O Casino do Estoril acolhe, até ao próximo dia 3 de maio, o espetáculo “Balas e Purpurinas - O Lado B da Eurovision”, que conta com as atuações de Henrique Feist, Valter Mira, Catarina Clau e Filipa Azevedo.
O Cultura e Não Só assistiu a este musical com as expectativas bastante baixas, afinal, o que se poderia dizer sobre o Festival da Canção? A realidade é muito diferente, pois a produção de “Balas e Purpurinas” foi exímia não só ao relembrar-nos algumas das músicas mais marcantes saídas deste concurso internacional, mas também ao interligar momentos da história europeia dos últimos 60 anos.
O musical leva-nos numa viagem pelos jogos diplomáticos e de poder, bem como pelas curiosidades dos bastidores deste festival.
Além dos momentos musicais e dos apontamentos históricos, o espectador pode contar ainda com momentos humorísticos – fique atento à "Turquia" – que o vão fazer dar gargalhadas inesperadas.
Os atores Henrique Feist, Valter Mira, Catarina Clau e Filipa Azevedo, sob a direção de Nuno Feist, proporcionam ao espectador um concerto em várias línguas – sim, pode contar com as músicas na sua língua original – mostrando a mestria na sua arte e o seu alcance vocal.
É impossível não cantar algumas das músicas, bater palmas ou até mesmo ter aquela vontade de dançar durante o espetáculo.
Resta-nos apenas esperar que “Balas e Purpurinas” tenha a oportunidade de percorrer o país, pois muito do público a que se destina encontra-se espalhado por Portugal e certamente encheria as salas.
Nota importante para o espectador: ao contrário do que acontece no Casino de Lisboa, o público é obrigado a ceder os seus dados pessoais e até biométricos para aceder à sala de espetáculos. Por isso mesmo, vá mais cedo para evitar atrasos, que seriam desnecessários se o acesso à sala fosse feito de outra forma.
Texto por Rui Costa Cardoso