quinta-feira, 21 de abril de 2022

Um livro provocador e necessário sobre a cruzada anticomunista de Washington



O Método Jacarta é um livro absolutamente devastador, porém essencial para compreender a cruzada anticomunista de Washington e o programa de assassínio maciço que moldou o mundo. Uma das mais esclarecedoras obras sobre a CIA e a forma como moldou a imagem dos EUA no mundo.

Vincent Bevins partiu das corajosas reportagens que fez para o Washington Post, e recorreu a documentos desclassificados, à pesquisa em arquivos e a testemunhos oculares recolhidos em doze países para demonstrar que o extermínio brutal de esquerdistas desarmados foi uma peça fundamental para a vitória final dos EUA na Guerra Fria.

Vincent Bevins demonstra que os EUA aprovaram campanhas de assassínio em massa para erradicar o comunismo no Terceiro Mundo, desconstruindo e reposicionando o mito americano. O Método Jacarta é uma crítica feroz à hipocrisia dos EUA, relatando de forma incisiva e comovente a história secreta de um massacre injustificável – na Indonésia, na América Latina e em todo o mundo – apoiado pelos Estados Unidos. Em 1965, o Governo americano ajudou as forças militares indonésias a matarem cerca de um milhão de civis inocentes. Este foi um dos mais importantes pontos de viragem na história do século XX. A eliminação do maior partido comunista fora da China e da União Soviética inspirou campanhas de terror semelhantes em países tão distantes como o Brasil e o Chile. Na época, estes acontecimentos passaram despercebidos, precisamente porque as intervenções secretas da CIA foram muito bem-sucedidas.

O Método Jacarta, publicado pela Temas e Debates, já está disponível nas livrarias.

Sobre o Autor

Vincent Bevins, nascido em 1984 na Califórnia, é um jornalista e correspondente noticioso premiado. Cobriu o Sudeste Asiático para o Washington Post, noticiando a partir de toda a região e prestando especial atenção às consequências do massacre de 1965 na Indonésia. Trabalhou previamente como correspondente no Brasil para o Los Angeles Times, cobrindo também as zonas envolventes da América do Sul e, antes disso, trabalhara para o Financial Times, em Londres. Entre outras publicações com as quais colabora estão The New York Times, The Atlantic, The Economist, The Guardian, Foreign Policy, New York Review of Books, Folha de S. Paulo, The New Republic, The New Inquiry, The Awl, The Baffler, a revista New York e a n+1.