Parasitas
Esta semana continuaremos a partilhar informação acerca de Parasitas Intestinais.
Começamos com as suas causas.
É importante referir que existem mais de 100 tipos diferentes de parasitas intestinais, que podem entrar no corpo através do nariz, da pele, dos alimentos, da água ou através de picadas de insetos.
De um modo geral, os parasitas aproveitam-se da fragilidade do organismo da criança, instalam-se no intestino, depositam os ovos na margem do ânus e esses ovos podem depois ser disseminados através das mãos, brinquedos ou outros objetos. Quando uma criança entra em contacto com outra que está infetada, ou com um brinquedo contaminado, e leva as mãos à boca, os ovos dos parasitas podem entrar no organismo através do aparelho digestivo.
Os principais fatores de risco para as parasitoses intestinais são:
- morar ou viajar para áreas geográficas onde os parasitas são mais comuns;
- má higiene das mãos e da água;
- a idade (crianças e idosos são mais suscetíveis, pela vulnerabilidade do organismo);
- institucionalização (por exemplo, crianças que frequentam centros de acolhimento);
- diminuição das defesas do organismo.
A maioria das parasitoses intestinais é bem tolerada pelo paciente quando as suas defesas são normais, evoluindo sem queixas ou apenas com sintomas gastrointestinais inespecíficos (dor abdominal, vómitos e diarreia), frequentemente associados a perda de peso.
A infeção causada por cada parasita específico pode apresentar aspetos particulares que, em muitos casos, permitem orientar o diagnóstico.
Por exemplo, no caso da parasitose causada por Giardia lamblia (protozoário), a infeção pode ocorrer sem quaisquer sintomas, ou com um quadro de diarreia aguda com ou sem vómitos e diarreia crónica. A diarreia crónica associa-se frequentemente a sintomas de malabsorção intestinal (fezes fétidas, flatulência, distensão abdominal), perda de apetite, má progressão no crescimento, perda de peso ou anemia.
No caso da infeção por Ascaris lumbricoides (lombriga), podem ocorrer também queixas inespecíficas de dor ou desconforto abdominal e sintomas de malabsorção quando a infeção é prolongada. Na fase de migração larvar pode haver envolvimento pulmonar, sob a forma de pneumonite transitória aguda, com febre e alterações laboratoriais, que pode ocorrer semanas antes das queixas gastrointestinais.
A obstrução intestinal alta é a complicação mais frequente em infeções por um número volumoso de parasitas. A migração dos vermes adultos através da parede intestinal pode provocar colecistite, colangite, pancreatite ou peritonite.
Na próxima semana irei continuar a mostrar mais informação acerca de Parasitas, desta vez acerca do tratamento mais habitual, forma de diagnóstico e prevenção.
Cuide si. Cuide da sua saúde.
Chamo-me Joana Franco, tenho 32 anos, e sou natural de Geraldes, aldeia pertencente ao Concelho de Peniche.
Enfermeira de Profissão, terminei o Curso de Licenciatura em Enfermagem na Escola Superior de Enfermagem de Francisco Gentil, em Lisboa, no ano de 2010.
Nos anos mais recentes abracei desafios noutros países, nomeadamente Dubai onde fiz parte um projecto na área de Turismo, e em Inglaterra, onde trabalhei como Enfermeira em “Nursing Homes”, a cuidar de Pessoas com Demência.
Em Portugal, demonstrei o meu trabalho como Enfermeira no Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, Hospital Júlio de Matos e, actualmente, trabalho na Clínica Psiquiátrica de Lisboa, em Telheiras.
Sou uma pessoa que aceita novas aventuras e, como tal, aceitei o convite de escrever para o Blog ‘Cultura e não Só’, em que apresento novos pontos de vista e dicas para tornar melhor a saúde do leitor.