As Crianças Adormecidas é o novo título da coleção Contemporânea da Livros do Brasil. Nesta estreia literária vastamente elogiada, Anthony Passeron investiga a tragédia da sua família, e de tantas outras, quando em França e nos EUA começou a surgir um vírus desconhecido a que chamaríamos sida.
Na família de Anthony Passeron, cada um, à sua maneira, confiscou a verdade. Hoje, quarenta anos volvidos, já quase nada resta dessa história de que ninguém fala. Quase. As Crianças Adormecidas é a última tentativa para que algo persista, confessa o autor francês. Misturando recordações doces e duras, confissões incompletas e reconstituições documentadas daquilo que os seus parentes mais próximos viveram em solidão, este livro é uma forma de os ajudar a livrarem-se do desgosto.
«Amesterdão é uma cidade belíssima. As pessoas são adoráveis. Volto em breve. Um beijo. Désiré.» Os tormentos da família começaram com estas palavras inscritas no verso de um postal. O primeiro dos filhos era incumbido de dar o exemplo, de honrar o nome dos seus antepassados. Désiré não foi assim. Mas o seu destino não merece ser guardado em silêncio. A tradução para português é de Diogo Paiva.
Sobre o Autor
Anthony Passeron nasceu em Nice em 1983 e é professor de Literatura e de História e Geografia numa escola profissional. Em 2022 publicou o seu primeiro livro, As Crianças Adormecidas, com que foi finalista do Prémio Inter 2023 e do Prémio dos Livreiros em França e venceu vários outros, entre os quais o Première Plume, de melhor obra de estreia, e o Wepler – Fondation La Poste, de literatura contemporânea.