Incontornável autor de culto, Bruce Chatwin é considerado um dos grandes nomes da literatura de viagens e com lugar de destaque na coleção Terra Incognita, da Quetzal Editores. O Que Faço Eu Aqui? é o seu derradeiro livro. Reúne uma coleção de preciosidades que marcam a forma como o autor via o mundo ou partia à procura de uma história. Uma coleção de ensaios, reportagens, entrevistas e escritos pessoais que refletem uma vida vivida com curiosidade, paixão e gosto pela viagem.
Em qualquer lugar do mundo, a navegar pelo Volga ou à procura do «abominável homem das neves» nos Himalaias, Chatwin mostra curiosidade natural e faro para a aventura. Do autor de clássicos como Na Patagónia ou Canto Nómada, este livro é uma permanente descoberta. «O Que Faço Eu Aqui? (a questão que Rimbaud se colocou na Etiópia), por ser mais violento que tudo aquilo que Chatwin escreveu, diz-nos muito sobre ele — os seus interesses, os seus amigos e as suas paixões», nota Paul Theroux num artigo para o The Daily Telegraph.
«Não admira que Wyndham [o seu editor na The Sunday Times Magazine] tenha gostado tanto de ler Chatwin: a sua elegância é contagiante, o tom confidencial deixa um travo de desproteção e falsa ingenuidade, a curiosidade comove-nos», escreve Francisco José Viegas no texto introdutório da edição da Quetzal: «Depois deste livro o mundo mudou – não para melhor, necessariamente –, mas Chatwin deixou-nos um retrato que continua a comover-nos, para recordar aquilo que perdemos.»
Terra Incognita é o nome da coleção de literatura de viagem da Quetzal. Mais do que livros de viagens, com um formato especial, Terra Incognita reúne títulos e autores que desprezam a ideia de turismo e fazem da viagem um modo de conhecimento.
Sobre o Autor
Bruce Chatwin (1940-1989) é um dos mais aclamados escritores de literatura de viagens de sempre. Foi jornalista do Sunday Times Magazine durante vários anos, e a carta de demissão que mandou ao seu superior ficou célebre – nela lia-se simplesmente: «Fui para a Patagónia.» O seu livro mais conhecido é, justamente, Na Patagónia, um clássico da literatura contemporânea, relato de viagem e retrato da solidão dos grandes territórios do sul do mundo. A sua carreira literária foi curta (mais longa terá sido a de viajante), mas de enorme brilho. Os seus livros, entre os quais Na Patagónia, O Vice-Rei de Ajudá, O Que Faço Eu Aqui?, Utz, Anatomia da Errância, foram publicados pela Quetzal.