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quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Guilherme d’Oliveira Martins apresenta amanhã em Lisboa «A Primeira República - Na fronteira do liberalismo e da democracia» de Miriam Halpern Pereira


Mais de um século decorrido sobre o início da Primeira República e este período da história recente do país continua a suscitar forte interesse surpreendendo pelos contrastes paradoxais.

A cidadania limitada à população masculina e alfabetizada coexistiu com uma vigorosa intervenção cívica extraparlamentar. A instabilidade governamental e a violência na rua não impediram o êxito de decisivas reformas na educação, na cultura, nas relações laborais, no estatuto da mulher e na relação entre o Estado e a população. O crescimento económico, embora moderado, permitiu a recuperação da crise finissecular oitocentista e beneficiou da retoma internacional dos anos 20. Recuperou-se o equilíbrio financeiro. A consolidação do espaço colonial foi alcançada, aqui a quase totalidade da população africana foi excluída da cidadania, em consonância com as outras colónias europeias. A vontade de mudança esbarrou com frequência crescente no conservadorismo e o desfecho desse confronto violento foi dramático. Seguiram-se várias décadas de regressão educativa, cultural, social, cívica e política. Como se explica esta evolução? Nesta síntese atualizada encontrará a resposta.
O objectivo deste livro é proporcionar essa visão sintética que permita a um público não especializado o acesso a uma interpretação actualizada dos principais problemas desta época.

«Com A Primeira República, Miriam Halpern Pereira escreveu a sua obra prima.  Esperemos que reincida com uma obra de síntese sobre o nosso liberalismo monárquico.» - Luís Salgado de Matos

Sobre a Autora

Miriam Halpern Pereira é Professora Emérita do ISCTE/IUL. Principais livros: O Gosto pela História (2010), Diversidade e Assimetrias (2001), Das Revoluções Liberais ao Estado Novo (1994), Livre-câmbio e Desenvolvimento Económico: Portugal na Segunda Metade do Século XIX, 1971/1983. Fundadora do CEHC/ISCTE, o primeiro centro de História Contemporânea em Portugal, e da revista Ler História, foi directora-geral dos Arquivos (IANTT). Foi-lhe atribuída a medalha de mérito científico, MCTES, 2016.