O fim dos livros está próximo? De um lado Umberto Eco, pensador respeitadíssimo, que entre nós dispensa apresentações. Do outro, Jean-Claude Carrière, cineasta e ensaísta. Entre ambos, um diálogo extraordinariamente inteligente e iluminado sobre o livro e o seu papel ao longo da História, incluindo-se nele a chegada dos e-books e a influência da consolidação da Internet. Mas aqui está em causa mais do que o livro, pois discute-se a ideia de que aquilo que determina o fim dos livros determinaria também o fim da espécie humana.
Debate erudito garantido. Múltiplos episódios e histórias de elevado interesse. Inúmeras referências culturais. Humor. Ironia. E, sobretudo, convite a acompanhar uma viagem interessantíssima pelo mundo sem dúvida heterogéneo, amplo e interessante que é o dos livros.
«Homenagem sorridente à galáxia Gutenberg, estas conversas encantarão todos os leitores e apaixonados do objecto livro. E não é impossível que alimentem, também, a nostalgia dos possuidores de e-books», escreve Jean-Philippe de Tonnac no texto introdutório.
Sobre o Autor
Umberto Eco (1932-2016) foi um eminente filósofo, medievalista e semiólogo italiano. Estreou-se na narrativa com O Nome da Rosa (Prémio Strega 1981), a que se seguiram O Pêndulo de Foucault, A Ilha do Dia Antes, Baudolino, A Misteriosa Chama da Rainha Loana, O Cemitério de Praga e Número Zero. Entre as suas numerosas obras ensaísticas (académicas e outras), destacam-se: O Signo, Os Limites da Interpretação, Kant e o Ornitorrinco, A Passo de Caranguejo, Obra Aberta, Dizer Quase a Mesma Coisa – Sobre a Tradução e Como se Faz uma Tese em Ciências Humanas. Organizou ainda os livros
ilustrados História da Beleza, História do Feio, A Vertigem das Listas e História das Terras e
dos Lugares Lendários.
Jean-Claude Carrière (n. 1931) é escritor, dramaturgo e guionista. Trabalhou com Luis Buñuel, Miloš Forman e Nagisa Oshima e escreveu cerca de oitenta guiões, entre os quais A Insustentável Leveza do Ser. Colaborou durante mais de trinta anos com Peter Brook e é autor de cerca de trinta livros de ficção, ensaio e poesia. Foi agraciado com um César para melhor guião e um Óscar Honorífico (2015).