quarta-feira, 2 de abril de 2025

A Cidade e as Suas Muralhas Incertas de Haruki Murakami



A Casa das Letras edita na próxima terça-feira, 8 de abril, "A Cidade e as Suas Muralhas Incertas", o mais recente romance do escritor japonês Haruki Murakami, o primeiro em seis anos, que conta uma história de amor, perda e busca pessoal, mas é também uma ode aos livros e às bibliotecas e uma parábola para os estranhos tempos pós-pandémicos... O livro foi traduzido por Maria João Lourenço (a partir do inglês) e  Inês Rocha Silva (a partir do japonês).

– Como podes imaginar, estando a cidade cercada por muros altos, é muito difícil entrar – disse Tokimi. – E sair é ainda mais complicado.
– Como é possível aceder-lhe, então?
– Basta desejá-lo. Mas tem de se desejar do fundo do coração, o que nem sempre é fácil. Pode demorar algum tempo. Entretanto, podes ter de abdicar de muitas coisas. Até do que te é mais querido. Mas não desistas.

Mal imagina o protagonista que a rapariga por quem se apaixonou está prestes a desaparecer. Nos breves encontros entre os dois, sentados à sombra das glicínias ou passeando pela margem do rio, a jovem revela ao rapaz a existência de uma misteriosa cidade rodeada de uma alta muralha, situada num outro mundo. Se um dia quiser reencontrá-la e conhecer o seu verdadeiro «eu», ele terá de o desejar com todas as suas forças e abdicar de parte de si. 

Chegado o outono, o rapaz recebe uma última carta, o prenúncio de uma despedida, e ela desaparece do mapa, como que por magia. Perdido de amores, apodera-se do rapaz uma tristeza sem fim, mas eis que se decide, investido de um verdadeiro espírito de peregrinação, procurar a elusiva via de acesso à cidade, na esperança de reencontrar a amada. Finalmente diante do portão, tem de prescindir da sua sombra e é-lhe atribuída a função de leitor de sonhos numa biblioteca sui generis, que não alberga nem um livro para amostra. Afinal, a cidade tal como ela a descreveu existe, e tudo é possível nesse assombroso universo paralelo, onde a realidade, a identidade, os sonhos e as sombras pairam e escapam aos limites rígidos e implacáveis da lógica. 

Sobre o Autor

Haruki Murakami é, sem dúvida, um autor de culto, lido por todas as gerações e procurado com especial curiosidade pelos jovens leitores, encontrando-se traduzido em mais de 50 línguas. Sendo um dos escritores japoneses contemporâneos mais divulgados em todo o mundo, é simultaneamente aplaudido pela crítica, que o considera um dos «grandes romancistas vivos» (The Guardian). Recebeu vários doutoramentos honoris causa pelas universidades do Hawai, Liège e Princeton em reconhecimento da sua obra, recompensada através da atribuição de importantes galardões internacionais, com destaque para os prémios Noma, Tanizaki, Yomiuri, Franz Kafka, Jerusalém e Hans Christian Andersen.

Tiago Bettencourt inicia tour pelo arquipélago dos Açores



Depois do êxito do concerto no Coliseu Micaelense em 8 de março passado, Tiago Bettencourt anuncia uma digressão por mais 7 ilhas açoreanas.

Nesta tournée, que se realizará entre 21 e 31 de maio, terá início no Faial (21) , Gracioasa (23), Terceira (24), Corvo (28), Santa Maria (30) e finalizará no Pico a 31 de maio.

Com família de origem açoreana, estes concertos serão com certeza uma viagem muito especial para o artista e para quem o estiver a ouvir
 
"Desde sempre que os meus pais me ensinaram a olhar para os Açores como uma outra casa. Casa de avós, bisavós, trisavós, primos espalhados por todas as ilhas. O meu pai nasceu em São Jorge, num quarto da casa de família nas Velas. Foi também por essa razão que que gravei o vídeo da canção Viagem no porto das Velas, a bordo de um barco que regressa. Esta digressão pelas nove Ilhas dos Açores é um sonho muito antigo e inspiração não faltará em cada um dos concertos. Vou a solo, para numa partilha mais íntima, como quem toca em casa, claro." explica Tiago Bettencourt.

21 Mai. - Faial, Teatro Faialense
23 Mai. - Graciosa, Centro Cultural da Ilha Graciosa
24 Mai. - Terceira, Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo
26 Mai. - Santa Maria, Atlântica Cine
28 Mai. - Corvo, Ecomuseu do Corvo
30 Mai. - São Jorge, Auditório das Velas
31 Mai. - Pico, Auditório Municipal da Madalena

Crime nas Correntes D`Escritas, o novo romance de Germano Almeida



Editado pela Caminho, Crime nas Correntes D`Escritas, o novo romance de Germano Almeida chega às livrarias no dia 8 de abril e terá várias apresentações, as primeiras das quais na Póvoa de Varzim e Lisboa.

A primeira apresentação decorrerá na Póvoa de Varzim, já no dia 4 de abril, às 18h00, no Diana Bar. Em Lisboa, o lançamento decorrerá no dia 8 de abril, às 18h30, no Centro Cultural de Cabo Verde e será apresentado por Francisco Teixeira da Mota.

Sobre o livro

O festival literário que há já muitos anos se realiza, com uma regularidade religiosamente anual e sempre no mês de fevereiro, na Póvoa de Varzim e que dá pelo nome de Correntes d’Escritas, tornou-se rapidamente uma espécie de modelo, replicado hoje em muitas localidades portuguesas.

Sob o manto acolhedor da respetiva Câmara Municipal, lá se reúnem todos os anos dezenas, atualmente mais de uma centena de personalidades ligadas ao livro e à literatura, com forte predominância de escritores. Muitos deles são portugueses, mas há-os também vindos da África de língua portuguesa, do Brasil, de Espanha e da América Latina. Germano Almeida, o autor de O Testamento do Sr. Napomuceno da Silva Araújo, tem sido um frequentador assíduo. Observador minucioso, atraído sobretudo pelas particularidades de cada qual, precisou apenas da sugestão de um outro participante para encarar aquele ambiente das Correntes como o cenário ideal de um crime. E imediatamente começou a nascer na sua cabeça esta obra que agora se dá ao público: Crime nas Correntes d’Escritas. Com a mesma agilidade com que compôs a sua Trilogia do Mindelo ou o romance Os Dois Irmãos, Germano Almeida dá-nos, com este seu novo romance, uma história bem-humorada, muito divertida e, diga-se também, muito realista, que retrata como se comportam os escritores quando se reúnem para discutir literatura.

Sobre o Autor

Germano Almeida nasceu na ilha da Boa Vista em 1945. Licenciou-se em Direito na Universidade Clássica de Lisboa. Vive em São Vicente onde, desde 1979, exerce a profissão de advogado. Publica as primeiras estórias na revista Ponto & Vírgula, assinadas com o pseudónimo de Romualdo Cruz. Estas estórias foram publicadas em 1994 como título A Ilha Fantástica, que, juntamente com A Família Trago, 1998, recriam os anos de infância e o ambiente social e familiar na ilha da Boa Vista. Mas o primeiro romance publicado por Germano Almeida foi OTestamento do Sr. Napumoceno da Silva Araújo, em 1989, que marca a rutura com os tradicionais temas cabo-verdianos. O Meu Poeta, 1990, Estórias de Dentro de Casa, 1996, A Morte do Meu Poeta, 1998, As Memórias de Um Espírito, 2001, e O Mar na Lajinha, 2004, formam o que se pode considerar o ciclo mindelense da obra do autor. O Dia das Calças Roladas, 1992, e Os Dois Irmãos, 1995, têm por base histórias realmente acontecidas, no ambiente rural de Santo Antão e São Tiago. Estórias Contadas, 1998, Dona Pura e os Camaradas de Abril, 1999, o mais pícaro dos seus romances, Viagem pela História das Ilhas, 2003, Eva, 2006, A Morte do Ouvidor, 2010, Do Monte Cara Vê-se o Mundo, 2014, Regresso ao Paraíso, 2015, O Fiel Defunto, 2018, O Último Mugido, 2020, A Confissão e a Culpa, 2021, Os Infortúnios de Um Governador nos Trópicos, 2023, e Crime nas Correntes d’Escritas, 2025, completam a obra publicada por Germano Almeida até ao momento. Tem obras publicadas no Brasil, França, Espanha, Itália, Alemanha, Suécia, Holanda, Noruega, Dinamarca, Cuba, Estados Unidos, Bulgária e Suíça. Em 2018 venceu o Prémio Camões.

Ópera Carmen de Georges Bizet no Casino Estoril



O Salão Preto e Prata do Casino Estoril recebe, no próximo dia 7 de Maio, a partir das 21 horas, a ópera Carmen, de Georges Bizet. Um espectáculo, a não perder, com a Hesperian Symphony Orchestra.

Considerada uma das óperas mais apresentadas em todo o mundo, Carmen continua a cativar público de todas as idades, retratando a história de uma mulher fascinante e rebelde que desafia as convenções da sociedade. 

Carmen, uma cigana sedutora, conquista o soldado Don José, levando-o a abandonar tudo por ela. Contudo, o seu amor impossível e possessivo torna-se trágico, quando José se vê consumido pelo ciúme e pela obsessão. 

Com personagens icónicas e árias memoráveis, como a "Habanera" e o "Toreador Song", "Carmen" é uma obra de paixão, liberdade e destino.

A grande ópera de Bizet, a não perder!

Um livro para desenvolver a sua declaração de missão pessoal



Define a tua Missão de Vida, editado pela Albatroz, é um livro indispensável, que reúne textos inéditos, para todos aqueles que procuram o seu propósito.

Stephen R. Covey, autor do bestseller Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes, orienta o leitor a conduzir a sua existência de acordo com as suas prioridades mais profundas; enfrentar os desafios do dia-a-dia, concentrando-se na sua visão a longo prazo; evitar desvios e distrações que não favoreçam os seus objetivos e tornar-se a poderosa força criativa, inspirando a dos outros. O autor contribui, assim, para que todos possam, passo a passo, redigir a sua declaração de missão.

“A maioria de nós passa demasiado tempo com o que é urgente e não passa tempo suficiente com o que é importante”, refere Covey, que deixou um legado incomparável de ensinamentos sobre liderança, tempo, gestão, eficácia, amor e família.

O livro já se encontra em pré-venda e chega às livrarias a 3 de abril.

Sobre o Autor

Stephen R. Covey deixou um legado incomparável de ensinamentos sobre liderança, tempo, gestão, eficácia, sucesso, amor e família. Autor de bestsellers nas áreas de autoajuda e negócios, Covey esforçou-se para ajudar os leitores a reconhecerem os princípios que os levariam à eficácia pessoal e profissional. Enquanto autoridade de liderança respeitada internacionalmente, especialista em família, professor, consultor organizacional e autor, os seus conselhos melhoraram a vida de milhões de pessoas por todo o mundo. Vendeu mais de 40 milhões de livros (em 50 idiomas) e Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes foi nomeado o Livro de Negócios Mais Influente do Século XX.

Auditório do Casino Estoril esgotou para a estreia de “Balas e Purpurinas - O Lado B da Eurovision”



O Auditório do Casino Estoril esgotou para a estreia de "Balas e Purpurinas - O Lado B da Eurovision". Com uma abordagem histórica o espectáculo desvenda vários acontecimentos que passaram despercebidos, de certa forma, ao grande público na época dos respectivos Festivais Eurovisão da Canção. Com direcção musical do maestro Nuno Feist, o ciclo de representações prolonga-se até 3 de maio.

Os jogos políticos internos e externos que têm sido uma constante ao longo das várias décadas do Festival Eurovisão da Canção estão em evidência num espectáculo que se distingue pelas actuações de Henrique Feist, Valter Mira, Catarina Clau e Filipa Azevedo.



“Como é sabido, mais uma vez o mundo está em guerra. O mais triste é que o mundo sempre esteve em guerra. Entre vários palcos que vão do desporto à música, há um que, desde 1956, tem ajudado a decifrar, mudar, vingar, perdoar, picar, alimentar a Europa – o palco da Eurovisão. Modo geral, o comum dos mortais vê a Eurovisão como um belíssimo programa de entretenimento musical, um abraçar entre povos e culturas. É isso. Mas...é muito mais”, refere Henrique Feist.

“O palco da Eurovisão foi sempre decisivo na história da própria Europa. Era e é um palco onde se limpam armas e se fazem ajuste de contas. Ou onde se prevê o futuro. A própria Eurovisão pré queda do muro de Berlim era uma coisa. Pós queda do muro com a introdução da Europa do Leste no certame, tornou-se outra. Nenhuma vitória foi à toa. Por trás de cada purpurina, de cada lantejoula, há sempre uma bala”.



“Uma cantora irlandesa ameaçada de morte pelo IRA se concorresse...o massacre nos Jogos Olímpicos de Munique e a vitória de Israel no ano a seguir...a vitória de Itália com o tema “Insieme Unite Europe” no início do anos 90...o Eduardo Nascimento com o tema “O Vento Mudou” ter sido uma jogada política de Salazar para mostrar à Europa que não era racista...a vitória de Espanha nos anos 60 ter sido a mando do regime do Franco...países do Leste que prenderam civis por terem votado em países do Ocidente...países que interrompiam a emissão aquando o anúncio da vitória de um outro país com quem estivessem em conflito...há tantas, mas tantas histórias que só ilustram o palco POLÍTICO que é e será sempre a Eurovisão. Basta ver, até para ser mais simples, o momento das votações...quem vota em quem. No entanto, houve exceções ... e claras. Onde só a música, só a melodia na sua simplicidade e beleza triunfaram. Onde mais nada importava. Onde a Europa só deixava ouvir notas musicais. Salvador Sobral é um claro exemplo disso”.

“O espectáculo tem uma mensagem moral – a constante procura da paz. E como a união entre os povos é que deve ser sempre o nosso estímulo. E a cultura deve sempre unir as pessoas. Paz”, conclui Henrique Feist.

terça-feira, 1 de abril de 2025

Cascais transforma-se na capital da ópera com cantores de 18 nacionalidades



Cascais recebe 43 jovens cantores líricos de 18 países para a 2ª edição do Cascais Ópera – Concurso Internacional de Canto. De 23 de abril a 4 de maio, a cidade será palco de uma celebração do talento e da arte operática, reunindo promissores cantores em busca de uma oportunidade para lançar as suas carreiras no cenário internacional. Provas ao vivo, masterclasses, concerto de semifinalistas e uma final emocionante na Fundação Calouste Gulbenkian prometem fazer desta edição um momento inesquecível para participantes e público.

O concurso conta com um júri de renome, presidido pelo barítono Sergei Leiferkus, figura de destaque na cena operática mundial. Juntam-se a barítono, a soprano Anna Samuil (da Staatsoper de Berlim), Antonio Pirolli (maestro titular da Orquestra Sinfónica Portuguesa), Eline de Kat (Coordenadora Artística da Ópera de Monte-Carlo), Ivan van Kalmthout (Executivo Sénior de Ópera), a soprano Juliane Banse (também professora na University Mozarteum de Salzburg), a mezzo-soprano Jennifer Larmore (também professora na Music College Seoul National University) e Pål Christian Moe (Festival de Ópera de Glyndebourne).

As provas presenciais e as masterclasses que terão lugar em espaços emblemáticos do Bairro dos Museus, como o Centro Cultural de Cascais, a Casa das Histórias Paula Rego e o Museu Condes de Castro Guimarães, são de entrada gratuita, sujeita à lotação da sala, proporcionando ao público uma oportunidade única de acompanhar de perto a evolução dos concorrentes.

Uma das novidades deste ano é o Concerto de Semifinalistas, que se realiza a 30 de abril no Palácio da Cidadela de Cascais, de entrada gratuita, mediante inscrição. (link para email) Este concerto oferece uma nova oportunidade para que os cantores que não passaram à final sejam ouvidos pelo público e pelo júri em contexto de concerto.

O concurso culmina na Grande Final, a 4 de maio, na Fundação Calouste Gulbenkian, encontrando-se os bilhetes à venda na Ticketline. Os oito finalistas subirão ao palco acompanhados pela Orquestra Sinfónica Portuguesa, sob a direção do Maestro Antonio Pirolli. Em jogo estão mais de 40 mil euros em prémios, incluindo o Grand Prix Égide, no valor de 10 mil euros, que garante ainda ao vencedor um contrato com o Teatro Nacional de São Carlos. Além dos prémios monetários, os vencedores poderão assinar contratos com teatros e festivais de ópera internacionais.


Ópera ao Alcance de Todos
O Cascais Ópera quer que todos possam viver a magia da ópera. Em colaboração com os Sopradores De Imagens, um projeto inovador, que torna os espetáculos mais acessíveis ao público cego e com baixa visão, através de uma descrição ao ouvido dos elementos visuais em cena. Para adquirir os bilhetes é necessário ligar para a ticketline e posteriormente contactar os Sopradores De Imagens indicando o espectáculo Final Cascais Ópera e garantir que tudo está preparado para a melhor experiência: 911 531 627 | sopradoresdeimagens@gmail.com

O Concurso é co-organizado entre a Associação CIVOC, a Câmara Municipal de Cascais e a Fundação D. Luis I. Tem o apoio da Fundação ”la Caixa”, em colaboração com o BPI, Égide - Associação Portuguesa das Artes, Fundação Millennium bcp, Turismo de Cascais, Fundação Calouste Gulbenkian, Câmara Municipal de Lisboa, SRS Legal, Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras, Leitão & Irmão Joalheiros, Hotéis Pestana, Hyundai. Conta com a RTP como parceiro Media e o parceiro institucional deste concurso é o Teatro Nacional de São Carlos.

Pedro Abrunhosa & Comité Caviar sobem ao palco do Casino Espinho



A Solverde Casinos & Hotéis, a principal marca a atuar nas áreas da hospitalidade, entretenimento e jogo em Portugal, anuncia que o Casino Espinho vai receber Pedro Abrunhosa & Comité Caviar a 18 de outubro, sendo uma das paragens da tour que o cantor e compositor irá realizar este ano.

A digressão que o músico português fará este ano é também além-fronteiras e passa pelo Brasil – de São Paulo ao Rio de Janeiro. Em Portugal, fará a passagem por várias cidades, não esquecendo a região norte que o viu nascer.

Conhecido por cruzar de forma exímia as vertentes erudita e pop, Pedro Abrunhosa iniciou o seu percurso como músico de jazz, tendo formado bandas e feito parte de orquestras. Foi na década de 90 que se estreou com um projeto próprio e o primeiro álbum “Viagens”, onde o rock enaltece o jazz e vice-versa. Desde então, lançou vários álbuns, fundou uma banda (com alunos seus), os Bandemónio, um percurso recheado até chegar à companhia dos Comité Caviar.

O disco “Longe”, em 2010, anunciou a chegada de Pedro Abrunhosa & Comité Caviar, os parceiros em estúdio e em palco que hoje são: Cláudio Souto na Direcção Musical, teclados e órgão, Bruno Macedo nas guitarras, Miguel Barros no baixo, Pedro Martins na bateria e percussão, Eurico Amorim no piano, Gileno Santana no trompete, Paulo Gravato no saxofone alto e Daniel Dias no trombone.

O jantar concerto está disponível por 75€ e os bilhetes, já à venda, podem ser adquiridos online.

Toquinho e Camilla Faustino celebram a música popular brasileira no Casino Lisboa



Toquinho e Camilla Faustino actuam, no dia 27 de maio, a partir das 21h30, no Auditório dos Oceanos do Casino Lisboa. Com o seu inseparável violão, Toquinho convida Camilla Faustino a acompanhá-lo numa viagem intimista pelos principais êxitos registados ao longo de 60 anos de carreira.

O concerto recupera os grandes momentos da história de Toquinho, recordando também amigos, compositores e parceiros que ajudaram a criá-la. Convidada especial, Camilla Faustino dá cor e beleza ao espectáculo, com o seu imenso talento e musicalidade, sendo reconhecida como um dos grandes nomes da chamada nova música popular brasileira - MPB. 

Estará, ainda, em destaque “Coração de Mulher”, uma nova canção de Toquinho, que interpreta um tipo simples de amor, premiando a aura feminina e “despertando a emoção de menina, num coração de mulher”.

Toquinho, nome artístico de Antonio Pecci Filho, nasceu no Brasil, mais concretamente, em São Paulo, no bairro do Bom Retiro, em 6 de Julho de 1946. Gravou cerca de 85 discos, compôs mais de 500 músicas e protagonizou cerca de 10.000 espectáculos no seu país de origem e no estrangeiro.

O experiente cantor, compositor e violonista construiu uma carreira ímpar, tendo como principais parceiros: Vinícius de Moraes, Chico Buarque, Jorge Ben Jor, Paulinho da Viola, Francis Hime, Mutinho, Carlinhos Vergueiro, Gianfrancesco Guarnieri, Elifas Andreato e Paulo César Pinheiro. As suas principais influências são Baden Powell, Edgard Gianullo e Oscar Castro Neves.

Com 50 anos de carreira, Toquinho continua a conquistar plateias de todas as idades. As composições mais representativas do seu reportório são “Aquarela”, “Tarde em Itapuã”, “Que maravilha”, “Regra três”, “Escravo da alegria”, “O caderno”, “A casa”, “O pato”, “Na tonga da mironga do kabuletê”, “Samba de Orly”, “Carta ao Tom 74”, “Cotidiano n.º 2”, “Samba pra Vinicius”, “Canção pra Jade” e “Carolina Carol bela”.

Há música no jardim



Ciclo de Concertos dedicado a personalidades que marcaram Lisboa. No segundo concerto deste Ciclo, o Grupo Vocal Olisipo, sob a direção musical de Armando Possante, traz a obra "Poemário de Sophia" de Eurico Carrapatoso, uma reflexão musical sobre a poesia de Sophia de Mello Breyner-Andresen, ao Palácio dos Lilases, no dia 11 de Abril, às 17h00. Inspirado na luta contra a opressão e na busca pela liberdade, este programa estabelece um paralelo entre a Paixão de Cristo e a Revolução de Abril, utilizando a música como veículo de expressão e resistência.

No ano de 2025, o calendário litúrgico assinala a celebração da Paixão de Cristo de forma particularmente tardia, ocorrendo poucos dias antes da evocação da Revolução de 25 de Abril de 1974. Este alinhamento simbólico convida-nos a refletir sobre as semelhanças entre ambos os momentos históricos, que representam o culminar de um longo e árduo percurso de resistência contra a opressão. Tanto a Paixão como a Revolução transportam uma promessa de redenção e liberdade, projetando um futuro renovado e pleno de esperança.



A música, ao longo da história, tem sido uma das formas mais poderosas de transmissão da palavra e do sentimento. Como afirmava Eça de Queirós, "um panfleto constitui um raciocínio, mas uma canção tem a força de um grito". Esse poder ecoou nos versos de Camões, ressoou na "idade de ouro" da música portuguesa no século XVII e manifestou-se nas canções de intervenção da Revolução dos Cravos.

Entre os grandes nomes que fizeram da palavra escrita uma arma contra a repressão destaca-se Sophia de Mello Breyner Andresen, cuja obra atravessou os tempos pré e pós-revolucionários com uma voz inconfundível de liberdade e justiça. No programa deste evento, evocamos a "Música da Palavra", explorando a simbiose entre poesia e música, e a forma como o Verbo pode transcender o tempo e a espiritualidade.

A partir do extraordinário Poemário de Sophia, composto por Eurico Carrapatoso, três pequenas canções para vozes conduzirão o público numa viagem entre a contemporaneidade e a idade de ouro da polifonia portuguesa. Esta ponte musical reflete a eterna dualidade entre a rotina do quotidiano e as profundezas da alma humana.

Esta experiência única e transcendental promete ser revivida no Palácio dos Lilases, onde a força da poesia e da música se unirão para homenagear a liberdade, a palavra e a memória. 

A EMEL convida todos os lisboetas a juntarem-se a esta celebração, um tributo a três décadas de história e a algumas das vozes mais marcantes da literatura, música e cultura portuguesas.