José Viana, homem da cultura de muitos interesses artísticos, nasceu em Lisboa, a 6 de Dezembro de 1922.
Aos 13 anos, começa a desenhar para o «Jornal O Senhor Doutor», suplemento de «O Século», «Pim Pam Pum», a fazer capas para o «O Papagaio». Torna-se cantor em conjuntos que animam sociedades de recreio, passando mais tarde para cantor de cabarets como o Arcádia, enquanto vai subindo na carreira de desenhador-tipógrafo, passando depois à de publicista de cinema, na Sonoro Filmes.
O teatro chega a José Viana como cenógrafo, actividade iniciada na Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul. O Teatro de Revista eleva-o ao estatuto de estrela nacional. A sua excelente voz dá corpo a grandes êxitos musicais como por exemplo “Zé Cacilheiro” (1966), de “Zero, Zero, Zero - Ordem para Matar» que marca definitivamente o estilo do próprio artista.
No cinema, José Viana tem uma carreira longa, mas pouco intensa. Começou em pequenos papéis como em o “Cerro dos Enforcados”, de Fernando Garcia (1953) e “Perdeu-se um Marido”, de Henrique Campos (1956) mas foi em “O Recado” (1972), de José Fonseca Costa, a “A Fuga” (1976), de Luís Filipe Rocha, “A Ilha” (1990), de Joaquim Leitão, e o “Fim do Mundo” (1992), de João Mário Grilo, que o seu talento é mais reconhecido.
Na Valentim de Carvalho, José Viana editou doze discos entre 1961 e 1979, originalmente em vinil. Da revista ao fado, em estúdio ou no palco, estes registos fonográficos retratam a sua genialidade.
A discografia integral está agora disponível em todas as plataformas digitais, mantendo as capas das edições originais, que são igualmente uma referência estética da sua época.