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quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Aníbal Zola apresenta "Nós em tempos sós" no Hard Club


Aníbal Zola vai apresentar o espetáculo Nós em tempos sós no dia 12 de Fevereiro no Hard Club, no Porto. Para este concerto, que será o arranque da tour 2021, o contrabaixista e cantautor portuense convidou a artista plástica Rita Ravasco para se juntar a ele em palco. Este concerto, que para além de fazer uma viagem pelo último disco de Aníbal Zola, “amortempo”, irá também revelar algumas composições novas e peças desenvolvidas especialmente para este evento num processo de interação entre som e imagem. Contará com a presença dos músicos Juan de la Fuente nas percussões e Romain Valentino na guitarra, bandolim e cavaquinho, e com a Rita Ravasco nas ilustrações em formato vídeo.

A ideia de Nós em tempos sós surgiu na sequência de um espetáculo online que o Aníbal Zola desenvolveu com a Rita Ravasco em Maio de 2020, em plena quarentena. Os dois artistas não se conheciam anteriormente tendo sido desafiados pela Gerador a construírem um espetáculo em direto fundindo as suas linguagens, som e vídeo. Uma vez que a empatia foi simples e entusiasmante, e o resultado muito prometedor, restou “água na boca” e muita expectativa numa eventual possibilidade de levar este encontro a um palco de verdade. Como sempre, nas alturas mais complicadas, as pessoas reinventam-se e constroem novas soluções. Este espetáculo representa isso mesmo. Num tempo em que estamos mais isolados e separados uns dos outros, constroem-se novos laços, novas pontes, novas parecerias e novas amizades, são “Nós em tempos sós”.



Sobre Aníbal Zola 

Nasceu no Porto em 1983. Deu os primeiros passos na música na escola primária sendo o piano o seu primeiro instrumento. No segundo ciclo teve aulas privadas de piano durante dois anos com a professora Maria Azeredo. Mais tarde ingressou na Valentim de Carvalho onde estudou guitarra clássica durante cerca de dois anos. Começou a tocar baixo eléctrico de forma autodidacta aos 16 anos tendo começado a ter aulas aos 18 com o professor Helder Mendonça e um ano mais tarde, na Escola de Jazz do Porto com o professor João André Piedade durante três anos. Neste período, estudou engenharia civil na FEUP e fez parte do projecto musical Pay Per View? com quem teve a oportunidade de tocar em vários palcos do nosso país como o Hard Club, Festa do Avante, Valentinos, Blá Blá, entre outros.

Em 2009, aos 25 anos, motivado pelo crescente interesse na improvisação e na composição baseada na escrita de canções, regressa à Escola de Jazz do Porto desta vez para estudar contrabaixo com o professor João André Piedade e Pedro Barreiros. Fez parte de um combo que participou na Festa do Jazz do S.Luiz em 2011, ano em que é admitido na ESMAE no curso de Jazz. Terminou a licenciatura em Contrabaixo/Jazz em Julho de 2014 na ESMAE onde teve a oportunidade de aprender e trabalhar com António Augusto Aguiar, José Carlos Barbosa, Florian Pertzborn, Nuno Ferreira, Michael Lauren, Mário Santos, Carlos Azevedo, Pedro Guedes, Abe Rabade, Telmo Marques, Jeffrey Davis, entre outros. Fez parte do combo da ESMAE que participou na Festa do Jazz do S.Luiz em 2014.

Actualmente faz parte dos projectos Palankalama, Les Saint Armand, Projecto Ferver, Carol Mello e é membro fundador do projecto Aníbal Zola. Desde 2014 que utiliza a voz como um instrumento de forma profissional, apresentando espectáculos a solo ou em banda interpretando temas seus e fazendo versões de bossa nova, música portuguesa entre outras.

Em Março de 2018 lançou o primeiro álbum em nome próprio intitulado Baiumbadaiumbé apresentando-o um pouco por todo o país e também em Espanha, fundamentalmente com espectáculos a solo de contrabaixo e voz com recurso a uma loopstation. Neste disco podem ouvir-se canções acompanhadas só pelo contrabaixo, canções gravadas em 2016 para um disco de Pato Sentido que nunca saiu e pequenos arranjos com vários instrumentos tocados pelo próprio, ou seja, pequenas demos que o tempo fez com que se transformassem em temas para disco porque, independentemente do que se fizesse, nunca seria possível atingir exactamente aquela sonoridade e isso pareceu-lhe importante mostrar. É portanto um disco com um som muito particular onde se podem sentir influências da música brasileira nordestina (há um baião e um maracatú), elementos plásticos que remetem à música de Tom Zé e ao tropicalismo brasileiro, algum rock e algum folk anglo saxónico. O tema “Dona Boa Morte” que faz também parte do novo disco foi premiado com um segundo lugar no Festival da Canção Vida em Ílhavo.