que matam, quantas vezes, mas que, como todos os números, não têm cara, nem voz, nem alma, nem coração. Neste livro procurámos trazer a voz, a alma e o coração a algumas histórias que, diariamente, nos chegam pela via dos números. Não foi fácil encontrar quem quisesse partilhar connosco o seu testemunho. Contar uma história que queremos enterrar para sempre é vivê-la novamente. É precisa muita coragem, e há quem nem sequer a consiga encontrar para fugir ao flagelo em que vive.

Sobre as Autoras

Inês Queiroz
Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, acabou por fazer a sua carreira em Jornalismo. Passou pelos extintos Diário Económico, Semanário Económico e Euronotícias, voltando mais tarde ao Económico, onde ficou até ao final, integrando a equipa da revista Fora de Série. Trabalhou ainda como freelancer na área do Storytelling para algumas publicações do grupo Trust in News. Este livro marca a sua primeira incursão por outras letras.

Fátima Moura da Silva
Licenciada em Comunicação Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade Técnica de Lisboa, foi jornalista durante 32 anos. As portas para a área foram-lhe abertas pelo primeiro curso de jornalistas de rádio da TSF, tendo-se iniciado na Agência Lusa. Colaborou com várias publicações e lançou o seu primeiro romance em 2023, Filhas do Vento, com a editora Guerra e Paz. Participou igualmente numa «novela» surrealista, com 22 histórias assinadas por 22 autores, O Caso do Cadáver Esquisito, publicada no Fugas, um suplemento do jornal Público.

MAAT assinala 9.º aniversário com novas exposições e uma programação especial



O MAAT – Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia assinala o seu 9.º aniversário entre 27 de setembro e 5 de outubro de 2025, com uma semana de programação que cruza visitas, performances, música, poesia e bem-estar.

No dia 5 de outubro, data do aniversário, a entrada será gratuita e o museu inaugura duas novas exposições. Formas no Espaço… através da Luz (no Tempo), do artista Cerith Wyn Evans, reúne esculturas de luz, instalações sonoras e vídeos, com destaque para uma rede de néon branco suspensa na Galeria Oval do MAAT Gallery. Já Fluxes – 7.ª Trienal de Arquitectura de Lisboa, no MAAT Central, propõe uma reflexão sobre as cidades globais enquanto sistemas em constante transformação, compostos por quase 30 biliões de toneladas de materiais.

Para começar o dia, o MAAT acolhe o Repair Café, iniciativa internacional que promove a reparação gratuita de pequenos eletrodomésticos. Com o apoio de voluntários especializados, os visitantes poderão recuperar equipamentos, trocar conhecimentos e explorar também as novas exposições.

No exterior, na Praça do Carvão, o museu encerra a celebração com a instalação Coral dos Corpos sem Norte, de Kiluanji Kia Henda, integrada na BoCA – Bienal de Artes Contemporâneas. Concebida como um labirinto habitável de grande escala, a obra evoca a “geometria do medo” e convida o público a explorar um território desconhecido, numa poderosa metáfora sobre segregação e liberdade.

Ao longo do dia, haverá ainda visitas orientadas, oficinas para os mais novos e diversas atividades, assinalando nove anos de um museu que continua a abrir caminhos para o encontro, a experimentação e o diálogo entre diferentes formas de pensar e criar. Todas as atividades são de participação gratuita, mas implicam inscrição no dia da atividade, na bilheteira do MAAT Central.

Visitas
Ao longo do dia 5 de outubro, entre as 11h e as 18h, o MAAT dinamiza um conjunto de visitas relâmpago de 30 minutos, que percorrem diferentes exposições e espaços do museu, desde as novas exposições, passando pela Fábrica da Eletricidade, o MAAT Garden e as instalações de arte permanentes. A programação inclui ainda visitas temáticas conduzidas por especialistas, nomeadamente Como funciona este Museu? (10h15–11h15), Espaços Acessíveis (11h00–12h30) e MAAT Gallery e MAAT Central (15h00–16h30).

Atividades para crianças
No âmbito das comemorações, o MAAT apresenta uma programação especialmente pensada para as crianças. Nos dias 27 e 28 de setembro, a visita A Fábrica da Eletricidade convida os mais novos, dos 7 aos 12 anos, a explorarem a Central Tejo, antiga fábrica onde se produziu eletricidade para Lisboa no século XX. Ao longo de toda a semana, realizam-se ainda várias Oficinas de Ciência, em diferentes horários, que estimulam a curiosidade e a criatividade.

Bem-Estar
A programação inclui também momentos dedicados ao equilíbrio físico e emocional. No dia 27 de setembro, entre as 09h30 e as 11h00, realiza-se a iniciativa Yoga no Museu, com o tema Corpo Feminino: Arma e Abrigo, integrada na exposição O que nos olha de Miriam Cahn. Já no dia 3 de outubro, das 19h00 às 20h30, decorre Meditar com Arte, com a sessão O Sorriso, conduzida por Mário Rodrigues, na exposição lápis de pintar dias cinzentos, em comemoração do Dia Mundial do Sorriso.

Música e Poesia
No dia 27 de setembro, entre as 16h00 e as 02h00, o MAAT x LISB-ON leva à Praça do Carvão um dia de música e celebração, em parceria com o Jardim Sonoro, com presença de artistas de música (DJs) como Camelphat e MAGA, num ambiente vibrante junto ao rio.

No dia 28 de setembro, das 11h00 às 13h00, realiza-se um Open Mic de Poesia, em parceria com o Festival de Poesia de Lisboa, sob o tema Cartografia dos Afeto. Num momento de microfone aberto, os participantes poderão partilhar textos ou leituras inspiradas na ideia de “pintar dias cinzentos”.

Ainda no dia 28, das 19h00 às 20h00, o MAAT assinala o Dia Mundial da Música com uma experiência musical meditativa de Tainá. A cantora e compositora conduz uma viagem sonora intimista, recorrendo a taças de cristal, gongos, flautas e à sua voz, convidando o público a desacelerar e a mergulhar num estado de escuta plena e relaxamento profundo.

Inovação, networking e lifestyle em formato inédito na estreia do Star Talk Show



No próximo dia 9 de outubro de 2025, pelas 20h, a X-Create Arena, em Lisboa, será palco da estreia do Star Talk Show, um projeto inovador apresentado por Ronan de Andrade Horta, fundador e CEO do Business Social Club.

A estreia mundial em Lisboa do Star Talk Show promete revolucionar o networking Empresarial. Mais do que um espetáculo, trata-se de um verdadeiro sarau intelectual contemporâneo, que combina negócios, tecnologia, cultura e experiências exclusivas num formato dinâmico e disruptivo, e que chega agora a Lisboa pela primeira vez.

Inspirado nas experiências culturais promovidas por Ronan em Lisboa, o Star Talk Show nasceu da ideia de transformar o tradicional talk show numa experiência premium, intimista e interativa, onde o público e os convidados partilham conhecimento, inspiração e fazem networking, num ambiente que recria o espírito de uma sala de estar.

Como refere o fundador, “o Star Talk Show não é apenas um talk show, é uma experiência transformadora. Queremos que cada pessoa presente se sinta uma estrela, leve novos contactos, novos negócios, novas ideias e uma visão mais clara do seu próprio potencial.”

Com a sua energia e presença inconfundíveis, Marta Aragão Pinto, Fundadora e CEO da Ofélia dará as boas vindas a esta noite garantindo uma abertura marcante e envolvente do Star Talk Show.
O formato inovador de Talk Show será conduzido por Ronan de Andrade Horta com entrevistas totalmente interativas.

Entre os convidados confirmados desta edição de estreia estão nomes de grande destaque e referência no cenário Nacional e Internacional:
        
  • Luis Pimenta, especialista em Inteligência Artificial aplicada a negócios, abordará as novas fronteiras tecnológicas. Tema: Inteligência Artificial aplicada a negócios e vida real
  • Thiago Coelho fundador da XCREATE, traz sua visão sobre inovação e liderança. Tema: Posicionamento estratégico e negócios
  • Luiz Fernandes, advogado e especialista em jurídico e inteligência artificial, apresentará a importância da regulação e segurança nas novas tecnologias. Tema: Cibersegurança e proteção de propriedade intelectual com IA
  • Marcos Pereira, especialista em mercado internacional, China e comércio exterior, que desde 2008 acompanha de perto o ecossistema chinês, conectando empresários brasileiros a oportunidades globais. Tema: Mercado da China – importação, exportação e sucesso no comércio internacional
  • Fausto Mok, CEO do Business Social Club em Los Angeles, falará sobre criatividade, negócios e expansão internacional. Tema: Pitch Business Social Club – aceleração de conexões e oportunidades
  • Pedro Ribeiro, executivo de marketing e turismo no Vila Galé, falará sobre a conexão estratégica entre Portugal e Brasil. Tema: Turismo Portugal–Brasil e tendências globais
  • Silas Costa, referência em cibersegurança e inovação digital, trará sua experiência sobre segurança e tecnologia. Tema: Cibersegurança e proteção de propriedade intelectual com IA
  • Vitor Frade, convidado especial vindo do Brasil, diretor artístico do Estúdio Casa Set, é hoje um dos nomes mais versáteis do audiovisual brasileiro. No comando do Lady Night, talk show de maior audiência do país, soma 20 anos de carreira como ator, produtor, roteirista, empreendedor e criador da plataforma Ooppah, que revolucionou o mercado de artistas e agentes. Tema: Televisão, inovação e narrativas globais
Outros convidados:
  • Miya Hannari, consultoria empresarial
  • Leonel Vieira , realizador premiado, referência no cinema e televisão em Portugal, compartilhará sua trajetória de sucesso.
  • Carlos Andrade, jurídico e responsável pela abertura de várias empresas em Portugal
  • Miguel Lannes, profundo conhecedor das tendências em Inteligência Artificial, apresentará insights sobre o futuro da inovação. (Participação) Online 
 
O evento contará com entrevistas, momentos de interação com Inteligência Artificial, debates enriquecedores, música e momentos de networking, proporcionando ao público uma experiência única que rompe com os modelos tradicionais de talk show.

A noite terá início com uma receção acompanhada de vinho português e petiscos, seguindo-se os blocos temáticos com os convidados.

O momento alto, segundo Ronan, será a transformação pessoal e coletiva: “queremos que cada pessoa saia da sala do Star Talk Show com um brilho especial no olhar, carregando novas ideias, clareza e inspiração prática para aplicar nos seus negócios e na vida.”

O encerramento ficará a cargo do exclusivo Wine & Beats, que junta vinhos premium, alta gastronomia e networking ao som do DJ The Corporation.
 
O Business Social Club, é um ecossistema criado por Ronan de Andrade Horta e tem como missão ligar mentes brilhantes, criar oportunidades reais e acelerar pessoas e empresas rumo ao seu máximo potencial. O evento marcará ainda o lançamento oficial da plataforma digital do BSC, que disponibilizará masterclasses, cursos e conteúdos exclusivos, e a apresentação da quinta edição da Business Social Club Magazine, uma publicação que alia negócios, inovação, cultura e lifestyle e que se tem afirmado como referência no ecossistema empresarial e criativo.

A estreia em Lisboa é apenas o início de uma jornada global. Já no dia 10 de Outubro, também na X-Create Arena, Ronan sobe ao palco com a palestra “Os Pilares da Inteligência”, onde irá apresentar insights sobre empreendedorismo cultural, aceleração de resultados e aplicação da inteligência (humana, artificial e espiritual) em projectos de alto impacto, ao lado de Fausto Mok, Tiago Coelho e Vitor Frade.
O Star Talk Show segue depois para Los Angeles, onde terá presença no LABRFF, Los Angeles Brazilian Film Festival, a 15 de Outubro, onde Ronan se estreia internacionalmente como director, idealizador e produtor executivo do documentário “Aquele Abraço”, selecionado oficialmente pelo LABRIFF.

O filme resgata a história de uma das maiores ações de consciencialização ambiental já realizadas no Brasil: em 2019, no Dia Mundial dos Oceanos, um grupo de amigos liderado por Ronan mobilizou 14 mil pessoas para formar um abraço humano de mais de 5 km de extensão, da Praia da Barra da Tijuca ao Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro. Juntos, recolheram 5 toneladas de lixo, num marco que ganhou repercussão internacional e segue a ser replicado em diversas praias e comunidades ao redor do mundo.
 
Tudo isto reforça a visão de Ronan de que negócios, tecnologia e cultura são pilares inseparáveis e que, quando reunidos, criam experiências únicas, capazes de transformar pessoas e sociedades.
Com esta estreia, o Star Talk Show promete transformar Lisboa no epicentro de um encontro singular entre conhecimento, cultura e lifestyle, num ambiente sofisticado e inspirador.

Sobre o evento
Local: X Create HUB de negócios e eventos
Morada: Rua Bela Vista 25, freguesia de Agualva-Cacém, 2735-184 Lisboa
Horário Star Talk Show: 20h-23h
Horário Cocktail pós Star Talk Show: 23h-01h

Ciclo de tertúlias sobre cordofones Lusitanos



O espaço atmosfera m, do Montepio Associação Mutualista, acolherá, em Lisboa, às terças-feiras, às 18h30, de 30 de setembro a 21 de outubro, o Ciclo de Tertúlias sobre Cordofones Lusitanos, que tem por objetivo dar a conhecer ao público alguns dos instrumentos de cordas tradicionais portugueses mais antigos e menos divulgados, através da participação de quatro projetos musicais atuais.

Ao longo destas sessões, Tó Zé Bexiga e seus convidados abordarão a história, a geografia e a técnica destes instrumentos, cuja preservação representa um património cultural de inestimável valor.

Nestas tertúlias, será ainda apresentado o novo álbum UÁDI do projeto RAIA (alter ego de Tó Zé Bexiga), em parceria com artistas envolvidos neste álbum e que nos trazem outros cordofones lusitanos, que dará a conhecer a riqueza da Viola Campaniça.
 
Ciclo de Tertúlias sobre Cordofones Lusitanos:
 
30 de setembro, 18h30 - RAIA e Viola Campaniça
Tó Zé Bexiga apresenta os cordofones regionais populares, através da história da Viola Campaniça. Demonstrará, também, de onde vem o instrumento, como se toca a Campaniça, bem como a história e geografia dos restantes cordofones.
 
7 de outubro, 18h30 - RAIA & OMIRI: Violas Campaniças e Braguesa
Tó Zé Bexiga convida Vasco Ribeiro Casais (OMIRI) a apresentar a sua Viola Braguesa bem como a abordar o projeto OMIRI na dinamização das tradições da música portuguesa no século XXI. OMIRI tem sido um dos principais impulsionadores da reinvenção das tradições através das recolhas, sampling e remixing da nossa cultura musical.

14 de outubro, 18h30 - RAIA & Bicho Carpinteiro: Violas Campaniça, Beiroa, Toeira
Tó Zé Bexiga convida Rui Rodrigues e Diogo Esparteiro (Bicho Carpinteiro), convidados especiais do novo álbum de RAIA, UÁDI, para darem a conhecer os seus cordofones: a Viola Beiroa, da região de Castelo Branco, e a Viola Toeira da Beira Litoral.
 
21 de outubro, 18h30 - RAIA & Lusitanian Ghosts: Violas Campaniça, Amarantina, Terceira
Tó Zé Bexiga e Nuno Saraiva apresentam o projeto Lusitanian Ghosts, que cruza os cordofones populares com o rock n roll internacional. Projeto Luso-Sueco, cantado em Inglês, que recentemente atuou no Tivoli com a Orquestra Metropolitana de Lisboa.
 
Espaço atmosfera m - Rua Castilho, n.º 5, Lisboa