Em estreia absoluta no Casino
Estoril, José Miguel Wisnik e Paula Morelenbaum sobem ao palco do Lounge D, a
17 de Setembro, pelas 23 horas, para apresentar a “aula-show - Vinícius e Tom: Palavra e Música”. No âmbito do “Festival
Internacional de Cultura 2016 – FIC”, este espectáculo reúne uma selecção
de canções de Tom Jobim e Vinícius de Moraes e seus parceiros, entremeadas de
leituras de alguns poemas e conversas sobre a vida dos autores e vários
assuntos relativos à palavra cantada. A entrada é livre.
Na “aula-show - Vinícius e Tom: Palavra e Música”, Paula Morelenbaum será
acompanhada por José Miguel Wisnik, ao piano, e Gabriel Improta no violão.
Reunindo os talentos musicais,
literários e académicos do compositor, cantor e pianista Zé Miguel Wisnik –
reconhecido como um dos nomes de ponta da música brasileira e da cantora Paula
Morelenbaum - outro nome de ponta da nossa música, reconhecida
internacionalmente desde os anos em que integrou a banda de Tom Jobim - o espectáculo
traz uma selecção de canções de Jobim e Vinícius, além de leituras e conversas.
Da formação do cancioneiro
brasileiro ao artesanato de letra e música; das potências transformadoras da
bossa-nova ao debate sobre a “morte da canção”, Wisnik e Morelenbaum cantam,
tocam e contam a música e a poesia de Tom e Vinícius, situada por eles no
contexto da cultura brasileira hoje, emoldurados pelo piano de Wisnik e do
violão de um dos jovens talentos da música instrumental brasileira, Gabriel
Improta.
Vinícius de Moraes (1913-80) já
era um poeta consagrado quando conheceu Tom Jobim (1927-94), seu
parceiro no espetáculo Orfeu da Conceição, de 1956. Para além das várias
canções que os dois então fizeram juntos – só as primeiras de uma longa lista
de clássicos do nosso cancioneiro – os resultados desse encontro seriam
decisivos para a vida cultural do Brasil. Não só a bossa nova, mas todo um modo
de pensar a canção, como encontro privilegiado entre poesia e música, ganhava
ali um modelo, a ser desenvolvido de mil e uma formas.
A importância de Jobim e Vinícius
- também um compositor de relevo - não pode ser minimizada: se a canção, para
nós, é um registo incontornável, onde a cultura vê-se e pensa-se a si mesma,
isto deve-se, em boa medida, à contribuição do poeta, que foi passando de um género
a outro, ao longo dos anos, com vários parceiros (Baden Powell, Carlos Lyra,
Chico Buarque, Edu Lobo e Toquinho, entre outros), sempre supremo no artesanato
da poesia cantada e sempre arrojadamente livre no espírito e na vida.
José Miguel Wisnik e Paula Morelenbaum
apresentam, desde 2008, a “aula-show” “Vinícius: Palavra e Música” com o músico
Arthur Nestrovski em teatros e em Feiras do Livro no Brasil, como na FLIP de
Paraty, Rio de Janeiro; no Festival do Desassossego, em Lisboa, e mais
recentemente na abertura da FLIPside em Aldeburgh, Inglaterra. Dessa vez, no
Festival Internacional da Cultura, a formação original modifica-se e ganha a
participação especial de Gabriel Improta, no violão.