É noite de estreia. O Misantropo, de Molière, vai ser representado pela primeira vez em Portugal perante o Rei e toda a corte e o espetáculo está longe de estar pronto.
Há um grupo de atores, juntos por misteriosas e diversas razões, com os nervos à flor da pele, dispostos a muito – ou a tudo – mesmo antes de se ouvirem as pancadas de Molière.
Há um homem que tem aversão aos seres humanos, que não gosta da convivência social, que é melancólico, insociável, misantrópico, mocho, bufo. (in dicionário Priberam)
Há, acima de tudo, o desejo fervoroso de frequentar a corte e agradar o Rei.
A pergunta crucial é: “Que feliz acaso vos trouxe a este lugar?”