quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

Ricardo III de Thomas Ostermeier na passagem de ano no D. Maria II



O Teatro Nacional D. Maria II encerra o ano de 2019 da melhor forma possível: com teatro. Ricardo III, numa encenação de Thomas Ostermeier, sobe ao palco da Sala Garrett nos dias 31 de Dezembro, 2 e 3 de Janeiro, para três apresentações únicas em Portugal.

Estreada em 2015 em Berlim, esta encenação da tragédia de Shakespeare faz já parte da história do teatro europeu contemporâneo. Produzido pela importante companhia de teatro alemã Schaubühne e encenado por Thomas Ostermeier, este Ricardo III desenrola-se numa cena pulsada ao ritmo da bateria, dos confettis e da lama. Lars Eidinger, reconhecido ator alemão, dá corpo a um vilão outsider, coberto de artefactos ortopédicos, microfones e próteses, que nos conquista e entretém.

Numa estreia em Portugal, Ricardo III estará em cena na Sala Garrett do D. Maria II nos dias 31 de Dezembro, 2 e 3 de Janeiro. No dia 3 de Dezembro, às 15h, haverá ainda uma Masterclass com Thomas Ostermeier, intitulada Mapear a democracia, onde o encenador irá partilhar com os participantes o seu método de trabalho e questionar qual o espaço que a verdade e a transparência ocupam numa sociedade mercantilizada.

Uma passagem de ano no Teatro Nacional? Sim. Para celebrarmos o poder fulgurante da palavra e da possibilidade de estarmos juntos, no Teatro. Chamamos o ano novo com uma daquelas peças que, sabemo-lo, vamos levar connosco para o futuro. A tragédia de Shakespeare encenada por Thomas Ostermeier marca a história do teatro europeu contemporâneo desde que estreou, em 2015, e confirma Lars Eidinger como um dos maiores performers do nosso tempo. Ator da mítica Schaubühne – que Ostermeier dirige, em Berlim – Eidinger faz crescer em palco um poderoso Ricardo III, um outsider que nos conquista, nos entretém e nos revolve as entranhas numa performance musculada, tão rigorosa quanto selvagem. Ostermeier cobre-lhe as deformidades de artefactos ortopédicos, microfones e outras próteses, e faz a cena pulsar ao ritmo da bateria, dos confettis e da lama, numa proximidade com a plateia assinalada desde o início do espectáculo.