Perante numerosos convidados, o Casino Estoril inaugurou a exposição “Macau: Os Últimos Dias da Administração Portuguesa”. Com entrada gratuita, esta exposição com fotografias de Rui Ochoa é uma iniciativa da Estoril Sol e da Fundação Jorge Álvares e poderá ser visitada, até ao próximo dia 27 de julho, na Galeria de Arte. Curadoria de Elisa Ochoa.
Num breve discurso, Maria Celeste Hagatong, Presidente da Fundação Jorge Álvares, disse que a exposição “Macau: Os Últimos Dias da Administração Portuguesa” “é uma homenagem ao último governador de Macau, General Rocha Vieira”, sublinhando que desempenhou “um papel importantíssimo à frente dos destinos, nos últimos 10 anos, da presença de Portugal em Macau”.
Em relação ao processo de transferência da administração portuguesa de Macau para a China, Maria Celeste Hagatong referiu que “Já passaram 25 anos e é essencial que as novas gerações conheçam este acontecimento histórico e a forma digna e patriótica com que se realizou esta transferência. Foi uma grande lição de diplomacia portuguesa para o mundo”.
A exposição “Macau: Os Últimos Dias da Administração Portuguesa” reúne cerca de 50 fotografias captadas maioritariamente em dezembro de 1999, quando Rui Ochoa esteve em Macau como fotojornalista ao serviço do jornal Expresso.
Entre os registos mais marcantes encontram-se momentos como a assinatura da Declaração Conjunta Sino-Portuguesa sobre a Questão de Macau (Pequim, 1987), a última reunião do Governo Português do Território, a derradeira sessão da Assembleia Legislativa com a Administração portuguesa, o encontro de despedida do último Governador com o clero local, bem como os momentos solenes do arriar da bandeira portuguesa e o hastear da bandeira da República Popular da China e da nova Região Administrativa Especial de Macau, a 19 de dezembro de 1999.
As imagens captadas testemunham não apenas o fim de um ciclo de quase cinco séculos, mas também o início de um novo capítulo na história de Macau. As fotografias de Rui Ochoa, um dos mais destacados nomes do fotojornalismo nacional e actual fotógrafo oficial do Presidente da República, revelam não só aquilo que os olhos veem, mas sobretudo aquilo que a memória coletiva não deve esquecer.