O
Casino Estoril inaugura, no próximo dia 11 de Abril, às 17 horas, a exposição
“A Minha Cidade”, da autoria de Paulo Ossião. Trata-se de uma mostra individual
que estará patente ao público, até 12 de Maio, na Galeria de Arte.
Todas
as cidades têm os seus pintores preferidos. Na modalidade da aguarela, se o
Porto teve António Cruz, Lisboa tem Paulo Ossião. Linguagens diferentes, mas
muita qualidade em cada um.
Paulo
Ossião, dono e senhor dos azuis, uma miríade de azuis, apresenta nas suas
exposições, sempre, algo de novo. Nesta sua décima individual na Galeria do
Casino, são os grandes espaços, tendo o Tejo em primeiro plano e o casario lá
no fundo, mas também, algumas das ruas e zonas citadinas mais características.
A rua Augusta, a do Ouro e da Prata, a Praça da Figueira - não lhe faltando o
assador de castanhas - a rua D. Antão de Almada, a do Arsenal, a Ribeira das
Naus. Presentes também nesta mostra, aspectos dos bairros de Alcântara, Belém,
Largo Camões, Saldanha, Largo de São Domingos, o Intendente, todas zonas onde a
alma de Lisboa pulsa, na sua vivência de séculos…
Mas
não é só a “Lisboa das Sete Colinas” que prende o seu encanto e gosto
pictórico, mas também o imenso mundo da chamada “Grande Lisboa”, que, nesta
mostra, estendeu as suas fronteiras até Carcavelos, na Costa do Estoril e que,
a oriente, se prolongou, por sobre o Tejo, até á zona ribeirinha do Seixal.
O
seu currículo artístico é dos mais recheados que conhecemos. Exposições individuais
são 68 e colectivas contam-se por muitas dezenas, realizadas nos mais diversos
pontos do País: Lisboa, Porto, Aveiro, Estoril, Cascais, Braga, Sintra, Almada,
Palmela, Funchal, Coimbra, Torres Novas, Costa da Caparica e Leiria. E também
no estrangeiro: Brasil, Canadá, Bélgica, República Checa, França, Luxemburgo,
Irlanda e Suíça.
Aqui
há um par de anos, iniciou-se também na escultura, e terracota e bronze, conciliando
o que é quase inconciliável, mas não vai nada mal, como demonstram os trabalhos
presentes nesta exposição.
Outra
característica nos ressalta aos olhos nesta exposição, a luz, uma imensa luz
que inunda toda a cidade. As casas e os monumentos, as avenidas e as ruas, os
parques e os jardins, marcando os contornos dos monumentos milenares, o casario
dos bairros novos, as Torres das muitas Igrejas espalhadas pela cidade.
Esta
é uma exposição que irá encantar todos quantos tiverem o privilégio de a ver. A
aguarela é uma excelente modalidade de que os pintores dispõem para pintar uma
cidade como Lisboa fazendo resplandecer de encanto, de sonho e magia, Lisboa é a
cidade do pintor, a sua cidade, a nossa cidade. A esplendorosa e multisecular
cidade de Paulo Ossião.