segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Frederico Lourenço, Prémio Pessoa 2016


O Prémio Pessoa de 2016 foi atribuído a um dos grandes nomes da cultura portuguesa, Frederico Lourenço.

Frederico Lourenço é o tradutor da mais completa versão da Bíblia em Língua Portuguesa – de que a Quetzal publicou já o primeiro volume (o segundo volume será publicado no início do próximo ano).
É a primeira vez que esta tradução, a partir do original (a chamada Bíblia Grega), está disponível em Língua Portuguesa, contendo todos os livros do Novo e do Antigo Testamento (o primeiro volume inclui os Quatro Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João). Este projeto constitui o culminar de um longo trabalho de estudo, tradução, edição, e reescrita na nossa Língua, ao mesmo tempo que assinala a importância decisiva da Bíblia como um dos pilares e referências centrais da nossa civilização. O presidente do júri do Prémio Pessoa, Francisco Pinto Balsemão, elogiou os «elevados critérios de integração contextual, história e linguística, deste livro maior de ressonância universal em toda a história humana.»

Ficcionista, ensaísta, poeta, tradutor, Frederico Lourenço nasceu em Lisboa, em 1963, e é atualmente professor na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (depois de mais de uma década na Universidade de Lisboa, onde se doutorou com uma tese sobre Eurípides). Traduziu a Ilíada e a Odisseia de Homero, bem como um volume de poesia grega, duas tragédias de Eurípides ou peças de Schiller e Arthur Schnitzler. No domínio da ficção é, entre outros títulos, autor da trilogia Pode Um Desejo Imenso (que inclui também, além do título homónimo, os romances O Curso das Estrelas e À Beira do Mundo). Publicou ensaios como O Livro Aberto: Leituras da Bíblia ou Grécia Revisitada, e livros de poemas como Santo Asinha e Outros Poemas e Clara Suspeita de Luz. 

O Prémio Pessoa, uma iniciativa conjunta do semanário Expresso e da Caixa Geral de Depósitos, junta-se aos prémios PEN Clube (2002), D. Diniz da Casa de Mateus (2003), Grande Prémio de Tradução (2003) e Prémio Europa David Mourão-Ferreira (2006), que Frederico Lourenço já recebeu antes.