quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

José Pedro Cortes inaugura "Valor de Face" na Galeria Pedro Alfacinha


A Galeria Pedro Alfacinha tem o prazer de apresentar Valor de Face de José Pedro Cortes. Nesta que é a sua primeira exposição na galeria, o artista apresenta uma selecção de fotografias recentes sem geografia nem contexto anunciados para além do tempo e experiência do seu autor. As imagens apresentam-se antagonicamente sincronizadas — vindas de um mundo belo e brutal, complexo e superficial — promovendo narrativas espontâneas e imprevisíveis, activadas pelo observador.

José Pedro Cortes tem encontrado no livro o instrumento fundamental de desenvolvimento do seu trabalho, amplamente comprometido com a representação do corpo como superfície primeira de contacto com o mundo, e da própria superfície do filme e objecto fotográfico como campo de exploração e afirmação pictórica.

A celebrada série Things Here and Things Still to Come, aproxima-o de quatro mulheres Norte-Americanas voluntárias no exército Israelita e da intimidade dos seus espaços em Tel Aviv; Costa apresenta um exercício plástico sobre uma topografia sul-europeia de hoje, através de incursões recorrentes pela paisagem suburbana da Costa da Caparica; e em One’s Own Arena, ainda em exposição no Museu da Electricidade em Lisboa, o delicado compromisso entre a intimidade de desconhecidos e uma paradoxal familiaridade com a paisagem vernacular de uma metrópole distante.

Transversalmente ao trabalho que vem desenvolvendo em série, José Pedro Cortes tem também trabalhado isoladamente o valor do tempo, tão premente ao paradigma do entendimento da fotografia, em instalações como Um Eclipse Distante — apresentada em 2014 no Museu Colecção Berardo em Lisboa e no Instituto Tomie Ohtake em São Paulo, no âmbito do prémio BES Photo 2014 — e Valor de Face, que agora apresentamos.

Sobre o Autor

José Pedro Cortes (Porto, 1976) vive e trabalha em Lisboa.
Em 2004 completou um Master of Fine Arts em fotografia no Kent Institute of Art & Design e em 2005 regressa a Portugal para ingressar no Programa Gulbenkian de Criatividade e Criação Artística. No mesmo ano expôe individualmente pela primeira vez no Centro Português de Fotografia e no Silo, ambos no Porto e vê o seu trabalho destacado como valor emergente pela Photo London. Seguem-se exposições em instituições como o Museu da Imagem (Braga, 2006) e o CAV - Centro de Artes Visuais, (Coimbra, 2013), entre outras; e nas galerias White Space, Londres, em 2006, e Módulo, Lisboa, em 2008 e 2010.

Em 2012 é convidado no âmbito do prestigiado programa European Eyes on Japan em 2012, e nomeado para o EPEA - European Photo Exhibition Award — expondo no Deichtorhallen, Hamburgo, Centre Gulbenkian, Paris, Fondazione Monte di Luca, Italia, e no Oslo Peace Center. Em 2013 participa no MNAA Olhares Contemporâneos – Residência Fundação EDP no Museu Nacional de Arte Antiga em Lisboa. Em 2014 integra a exposição O Processo SAAL: Arquitectura e Participação, 1974-1976, no Museu de Serralves, Porto e no Canadian Centre for Architecture, Toronto e é finalista do prémio BES Photo.
Silence, de 2005, Things Here and Things Still to Come, de 2011, Costa, de 2013, e One's Own Arena de 2015, são todos publicados pela Pierre von Kleist Editions — de que é fundador e co-editor.
One’s Own Arena está em exposição na Fundação EDP / Museu da Electricidade até 13 de Dezembro.

Galeria Pedro Alfacinha
12 de Dezembro — 13 de Fevereiro