sexta-feira, 4 de setembro de 2015

HANGAR: actividades de Setembro


São várias as actividades que o Hangar, Centro de Investigação Artística apresenta e desenvolve durante o mês de Setembro.

Inaugura no próximo dia 25 de Setembro, "Ilha de São Jorge", uma exposição com vídeos de Suleimane Biai + Filipa César, Rui Terneiro + Filipe Branquinho e Tiago Correia-Paulo, Mónica de Miranda, Irineu Destourelles, Kiluanji Kia Henda, e René Tavares + Kwame Sousa e curadoria de Paula Nascimento e Stefano Rabolli Pansera. Este projecto, desenvolvido por Beyond Entropy, foi inicialmente concebido para a  Bienal de Arquitectura de 2014 e vai estar patente na galeria do Hangar até ao dia 9 de Outubro. Os vídeos expostos são uma reflexão de como a modernidade foi absorvida nas cinco repúblicas africanas de expressão portuguesa: Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe.

O projecto inclui ainda a apresentação, no dia 5 de Outubro, da  publicação “Ilha de São Jorge”, editada por Paula Nascimento, Stefano Serventi e Ana Vaz Milheiro, uma colecção de textos que prolonga a investigação iniciada com ‘Beyond Entropy Angola’ (2012) e ‘Luanda, Cidade Enciclopédica’ (2013). 

Já a exposição "Sem Título" de João Onofre, chega ao fim no dia 12 de Setembro. Esta exposição propõe tratar a utilização persistente da componente sonora no trabalho de Onofre, reunindo o seu vídeo mais recente e um objecto sonoro com apresentação inédita em Portugal.

O Ciclo de Cinema Angolano, que arrancou no passado mês de Maio, termina nos dias 4 e 5 de Setembro com a exibição de três filmes: "Oxalá Cresçam Pitangas" (2007), de Kiluanje Liberdade e Ondjaki, "Luanda, Fábrica da Música" (2009), de Kiluanje Liberdade e Inês Gonçalves e a curta-metragem "Alambamento" (2011) do realizador Mário Bastos. Este ciclo contempla três janelas temporais do cinema angolano: as políticas culturais do pós-independência, a tentativa de desenvolvimento de novas políticas culturais no pós-guerra e a regência da produção independente.

No dia 11 de Setembro, às 18h, realiza-se a primeira de um conjunto de conversas conversas públicas, onde  se reflecte sobre a história recente das Artes Visuais em Portugal: "IMAGEM PROJECTADA - Arte em Portugal - de 1974 à Actualidade". Nesta primeira conversa, Miguel Wandschneider fala sobre o projecto "Slowmotion" no qual propôs uma perspectiva sistemática sobre a utilização do filme e do vídeo pelos artistas portugueses. 

O artista moçambicano Mário Macilau está, durante o mês de Setembro, em residência artística no Hangar, no contexto do programa 180º Artistas ao Sul (2015-2018), um programa de residências, com enfoque no contexto artístico e cultural de Lisboa, destinado ao intercâmbio de artistas oriundos de Angola, Cabo Verde, Moçambique e São Tomé. No dia 15 de Setembro, às 18h, o artista estará à conversa no Hangar sobre o seu trabalho.    

Durante o mês de Setembro, são ainda desenvolvidos dois workshops de criação artística. Nos dias 12 e 13, Daniel Barroca apresenta Fieldwork, um workshop de desenho como ferramenta de observação e nos dias 26 e 27, João Paulo Serafim realiza Museu Ficção e Criação, um workshop sobre prática artística ligada ao contexto do museu, onde se pretende olhar a instituição museu do ponto de vista da criação.

Com fim do Verão, o Mini-Hangar  propõe a realização de dois ateliers dedicados aos mais novos: "Museu de História Natural e Biologia Inventada", de 7 a 11 de Setembro, para crianças dos 5 aos 12 anos, onde se propõe criar e descobrir um mundo imaginado, cheio de novas espécies, descrevendo das suas características, habitat, e evolução e que inclui uma visita ao Museu de História Natural; e "Mãos à obra: cada casa a seu dono", que resulta de uma parceria com Orfeu Mini e que se realiza no dia 26 de Setembro para maiores 7 anos. Este workshop tem por objectivo criar espaço para conversar sobre os espaços onde vivemos, ampliar a noção do conceito de Casa.

No âmbito da exposição "Ilha de São Jorge" vai realizar-se ainda, no dia 3 de Outubro, entre as 15h e as 17h, um workshop criativo sobre esta exposição, com a orientação de Susana Anágua e Ana de Almeida, para crianças entre os 5 e os 12 anos.