Esta é uma história verdadeira. Os nomes, os sítios e os acontecimentos são reais. Em O Último Homem Honesto, as primeiras palavras de Benjamin Cunningham retratam a investigação e o trabalho intensivo em que esteve focado ao longo de oito anos para poder contar a história de Karel Koecher, um dos mais famosos espiões duplos da Guerra Fria.
Na década de 1970, as agências de espionagem CIA e o KGB vigiaram de perto Koecher, por estarem convencidas de que este trabalhava para o inimigo. E ambas tinham razão. Acompanhado da sua mulher, Hana, o espião fez-se passar por candidato checoslovaco a asilo nos Estados Unidos da América, onde chegou como agente comunista infiltrado. Depois de conseguir transformar um doutoramento na Universidade Columbia num trabalho para a CIA, Koecher começa a operar como agente duplo no auge da Guerra Fria.
Nada preocupados com a discrição, os Koechers abraçaram a alta roda de Manhattan: cocaína, encontros de swing e grandes festas emblemáticas daquela época, com a sua atração pelo risco. Hana, que não era mais do que uma adolescente tímida ao chegar aos Estados Unidos, tornou-se uma sofisticada negociante internacional de diamantes que transmitia mensagens aos emissários de Karel.
Baseado em documentos tornados públicos recentemente, em gravações de interrogatórios e em relatos extraordinários em primeira mão dos próprios Koechers, Cunningham reconstrói as suas vidas duplas e o final da Guerra Fria, num momento em que uma estranha neblina moral já não permitia saber com que finalidade se mantinha aquele conflito.
Nas livrarias a 14 de setembro.
Sobre o Autor
Sediado em Barcelona, Benjamin Cunningham, é escritor e antigo correspondente do The Economist, editor-chefe do Prague Post e copydesk
no Saginaw News. Além disso, contribui para The Guardian, the Los Angeles Review of Books, Aspen Review e Le Monde
Diplomatique e é colunista de opinião do Sme, o principal jornal diário da Eslováquia. É candidato a um doutoramento
na Universidade de Barcelona.