A Dom Quixote edita na próxima segunda-feira, 9 de Junho,"Leão XIV: O Sucessor Inesperado", do jornalista francês Christophe Henning - colunista do jornal La Croix e apresentador da RCF-Radio Notre-Dame -, com prefácio do Cardeal francês Jean-Paul Vesco. A primeira biografia do novo Papa traça o seu perfil e detalha o que o seu papado pode representar num momento de tantas divisões e polarizações, tanto dentro e fora da Igreja.
A 8 de maio de 2025, os cardeais reunidos em Conclave elegeram Robert Francis Prevost como o 267.º Papa da Igreja Católica, e o norte-americano escolheu o nome de Leão XIV. Dignitário da Cúria depois de ter sido missionário no Peru, o novo Papa é resolutamente um homem de paz e de unidade. A primeira biografia do Papa inesperado relata os dias que o conduziram à Cadeira de São Pedro. Escrito depois de um Conclave particularmente rápido, o livro revela quem é Leão XIV, de onde vem e quais poderão ser as suas prioridades numa Igreja posta à prova, entre as diferentes sensibilidades e algum desapego dos fiéis.
O relato da sua eleição é seguido de uma panorâmica dos desafios que esperam o novo Papa, bem como dos dossiês por tratar. A evocação da herança do Papa Francisco e dos últimos Conclaves permite compreender melhor como Leão XIV já faz parte da História.
A biografia também mergulha em detalhes da vida pessoal e familiar de Robert Francis Prevost, revelando uma trajetória marcada pela sua vocação precoce. Nascido em Chicago, em 1955, filho de mãe espanhola e pai de origens francesa e italiana, Prevost cresceu no bairro operário de South Side. A família vivia numa casa de tijolos adquirida em 1949 e seguia uma rotina simples, entre partidas de beisebol, banhos de piscina e viagens curtas de comboio pela cidade. Ele e os dois irmãos foram educados por religiosos da Ordem de Santo Agostinho, a qual viria a moldar profundamente o caminho espiritual de Robert.
Desde cedo, porém, algo o distinguia dos demais. Ainda criança, gostava de brincar de Missa com os irmãos e vizinhos. “Algumas crianças gostam de brincar de guerra e ser soldados? Ele queria brincar de padre”, contou John Prevost, irmão do papa, em entrevistas à imprensa americana. “Ele pegava a tábua de passar roupa da nossa mãe, cobria com uma toalha de mesa e dizia que era o altar. Sabia as orações em inglês e em latim, e fazia isso o tempo todo. Levava muito a sério.” Aos 14 anos, ingressou no seminário da congregação agostiniana, ao qual permanece.
Sobre o Autor
Christophe Henning é jornalista no jornal La Croix e apresentador na RCF Radio Notre Dame. É autor de numerosas obras sobre a vida da Igreja Católica ou consagradas a grandes figuras espirituais, como os monges de Tibhirine.