A crónica é um género a que Patrícia Portela, escritora conhecida pela sua obra de ficção, na qual se destaca o seu romance mais recente, Hífen, se tem dedicado nos últimos anos com uma grande regularidade. Tem tido publicação regular no JL, sob o título geral de “Na hora de comer o treinador”, e apresentou na Antena 1 a serie “O Fio da Meada”.
E em boa hora Patrícia Portela se dedicou a este difícil género literário, como se pode ver nesta antologia que agora apresentamos ao público, sob o título de Crónicas Fora de Jogo, escritas entre setembro de 2019 e setembro de 2021. A elegância do estilo cruza-se com a profundidade do pensamento da autora, o seu humor torna a leitura um jogo divertido, ao mesmo tempo que põe em destaque as fragilidades da vida social e das ideias feitas. Compreender o mundo significa desmontá-lo e considerar em si mesmo cada uma das suas peças. Patrícia Portela faz isso como ninguém.
Sobre a Autora
Patrícia Portela (1974). Dedica-se a performances e obras literárias, vive entre Portugal e a Bélgica. Estudou cenografia, dramaturgia, filosofia, dança e cinema, em Lisboa, Utrecht, Antuérpia, Londres, Helsínquia, Ebeltoft e Leuven. Habitou brevemente Macau, Paris e Poznan mas por razões meramente pessoais. Itinera com regularidade pela Europa e pelo mundo e é reconhecida nacional e internacionalmente «pela peculiaridade da sua obra», com a qual recebeu vários prémios. É autora de romances e novelas como Banquete (2012, finalista do Grande Prémio de Romance e novela APE) ou Hífen (finalista do Prémio Correntes d’Escritas em 2022 e escrito com uma bolsa DGLAB). É cronista regular do Jornal de Letras, Artes e Ideias desde 2017, foi cronista na rádio Antena 1 no Fio da Meada às terças-feiras por 6 meses em 2020 e passou a pandemia à frente de um teatro de porta aberta em Viseu.