segunda-feira, 15 de setembro de 2025

Marco Mendonça é o vencedor da 6.ª edição do Prémio Revelação Ageas Teatro Nacional D. Maria II



O ator e encenador Marco Mendonça é o vencedor da 6.ª edição do Prémio Revelação Ageas Teatro Nacional D. Maria II, um galardão de carácter anual que pretende reconhecer e promover talentos emergentes no panorama teatral, motivando o arranque e desenvolvimento de percursos profissionais de sucesso neste setor.

Ator, dramaturgo e encenador, Marco Mendonça (1995) começou o seu percurso profissional em 2014, com a companhia Os Possessos. Em 2015, terminou a licenciatura na Escola Superior de Teatro e Cinema e iniciou um estágio de um ano no Teatro Nacional D. Maria II, onde trabalhou com Tiago Rodrigues, João Pedro Vaz, Paula Diogo, Faustin Linyekula, Formiga Atómica e Catarina Requeijo. Com João Pedro Leal e Eduardo Molina criou Parlamento Elefante, projeto vencedor da Bolsa Amélia Rey Colaço (2019), e Cordyceps, peça apoiada pela Rede 5 Sentidos (2021). Assinou a sua primeira criação a solo em 2023 – Blackface, a que se seguiu Reparations Baby!, estreada em junho de 2025. Para além do trabalho em teatro, cinema e televisão com diversos criadores nacionais, Marco Mendonça integra ainda o elenco do espetáculo Catarina e a beleza de matar fascistas, de Tiago Rodrigues, em digressão internacional desde 2020.

“É com enorme orgulho e alegria que entregamos a Marco Mendonça o 6.º Prémio Revelação Ageas Teatro Nacional D. Maria II, valorizando o seu notável trabalho teatral. Este prémio representa mais do que um reconhecimento individual: é um contributo para a vitalidade, o crescimento e o rejuvenescimento do teatro português. Desde 2020, em parceria com o Grupo Ageas Portugal, e com o olhar atento de um júri diverso, constituído por representantes do meio artístico e cultural português, temos vindo a afirmar este galardão como um espaço essencial de valorização dos talentos emergentes”, afirma Rui Catarino, Presidente do Conselho de Administração do Teatro Nacional D. Maria II. “Marco Mendonça é um exemplo inspirador de jovem ator, encenador e dramaturgo, que tem trazido para o palco questões centrais das sociedades democráticas contemporâneas. A força da sua identidade criativa e a qualidade do seu percurso enquanto intérprete deixam antever uma carreira de enorme fôlego e relevância. Em nome de toda a equipa do Teatro Nacional D. Maria II, parabéns, Marco!”, acrescenta.

“O Prémio Revelação Ageas Teatro Nacional D. Maria II pretende reconhecer e promover os talentos emergentes no teatro, motivando os jovens a desenvolverem o seu percurso profissional neste setor. É, por isso, com enorme orgulho que, pelo sexto ano consecutivo, o Grupo Ageas Portugal e o Teatro Nacional D. Maria II se unem para reconhecer o talento que existe no nosso país. É também um privilégio para nós assistir ao reconhecimento de jovens talentos, pois acreditamos que este prémio pode ter um real e positivo impacto nas suas carreiras artísticas”, refere Teresa Thöbe, Responsável de Marca, Parcerias e Patrocínios do Grupo Ageas Portugal.

Para Marco Mendonça, vencedor desta 6.ª edição do Prémio Revelação Ageas Teatro Nacional D. Maria II: “O maior privilégio, antes de qualquer elogio, é poder trabalhar na área que escolhi. Tive a sorte de me cruzar com pessoas que me ensinaram muito, tanto na escola de teatro como ao longo do meu percurso profissional. Dei os primeiros passos numa casa grande e acolhedora como o Teatro Nacional D. Maria II, onde tantas vezes olhei para o lustre da Sala Garrett antes de ver ou fazer espetáculos. Por isso, este prémio tem um sabor especial: faz-me sentir que pertenço. Não apenas a um lugar, mas à história de um lugar. Acredito num teatro nacional que represente o país na totalidade dos seus lugares, culturas e paradoxos. Um teatro que revele mais histórias de pertença. Acredito neste prémio porque acredito no futuro do teatro em Portugal. Agradeço ao júri e a todos os contadores de histórias que me acompanham.”

O Prémio Revelação Ageas Teatro Nacional D. Maria II tem um valor pecuniário de 5.000€ e é atribuído, a título individual, a profissionais de teatro até 30 anos de idade (completos até 31 de dezembro do ano anterior à atribuição do Prémio), cujo trabalho artístico se tenha destacado no panorama teatral português.

Eleito por um júri composto por quinze representantes do meio artístico e cultural português (Catarina Barros, Cristina Planas Leitão, David Cabecinha, Fátima Alçada, Gisela Casimiro, Guilherme Gomes, Isabél Zuaa, John Romão, Maria Inês Marques, Mário Coelho, Mónica Guerreiro, Patrícia Portela, Pedro Azevedo, Pedro Barreiro e Pedro Mendes), Marco Mendonça junta-se agora a Sara Barros Leitão, Mário Coelho, Cárin Geada, Pedro Azevedo e Tita Maravilha, que venceram as anteriores edições do Prémio, atribuído anualmente desde 2020.

Na avaliação das pessoas selecionadas para o Prémio Revelação Ageas Teatro Nacional D. Maria II, são tidos em conta os seguintes critérios:
  • Qualidade da sua prestação artística no ano a que se refere o prémio;
  • Contributo da sua prestação artística para o desenvolvimento e fortalecimento da área teatral;
  • Capacidade de crescimento e valorização da sua carreira, nacional e internacionalmente;
  • Introdução de elementos de inovação ou diferenciação na sua prática profissional.
O Prémio Revelação Ageas Teatro Nacional D. Maria II resulta de uma parceria entre o Teatro Nacional D. Maria II e o Grupo Ageas Portugal, sendo atribuído anualmente desde 2020 e tendo já premiado 6 jovens talentos no setor teatral.

Musical “Grease” em novembro no Salão Preto e Prata do Casino Estoril



O Casino Estoril recebe, em novembro, uma dupla sessão de representações de “Grease”. O musical estará em cena no dia 8, às 21h30, e no dia 9 pelas 16h00. Trata-se de uma produção da Yellow Star Company com encenação e adaptação de Paulo Sousa Costa. 

A história passa-se na Califórnia, no final dos anos 50, e gira em torno de um casal de estudantes, Danny e Sandy, que se apaixonam durante um verão e fazem promessas de amor eterno, apesar de se separarem quando Sandy regressa para a Austrália. 

Mas os seus planos mudam quando se decide matricular na escola de Danny. A partir daí, a história toma novos rumos, e o amor entre os dois começa a florescer, mas não sem antes passarem por alguns altos e baixos. 

O final feliz desta história conquista corações, enquanto o humor irreverente, típico da juventude, torna este enredo um clássico que atravessa gerações e continua a ser aclamado nos palcos dos Estados Unidos.

O vento, a arte e a palavra no arranque da 14.ª temporada do Porto de Encontro



A 20 de setembro, Jacinto Lucas Pires apresenta Vento nos Olhos, na companhia de Albuquerque Mendes.

No sábado, dia 20 de setembro, Jacinto Lucas Pires apresenta a sua mais recente obra, Vento nos Olhos, na sessão inaugural da 14.ª temporada do Porto de Encontro, que terá lugar na Biblioteca Municipal Almeida Garrett, no Porto, às 17:00 horas.

O artista plástico Albuquerque Mendes é o convidado especial desta sessão em que será apresentado o romance cujo protagonista – também ele artista plástico – se propõe investigar o vento. A 119.ª edição do ciclo de conversas com escritores promovido pela Porto Editora contará ainda com momentos de leitura interpretada pelo ator António Durães, que dará voz a excertos do livro.

“Neste tempo da pós-verdade, qual o lugar da criação artística? Num mundo cada vez mais literal, ainda há espaço para o espírito?” – estas são duas das questões a que autor e convidado responderão, na conversa moderada pelo jornalista Sérgio Almeida.

Autor de romances, peças de teatro, ensaios e guiões, Jacinto Lucas Pires tem-se afirmado como uma das vozes mais originais da literatura portuguesa contemporânea. Vento nos Olhos, publicado pela Porto Editora, mergulha nas inquietações da identidade, da memória e da condição humana, com a escrita singular e multifacetada que caracteriza o autor.

O Porto de Encontro conta com o apoio da Câmara Municipal do Porto, da Antena 1, do Jornal de Notícias e das Livrarias Bertrand. A entrada no evento é gratuita, mas limitada aos lugares disponíveis.

Cantora ucraniana Loboda apresenta os grandes êxitos no Casino Estoril



A popular cantora ucraniana Loboda protagoniza, no dia 8 de outubro, pelas 20 horas, um concerto único no Salão Preto e Prata do Casino Estoril. A artista sobe ao palco para apresentar toda evolução criativa da sua carreira, desde as suas primeiras canções até aos numerosos sucessos internacionais que conquistaram milhões de fãs. 

Após ter esgotado o Salão Preto e Prata em 2023, Svitlana Loboda regressa ao Casino Estoril para brindar o público com novas e surpreendentes interpretações de numerosos êxitos que marcaram diferentes fases da sua carreira.

Svitlana Loboda e a sua experiente equipa criaram um novo espectáculo que concilia várias nuances criativas, nomeadamente uma inovadora iluminação e originais soluções musicais assinadas pelo director Oleg Bodnarchuk, com quem a artista concebeu o seu anterior espectáculo “Super Star”.

Um concerto, a não perder, com originais performances tecnológicas que foram idealizadas e aperfeiçoadas, diariamente, durante mais de seis meses por Svitlana Loboda e a sua vasta equipa. A artista é sinónimo de 

Svitlana Loboda é sinónimo de grandiosos espectáculos, onde pontificam sublimes coreografias, um envolvente e contagiante registo sonoro e uma impressionante estética visual.

Nascida em 1982, em Kiev, Svitlana Loboda iniciou muito jovem o seu percurso musical. Ganhou notoriedade quando integrou, em 2004, a famosa banda ucraniana Via Gra. Pouco tempo depois, iniciou uma bem-sucedida carreira a solo, tendo editado vários álbuns. É de registar, ainda, que Loboda representou, em 2009, a Ucrânia no Festival Eurovisão da Canção com o tema “Be My Valentine”.

O legado de um rebelde visionário



Obra poética do jovem que transformou a literatura francesa editada pela Assírio & Alvim, chancela do Grupo Porto Editora, a 18 de setembro.

Considerado um dos maiores nomes da poesia, Arthur Rimbaud volta a ganhar destaque com o lançamento de uma edição bilingue da sua obra poética – com exceção dos versos em latim –, traduzida por João Moita. Depois de renegar as traduções da poesia em verso que havia feito em 2018 e revisto as da prosa poética editadas em 2022 e 2023, o tradutor entrega-nos um outro Rimbaud em Poesia: visão única da genialidade de um dos mais notáveis prodígios da literatura.

Lembremo-nos de que o poeta publicou os primeiros poemas por volta dos 15 anos e abandonou a escrita cerca dos 20, tempo suficiente para deixar um legado literário que ressoa ainda pelas gerações que lhe seguiram, como a importância que teve para o surrealismo o demonstra bem. Esta obra é uma oportunidade única para redescobrir o espírito rebelde e criativo de um poeta que tanto ataca a sociedade burguesa e costumes da época, como cria imagens tocadas por uma espécie de alquimia secreta.

Para além de uma nota do tradutor, confrontando a obra a que se propôs traduzir e refletindo sobre o trabalho que empreendeu, este livro inclui ainda um prefácio de Fernando Pinto do Amaral, premiado tradutor de Baudelaire, sobre uma das ideias centrais em Rimbaud, a inspiração.

Sobre o Autor

Arthur Rimbaud de seu nome completo, Jean-Nicolas-Arthur Rimbaud foi um poeta francês nascido a 20 de outubro de 1854 em Charleville, nas Ardenas. Frequentando a escola de província até aos quinze anos de idade, Rimbaud mostrou-se um aluno de capacidades excecionais mas indomáveis. Partindo sozinho, conseguiu chegar à Bélgica aos dezasseis, o que lhe valeu escolta policial até casa. Publicou nesse ano de 1870 o seu primeiro poema e, no seguinte, conhecendo Verlaine, desencaminhou-o para juntos chegarem a Londres e dar início a uma vida de álcool e ópio. Sumo viajante, deambulou mundo fora, aprendeu diversos idiomas e teve ofícios dos mais variados para sobreviver, como o tráfico de armas na Abissínia. Em fevereiro de 1891, em Marselha, começou a sentir fortes dores no joelho esquerdo. Foi-lhe diagnosticado um cancro e a perna teve de ser amputada. Após um período de alucinações e transes, Rimbaud acabou por falecer em Marselha a 10 de novembro de 1891.

London Community Gospel Choir apresentam “One Night With Prince” no Casino Estoril



Os London Community Gospel Choir apresentam, no dia 16 de novembro, a partir das 21 horas, o espectáculo “One Night With Prince” no Salão Preto e Prata do Casino Estoril. O prestigiado coro britânico convida o público a viajar pelos principais êxitos do músico norte-americano Prince.

Fundados, em 1982, pelo Reverendo Bazil Meade, os London Community Gospel Choir são um dos mais conceituados coros de gospel contemporâneo a nível mundial, tendo já partilhado o palco com grandes estrelas como, por exemplo, Madonna, Elton John, Blur, Eric Clapton ou Kylie Minogue.

Os London Community Gospel Choir exaltam uma energia contagiante não permitindo que ninguém fique indiferente aos seus espectáculos ao vivo. Com animadas coreografias, o coro concilia, em perfeita harmonia, registos de gospel com funk, swing-beat e rhythm and blues, demonstrando uma entrega total em palco e uma assinalável cumplicidade entre todos os seus elementos.

Com os seus espectáculos habitualmente esgotados, os London Community Gospel regressam a Portugal para se estrearem no Casino Estoril, assegurando uma noite especial repleta de emoções. 

sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Dormir e acordar na Idade Média sem sair das muralhas do castelo



Entre 19 e 21 de setembro, a Aldeia Histórica de Sortelha vai viajar no tempo e transformar-se num autêntico palco medieval com a 13.ª edição do evento “Muralhas com História”, promovido pelo Município do Sabugal. Durante três dias, recriações, torneios de armas, música, dança, artes tradicionais e um vibrante mercado vão transportar os visitantes para a Idade Média.

No coração deste cenário, encontra-se o Story Studio Sortelha, um alojamento turístico integrado nas muralhas do castelo, que convida os hóspedes a viverem a experiência de forma ainda mais imersiva: acordar ao som das gaitas de foles, abrir a janela e ver o mercado medieval, sentir a energia das personagens e espetáculos que se desenrolam literalmente à porta de casa.

Através de sons, personagens e cenários, Sortelha promete ser palco de uma autêntica imersão no espírito medieval, valorizando e promovendo o património e a identidade desta aldeia histórica.



As várias tipologias (T0, T1 e T2) no Story Studio combinam arquitetura secular com design contemporâneo e soluções sustentáveis, proporcionando uma estadia que alia conforto, ecoeficiência e a envolvência mágica do património histórico.

Este mês, o convite é claro: reviver a época medieval a partir do interior das muralhas de um castelo e transformar a estadia em parte da própria viagem ao passado.



Novo estudo da eDreams revela como os portugueses preservam as memórias das suas viagens



A eDreams, a maior agência de viagens online da Europa, divulgou um novo estudo que revela que os portugueses são verdadeiros colecionadores de memórias de viagem: não se limitam a viajar, gostam de trazer de volta consigo uma recordação tangível das experiências.

De facto, 3 em cada 4 portugueses (75%) afirmam trazer algo das férias para recordar o destino e a experiência vivida.

Entre as práticas mais comuns, destacam-se a compra de souvenirs temáticos ou merchandising local, como t-shirts, porta-chaves ou ímanes (62%); a criação dos seus próprios souvenirs, como álbuns fotográficos ou diários de viagem (51%); a aquisição de objetos físicos com valor cultural, como jóias, bonecas, artesanato, etc. (35%); e até produtos alimentares e/ou bebidas típicos, como vinho, especiarias ou snacks (30%). Finalmente, há ainda quem goste de regressar com coisas mais peculiares, como artigos de higiene do hotel, areia ou pedras (24%).

Assim, trazer recordações parece ser algo enraizado nos hábitos dos viajantes portugueses: a maior parte afirma fazê-lo em todas as viagens (39%), outros com frequência (31%) e outros só às vezes (25%). São muito poucos os que raramente ou nunca trazem recordações (5%) – e, de facto, Portugal destaca-se no estudo global por estar bastante acima da média de pessoas que trazem sempre memórias das viagens (39% no nosso país vs 27% a nível global).

Já no momento da compra, as decisões são sobretudo guiadas por interesses e gostos pessoais (60%), embora uma parte significativa dos portugueses assuma comprar por impulso (29%), por recomendação de um guia local (15%) ou por influência das redes sociais (13%). Uma vez mais, neste ponto diferimos da média global do estudo, onde a compra por impulso é mais comum (43%) e seguir os gostos pessoais menos prevalente (47%) – o que mostra que os portugueses podem até comprar mais, mas também são mais seletivos e ponderados nas suas escolhas.

Comprar souvenirs: uma prática cultural e relacional
Fazer comprar durante as viagens pode mesmo marcar o início de um novo hábito: 39% dos portugueses já começou uma coleção motivada por algo que encontrou durante uma viagem.
Por outro lado, o ato de colecionar artigos não é apenas pessoal – é também relacional. Ao regressar, a maioria partilha os seus achados com pessoas próximas: 72% com a família, 55% com amigos e 40% com a cara-metade. Outros revêm sozinhos o que trouxeram (26%), e há ainda quem partilhe nas redes sociais com os seus seguidores (12%).

Finalmente, a eDreams descobriu que o principal motivo para os portugueses colecionarem recordações de viagem é essencialmente recordar o destino e a experiência vivida (75%). Seguem-se razões mais emocionais, como o valor simbólico ou cultural dos objetivos (47%) e, em menor escala, fazer crescer as coleções pessoais (18%) ou o facto de poderem ser itens exclusivos ou difíceis de encontrar (12%).
Em suma, ficou claro que para a maioria dos portugueses as recordações físicas continuam a ser uma parte essencial da experiência de viajar. Independentemente da forma como guardam as suas memórias, outra coisa é certa: a eDreams continua a ser a melhor opção para planearem e reservarem viagens inesquecíveis!

Desalento ou uma nova idade da pedra



O premiado poeta Daniel Jonas está de volta, com um livro em tom tragicómico que promete deixar-nos a ecoar alguns destes versos por muito tempo. Idade da Perda já se encontra em pré-venda e chega às livrarias a 18 de setembro, com edição da Assírio & Alvim , chancela do Grupo Porto Editora.

Nesta obra, o autor parece apresentar, por um lado, a faceta mais desalentada da sua escrita, por outro, alguns dos versos mais contundentes sobre o mundo em que vivemos, com poemas que vão da natureza, ao amor, cultura ou ciência entre composições brevíssimas, quase apontamentos para respirarmos, e outras de grande fôlego.

Idade da Perda reafirma a mestria do autor, que é também dramaturgo e um reconhecido tradutor, numa altura em que a suposta anacronia do género poético nos deveria levar a escutá-lo com a máxima atenção.

Sobre o livro

Seja a visão do drone intrometendo-se na de Deus, seja a paisagem histórica de uma velha cidade-museu europeia devorada pela rapidez da máquina-locomotiva e pela visão de uma bela adormecida, ou somente as manchas do tempo sobre este amigo, aquele amor — as memórias embaciadas, talvez oxidadas pela natureza —, a pedra destes poemas parte-se, pesarosa ou rindo sarcasticamente para dentro, com a perícia conhecida de Daniel Jonas. 

Sobre o Autor

Daniel Jonas é poeta, dramaturgo e tradutor. Enquanto poeta, publicou, entre outros, Sonótono (Cotovia, 2006), que lhe valeu o prémio PEN de Poesia, Nó (Assírio & Alvim, 2014), galardoado com o Grande Prémio de Poesia Teixeira de Pascoaes da APE, e Cães de Chuva (Assírio & Alvim, 2022), vencedor do Prémio Literário Fundação Inês de Castro. Foi ainda um dos sete poetas nomeados para o Prémio Europeu da Liberdade, pelo seu livro Passageiro Frequente (Língua Morta, 2013), traduzido em polaco por Michal Lipszyc. Antes tinha sido distinguido com o prémio Europa David Mourão-Ferreira, da Universidade de Bari/Aldo Moro, pelo conjunto da sua obra. Traduziu vários autores, entre os quais John Milton, Shakespeare, Waugh, Pirandello, Huysmans, Berryman, Dickens, Lowry, Henry James e William Wordsworth. Como dramaturgo, publicou Nenhures (Cotovia, 2008) e escreveu Estocolmo, Reféns e o libreto Still Frank , todos encenados pela companhia Teatro Bruto.

Publicações científicas precoces colocam em risco proteção de patentes



A publicação precoce de artigos, teses ou dissertações académicas pode inviabilizar a proteção de invenções com elevado potencial de mercado, tornando essencial que universidades e institutos politécnicos assegurem a proteção por patentes antes da divulgação.

Segundo dados da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC), Portugal produz cerca de 30.000 publicações científicas por ano no período de 2019 a 2023, ocupando o 12.º lugar na União Europeia em número de artigos por milhão de habitantes em 2023.

Este dinamismo científico evidencia a intensa atividade de Investigação & Desenvolvimento (I&D) no país, porém, caso o planeamento da data de publicação não seja adequadamente feito, pode-se pôr em risco a proteção da invenção por patente.

“Para que uma invenção possa obter proteção por patente, é essencial que o pedido seja submetido antes da divulgação pública ou exploração comercial da mesma. Mesmo divulgações parciais, aparentemente inofensivas, podem ser utilizadas contra o pedido na análise da patenteabilidade”, explica Vítor Sérgio Moreira, Coordenador de Patentes na Inventa.

Os Institutos de Patentes verificam se uma invenção cumpre os requisitos de patenteabilidade através da pesquisa ao chamado “estado da técnica”, que inclui artigos científicos, teses, livros, pedidos de patentes anteriores e até divulgações orais, incluindo as feitas pelo próprio inventor.

Embora poucas jurisdições admitam períodos de graça para as publicações feitas pelos próprios inventores, a maioria não oferece essa possibilidade. Além disso, existem diferenças substanciais entre um pedido de patente e uma publicação científica: enquanto artigos e teses detalham aspetos técnicos e próximos passos de I&D, os pedidos de patente procuram ampliar resultados específicos para casos mais gerais, assegurando maior abrangência de proteção.

“Proteger primeiro e publicar depois é a estratégia essencial para transformar resultados de investigação em ativos mais valiosos para as instituições e inventores”, reforça Vítor Sérgio Moreira.