segunda-feira, 27 de outubro de 2025

A melodia como alma da música no Palácio de Queluz



Num tempo em que o Modernismo agitava a Europa, Max Bruch e Giuseppe Martucci resistiram ao ímpeto revolucionário, mantendo-se fiéis aos ideais românticos, à exaltação da emoção e à elegância formal. 

Embora ofuscados pelos vanguardistas da época, as suas obras resistiram à passagem do tempo e chegam agora ao Palácio de Queluz, sob a batuta de Antonio Pirolli, interpretadas pela Orquestra Sinfónica Portuguesa.

Consonâncias V é um concerto que celebra dois gestos contra a corrente. Um luminoso concerto para clarinete, viola e orquestra - de Bruch - e A canção das recordações - de Martucci - transportam-nos para o Romantismo tardio, pela mão de dois compositores que procuraram preservar a melodia como alma da música.

A singular combinação de clarinete e viola, aqui nas mãos de Cândida Oliveira e Pedro Saglimbeni Muñoz, solistas da Orquestra Sinfónica Portuguesa, revela o equílibrado e sereno diálogo concebido por Bruch. 

Em La canzone dei ricordi de Martucci, a soprano Dora Rodrigues incorpora a reflexão melancólica sobre a passagem do tempo.

Max Bruch Concerto para viola e clarinete 
Giuseppe Martucci La canzone dei ricordi

Direção musical Antonio Pirolli
Orquestra Sinfónica Portuguesa

Soprano Dora Rodrigues
Clarinete Cândida Oliveira
Viola Pedro Saglimbeni Muñoz

Class. Etária M/6
07 NOV | 19H00
Queluz | Palácio Nacional de Queluz